domingo, 9 de novembro de 2025

JjCRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

DO MODERNISMO AO «BRUTALISMO»

       Num destes recentes fins de semana a riqueza de potencialidades do turismo cultural voltou a ser e forma bem assinalada que Faro oferece. Com efeito o 4º «the modernist weeekend», evento que avançou pela iniciativa do casal «Christophe de Oliveira», de 40 anos, proprietários de um «AL» (alojamento local) num edifício modernista na Rua D. Francisco Gomes do Avelar, em plena baixa farense e na sua principal artéria, deu mais e evidentes motivos para este crescer de motivações. Falou-se da riqueza arquitectónica existente na capital sulina, mais exactamente durante três dias falou-se do «Modernismo ao Brutalismo (estética de construção com utilização do betão sem qualquer tratamento exterior)».
      E viu-se, visitou-se e concluiu-se que Faro oferece ao visitante na sua paisagem citadina um conjunto notável de obras que são exemplos destacados da arte modernista de construir. É o caso clássico da chamada «Casa Gago», ali na Praceta Pires Viegas, obra desse ícone da inteligência algarvia que foi o saudoso vilarrealense Arq. Gomes da Costa e um local sempre assinalado nos roteiros culturais citadinos. Juntamente com o Arq. Jorge Oliveira, a quem se devem dezenas de edifícios Algarve em Faro, com destaque para as sedes da CCDRA (no início Junta Distrital, à Pontinha) e da agência do Montepio Geral (Rua do Alportel) foram figuras destacadas da arquitectura modernista algarvia. 
      Esta 4ª edição do «The modernist weekend» alargou também o «brutalismo» na paisagem citadina da urbe, com evidência nalguns imóveis da Universidade do Algarve, no Campus da Penha, tal como os jardins de muitos prédios desde logo a Alameda João de Deus, na sequência dos «boulevards franceses».
     Conferências ditas por conceituados mestres universitários, concertos, exposições e visitas várias, destacaram mais uma qualificada riqueza urbano - paisagística de Faro.

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