sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

AQUI... HÁ SEMPRE LUGAR PARA MAIS UM.


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Se tiveres uma história com o Dr.Uva, com o Mestre Guerreiro, com a Drª Florinda, com o Dr. Zeca Afonso ou com qualquer outro Professor ou Mestre, manda aí que a gente publica.


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avança que serás sempre bem recebido.


JBS e RC

I N F O R M A Ç Ã O

(esta rosa é para ti...)
Para todos os que queiram fazer um comentário aos artigos publicados, poderão "clikar" sobre a palavra "comentário", inserida no final de cada artigo publicado

NAQUELE TEMPO "A AÇOTEIA"

(bibliooteca)

Título do Artigo Publicado no Jornal "A Açoteia" Nº 3 - Ano I - Maio 1962:

NÓS OS MAIS NOVOS

PORQUE ESTUDO
Eu estudo para um dia ser alguém, para um dia quando precisar de ler um jornal, uma revista, um romance, não necessitar de mendigar a quem mo leia.

As minhas ambições não vão demasiado longe; gostava de ser professora do Ensino Primário.

Estudo para o conseguir mas, sobretudo para compensar os meus pais do sacrifício que fizeram para me pôr a estudar - e bem grandes eles foram - para lhes dar uma grande alegria com as minhas médias que vão sendo regulares.

Quero também trazer contentes os meus professores que tanto se sacrificam e por todas as minhas colegas, o que nós, infelizmente não sabemos ou não queremos tantas vezes compreender.

É tão triste não compreender, não saber o que passa para além, para muito longe do lugar onde nos encontramos!...

Pobres daqueles que não tiveram quem os mandasse ensinar... Todas as pessoas instruídas os devem ajudar na medida das suas possibilidades como quem ajuda um cego a caminhar.

Nídia Maria Manjua Brás (Ciclo Preparatório-12 anos-1º Ano-7ª Turma)

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Uma pesquisa do Rogério Coelho

PARABENS EM POESIA


Dos que hoje fizeram mais um ano...
Conheço o primeiro e o último bem...
Ao Honorato e ao Bartolomeu Caetano
Desejo um dia bom e saúde também.

E aos outros costeletas igualmente desejo
Apesar de não os conhecer....felicidades!..
Se forem mais novos ... como eu os invejo ,
Mas devemos ter... as mesmas idades...

De uma maneira ou de outra um abraço.
De parabéns a todos porque eu também faço
No fim do ano mais um...já sou dos antigos ...

Mas o dia é vosso e nele ninguém se meta
Deixem-me enviar uma saudação costeleta
A todos vocês caros colegas e bons amigos..

João Brito Sousa

AGENDA COSTELETA - ANIVERSÁRIOS

Hoje, dia 25, fazem anos:
- Honorato Manuel Gonçalves Viegas;
- Joaquim Carlos Rocha Vieira;
- Maria Paula de Sousa Cabecinha;
- Emília de Jesus Roberto Cansado;
- Bartolomeu Neves Caetano
PARABÉNS
RC

COSTELETAS VIP


(Mário Zambujal e Casimiro de Brito atrás; Xico Zambujal e Franklin à frente)

A rapaziada da foto é pessoal da melhor qualidade que frequentou a nossa Escola. O de trás é jornalista e escritor, um homem dos sete ofícios, que também é poeta, pois tem muito jeito para fazer versos.

MÁRIO ZAMBUJAL

Autor de ficção, não leva esta actividade muito a sério, apesar dos dificilmente ignoráveis êxitos. Considera, por exemplo, o seu primeiro livro, Crónica dos Bons Malandros, "um trabalho de jornal que por acaso é ficção". Iniciou-se como jornalista profissional em A Bola, em 1961, e é apresentado como tal.

Costuma dizer que a história da sua vida se resume a anotar as etapas a partir dos jornais por onde passou. E foram muitos. Se tinha vinte e cinco anos quando entrou para A Bola, sete anos mais tarde ingressou no Diário de Lisboa, que deixou no ano seguinte (1968), trocando-o pelo Record, então dirigido por Artur Agostinho. Em 1970 entra para O Século, onde no 25 de Abril de 1974 era chefe de redacção; manteve-se nestas funções de chefia até meados de 75, altura em que assumiu a direcção do Mundo Desportivo ("fui-me embora para as Berlengas", segundo as suas palavras).

A convite de Vítor Cunha Rego, transitou para chefe de Redacção do Diário de Notícias, após os acontecimentos do 25 de Novembro. O Sete, de que foi o primeiro director, foi a experiência seguinte, e depois o trabalho na televisão, integrando actualmente o quadro da RTP. Incursão muito notada igualmente na rádio, no programa "Pão com Manteiga" (de que foi co-autor dos textos posteriormente reunidos em livro). Assume igualmente a co-autoria de alguns textos de teatro de revista como "Não Batam Mais no Zézinho", "Isto É Maria Vitória" ou "Toma Lá Revista".

Quanto aos seus livros de ficção, Crónica dos Bons Malandros (1980), que seria objecto de adaptação cinematográfica, é um percurso trágico-burlesco pelo mundo da marginalidade lisboeta, pela precaridade quotidiana dos vigaristas de pacotilha que sonham com "o grande golpe" que os arranque do pequeno submundo anónimo. Em Histórias do Fim da Rua, segundo livro de ficção editado três anos mais tarde, Mário Zambujal entrelaça histórias que têm a ver com a Rua de Trás, em demolição, sacrificada a um "progresso" protagonizado por especuladores imobiliários e, simultâneamente, por um casal - Nídia e Sérgio -, perfis muito característicos de uma perfeita dissolução, tanto no que diz respeito a uma geografia urbana como a uma relação sentimental com dez anos de vida.

