quinta-feira, 18 de julho de 2013

"O CANDICATO"



Olá Costeletas,

Um pequeno texto, embora pouco “sumarento”, mas servirá de “ponta pé de saída”
Jorge tavares



Escola Tomás Cabreira
Escola Serpa Pinto
Escola Comercial e Industrial de Faro
Escola Tomás Cabreira

São muitos os costeletas que tiveram a oportunidade e felicidade, de frequentarem por ordem descendente, as primeiras três  “Escolas” desta relação, que serve de titulo ao texto.
Feitos os exames da quarta-classe e  de admissão, na Escola Primária de São Luís, recentemente inaugurada, tinha de tomar uma decisão: Matricular-me no Liceu João de Deus, ou na Escola Serpa Pinto. Não sei se por influência da família, pelos amigos  ou decisão vocacional,  optei pela Escola Serpa Pinto.
Feita a matricula, e porque a Escola tinha iniciado obras de remodelação, fazíamos a entrada pela  escada de madeira montada no lateral sul, virada para a Horta do Ferragial.  As aulas teóricas e as oficinas de carpintaria e serralharia,  funcionavam na metade do edifício, contíguo à Alameda.
Terminados os dois primeiros anos do curso comercial ou industrial, feitos na Escola Serpa Pinto,  os restantes seriam frequentados na Escola Tomás Cabreira, situada na Rua do Município (vila a dentro) e  no largo da Sé, diferenciando desta maneira as  disciplinas do Comercial e do Industrial (este denominado por “malta da ferrugem”).
No mês estabelecido para as matrículas, desloquei-me à Escola Tomás Cabreira, na Rua do Município, para a frequência do terceiro, quarto e quinto ano.
Jovem caloiro, deparei-me com o “colega” adulto sentado numa secretária, que me perguntou o que pretendia.
Respondi-lhe prontamente que era um “candicato” a matricular-me no terceiro ano. Juntaram-se mais uns quantos “colegas” adultos e foi uma paródia do género: Então o menino é um “candicato”...o que é isso perguntavam?
Foi este o meu primeiro encontro com o Franklin, cuja amizade se cimentou ao longo de décadas. Com ele aprendi muitíssimas coisas da vida, e também que eu não era um “candicato” mas um “candidato”.
Quantas vezes parodiámos esta situação...e apesar de separados não deixámos de o fazer.
Apesar de matriculado naquela Escola, o início do ano lectivo ocorreu na parte do edifício já remodelado e denominado Escola Comercial e Industrial de Faro.

Nota do autor: Realço um pormenor que embora  irrelevante é significativo. Portugal nunca foi um país com grandes características industriais. Até na denominação da Escola, a Indústria foi subalternizada.


3 comentários:

  1. Olá Jorge Tavares.
    Há um velho ditado que diz: "quem porfia mata caça".
    Nós porfiamos, não matamos, mas conseguimos!
    BEM VINDO!!!

    Da redação

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  2. Boa Jorge!
    É sempre bom recordarmos os bons velhos tempos de estudante na nossa escola.
    Há uma história que se passou comigo nos meus tempos de estudante na Tomás Cabreira e que enviei para o jornal para ser publicada. Por motivos que não vale a pena relembrar comuniquei que não publicassem.
    Mudei o título e vou enviar para ser publicada no blogue.
    Espero que gostes, é inédita e verídica.
    Espero que o "ponta pé de saída" seja de entrada...
    Um abraço
    Roger

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  3. olá tavares,
    só hoje li o teu artigo sobre a origem das "4 escolas" que
    referiste e muito bem... os meus parabens...
    Já andava desorientado a ponto de não me lembrar dos meus
    passos na época em que fomos colegas - Serpa Pinto ou Comercial/industrial de Faro?Para ser claro nas minhas "recordações" tenho presente que no nosso tempo a Comercial
    andava em obras, ou não? mas não me recordo como era a Serpa Pinto, mas se o meu amigo Tavares o diz, então é certo. Pena nessa época não haver telemóveis com possibilidade de se tirar fotografias, porque se assim fosse, toda a nossa vivência nesses tempos estaria imortalizada na " memória" da TMN ou outro operador.Sim, porque para ter máquina fotográfica nos anos de 50/60
    não era para todos, eu que o diga.(tenho poucas recordações por não ter na época máquina fotográfica)
    Mas agora e depois do texto que o meu amigo escreveu e que agradeço o avivar das minhas memórias, só tenho que dizer: Obrigado Tavares.
    Um abraço do amigo
    João Remendinho g.Mestre
    PS- vai escrevendo como sabes e se possivel, coisas do nosso tempo.

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