Recebido por e-mail que transcrevemos:
A MINHA ESCOLA
É aquilo que é e vale o que vale. A palavra
aos antigos alunos. Sob anonimato. O meu!
Devo dizer que a minha escola, Tomás Cabreira, não era apenas um edifício, não era apenas um conjunto de espaços regidos por inúmeras regras e condições, não era simplesmente a construção da obediência nem da inteligência. Era sim a abrangência da sabedoria acumulada da humanidade, um local de novas experiências, novos mundos, novos horizontes, metas e estradas a percorrer. Por conseguinte, uma escola deverá exigir tempo. Tempo de encontro, de encanto, de lazer, de arte, cultura, discussão, de ética e nomeadamente estética, de bem-estar, beleza e alegria. Por vezes nem sempre é assim pois o Homem – criador de tudo o que nos envolve, nomeadamente de uma simples escola - tanto tem em seu poder a criação e o embelezamento, como a destruição e a degradação da mesma.»
A escola, na visão dos alunos (na minha, portanto), teria que ser perfeita, se possível o mais simples e o menos trabalhoso. E a minha foi… Muitas vezes, o colega que estava ao meu lado, ou mesmo eu, desconhecíamos a importância e o porquê de frequentar a escola. [...] Eu gostei da minha escola, foi lá que encontrei e conheci grande parte dos meus grandes amigos. Foi também na escola que aprendi imensas coisas sobre o Mundo, as quais desconhecia.
E onde reside a felicidade numa escola
secundária? Não seria honesta e sincera se dissesse que a minha felicidade na
escola se regeu pelos manuais ou pelas equações e fórmulas. Efetivamente, não.
Seria necessário algo mais para que eu fosse plenamente feliz. E nesse espaço
de felicidade que me faltava para ser feliz, encontrei professores com quem
criei laços de amizade, que me apoiaram quando precisei e que fizeram da sua
voz e sabedoria, mais do que um meio de nos ensinarem o que vem escrito nos
manuais. As suas tarefas transformaram-se em fórmulas de experiência, em lições
de vida, em vozes de amigos. E não com menos importância que professores, achei
os amigos e colegas com quem me reencontro todos os dias e partilho risos e
tristezas, troco ideias e impressões. Amigos com quem posso falar e conviver.
Amigos, quem sabe, de uma vida inteira.
E este blog terá que ser “NOTÓRIO” e manter
um elo de ligação que até aqui tem sido, para mim, apenas um DESEJO de leitura.
PS- “Notório” e sem “apelo” dos comentários.
Maria Costeleta, dos anos 50!
ResponderEliminarOlá Maria.
Não esperava tão cedo... Muito menos com uma crónica que já li, reli por várias vezes.MUITO BOA.
O Blog está aberto à sua colaboração.
Roger
ResponderEliminarNão prometo sequência.
Logo que a disposição se concretizar colaborarei de boa e real vontade.
Cumprimentos e até lá.
Maria Costeleta, dos anos 50