CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL
Os grandes acontecimentos desapareceram!
Comemoram-se este ano 55 anos sobre a criação da RTA (Região de Turismo do Algarve), inicialmente (Dec. Lei 114/70)
instituída sob o nome de CRTA (Comissão Regional de Turismo do Algarve). Volvido mais de meio século vêm-nos á memória realizações de tempos idos que deram fama e proveito à faixa sul do País. Deixaram os mesmos de acontecer sem que se encontrem fortes razões para o facto, não obstante surgirem, cada vez mais, iniciativas de recreio e cultura (?) por esse Portugal em fora.
Assim recordamos o que era o famoso e reconhecido como «dos grandes festivais entre os seus congéneres da Europa» e que era o saudoso «Festival Internacional de Música do Algarve» e que até nós e a todos os concelhos algarvios trouxe alguns dos nomes e conjuntos de música clássica, a nível mundial. Era seu director o olhanense dr. Pereira Leal (Director do Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian), o que diz bem da exigência qualitativa desta realização. Lembramo-nos do «Festival Nacional de Folclore», com essa final jamais esquecida, que era o espectáculo final, com transmissão televisiva directa da Praia da Rocha e a participação dos mais cotados grupos etnográficos portugueses. Á memória ocorre-nos o «Concerto do Ano Novo», ali no desaparecido palco do Cinema Santo António, como sucede com o «Grande Prémio das Amendoeiras em Flôr», uma das mais importantes provas atléticas da Europa, que acontecia na Aldeia das Açoteias (Falésia, Albufeira) ou em Vilamoura.
Citamos apenas quatro iniciativas que, na estação turística baixa, preenchiam o calendário algarvio, criando fama e proveito ao Algarve.
Que aconteceu para, progressivamente, os mesmos deixarem de se fazer não é do nosso conhecimento, mas lamenta-se que tal haja sucedido sem que nada surgisse em sua substituição.
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