quinta-feira, 24 de junho de 2021

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



                  HORÁRIOS PRECISAM-SE!

  

              Sonhados pelo saudoso e grande farense, que foi o empresário Aníbal da Cruz Guerreiro, os transportes públicos citadinos representam um préstimo de mobilidade de elevado índice. Os hoje chamados de «Próximo» têm os seus diversos circuitos, desde manhã cedo até noite avançada cobrindo o burgo e zona rurais vizinhas, facilitando o acesso a escolas, empregos, mercado, repartições, serviços médicos e outros variados itens, distantes das residências dos utentes nesta «Cidade em Quarto Crescente». Reconhecida a sua indesmentível serventia, com as críticas, muitas vezes pertinentes dos que dele se servem, é chegada a altura de um reparo, que sendo de fácil supressão, assim os responsáveis do «Próximo» o queiram.

             Há dias junto a uma das paragens situadas na movimentada zona do Mercado Municipal (Largo Dr. Francisco Sá Carneiro) fomos, atenciosamente, interpelados por uma senhora que me indagou:

              - Sabe-me dizer, por favor, a que horas é o próximo autocarro?

              Infelizmente não pudemos ser prestáveis à nossa interlocutora, não só por desconhecimento (nunca utilizámos um minibus, por verdade que o seja) como pela singela razão de no local não se encontrar qualquer horário. 

               Tudo isto a despeito de existirem locais para a sua fixação, como já aconteceu, tal como o mapa dos diversos circuitos operados. Motivados procurámos outras paragens do «Próximo» onde a lacuna, infelizmente, persiste.

                Certo é que, a grande maioria dos utentes, os conhece «de coro» e sabe que tem «minibus» às tantas, de 15 em 15 minutos, pelo Terminal, vai à Penha e outras informações fundamentais. Mas isto acontece com os «habitués» de cada dia, que sabem em minúcia o que se refere ao seu «Próximo».

                 Para os outros, como acontecia com aquela senhora que nos interpelou e ia para o Centro de Saúde, na Lejana, nada nem coisa nenhuma.

                  Vamos afixar horários nas múltiplas paragens do «Próximo»? Acreditamos que sim...


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