O seu terceiro livro, publicado outros três anos mais tarde, intitula-se À Noite Logo se Vê e retomou o sucesso do primeiro, distanciando-se do relativo silêncio votado ao anterior. Quanto ao argumento, é exposto de rompante, logo na página 4: "No tempo inteiro de quatro anos, quatro, não nasceu nenhuma criança, uma que fosse, menino ou menina, na aldeia do Roseiral" e Mino Miralva, narrador de muitas histórias, começa a investigar. De resto, o autor continua a considerar-se como um jornalista que escreve para se divertir, com um humor infantil, matreiro, marcado por uma linguagem ágil e cheia de um humor genuíno e fresco, e uma prosa despretensiosa e criadora de personagens que só por si constituem todo um universo ficcional: "O Cacildo Tavares, sacrificado repórter da velha guarda", ou o "imparável fura-vidas Jacinto Rebite" são exemplos que fazem do último romance de Mário Zambujal, como disse uma crítica conceituada, "a fantástica recuperação de um risco que andava por aí perdido".

FRANCISCO ZAMBUJAL,

foi o mestre do humor desportivo em Portugal. Apesar do coração alentejano, que lhe dava uma bonomia inconfundível e um timbre de voz amável, foi em Faro que viveu boa parte da sua vida.

Recordo com nostalgia os tempos passados na sua salinha improvisada dentro do jardim, com o objectivo de se estudar matemática, ali para os lados de Sº Luís, já perto da estrada de Olhão. O tempo passava lentamente a olhar para a passarada até que ele começava a descrever ao cronómetro as batalhas épicas de algumas etapas da Volta a Portugal e o pessoal perdia o tino e empolgado pedia mais.

Quem perdia era a matemática, que ainda por cima, competia com “A Bola” e mais tarde com o “Pão com Manteiga” que secretamente espreitávamos sem ter a coragem de pedir um boneco ao “Mestre”.

Muitos dos meus amigos de então desenvolveram um gosto particular pela banda desenhada, que começou no “Mundo de Aventuras” passou pela “Tintim” e hoje ainda perdura quando aparecem novos álbuns de Dufaux ou Van Hamme.Alguém escreveu um dia que “ Em Zambujal pode-se perceber a linha-base do raphaelismo, doseada pelo modernismo da segunda geração, com os condimentos pessoais, que lhe dão um traço inconfundível.” Não sei o que quer dizer.

Apenas sei que o “Mestre” deixou muita saudade e uma vontade enorme de ver a cidade prestar-lhe uma viva e justa homenagem

FRANKLIN MARQUES,

Sei que como aluno foi assim-assim ... ..
Mas como homem não há melhor!..
Pouco mais sei de Mestre Franklin,
Mas ainda sei que foi bom professor...

Sei também que foi poeta e actor
E muitas coisas mais que eu não sabia
Por isso não lhe faço nenhum favor
Em colocá-lo nesta galeria..

E já agora trazer aqui também
Um pouco da sua poesia
.Para a qual o Franklin tem
Grande inclinação e simpatia

A GRAÇA É O LEMA
DESTE POEMA
DO FRANKLIN
QUE REZA ASSIM...

POEMA DE FRANKLIN MARQUES (amostra)

Recordar esta cidade,
Tal como eu a conheci,
Quando a modernidade
Andava longe daqui,
È contar um alonga história
De lugares e de gente
De que se guarda memória;

È trazer para o presente
O que aterra foi outrora,
E senti-la bem diferente
De como se sente agora...
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Manhã cedo. Vão chegando
Sacadas vindas do mar
À ponte vão atracando,
Companhas descarregando
Peixe inda vivo a saltar

Lá pontifica o Marreco
De escutada opinião
E, com ele, fazem eco
O Toquim, o Alcatrão,
O Acarreta Pauzinhos
E mais o Santo Antoninho
Com o Zézinho Beirão


Na arcada do Hospital
Tanta moça já se avista!!!
- Deixem lá que não há mal,
O ajuntamento é normal
Porque é dia de revista...

CASIMIRO DE BRITO,

Poeta, romancista, contista e ensaísta.
Nasceu no Algarve, em 1938, onde estudou (depois em Londres) e viveu até 1968. Depois de uns anos na Alemanha passou a viver em Lisboa. Teve várias profissões mas actualmente dedica-se exclusivamente à literatura.

Começou a publicar em 1957 (Poemas da Solidão Imperfeita) e, desde então, publicou mais de 40 títulos. Dirigiu várias revistas literárias, entre elas "Cadernos do Meio-Dia" (com António Ramos Rosa), os Cadernos "Outubro/ Fevereiro/ Novembro" (com Gastão Cruz) e "Loreto 13" (órgão da Associação Portuguesa de Escritores). Actualmente é responsável pela colaboração portuguesa na revista internacional “Serta”.

Esteve ligado ao movimento "Poesia 61", um dos mais importantes da poesia portuguesa do século XX. Ganhou vários prémios literários, entre eles o Prémio Internacional Versilia, de Viareggio, para a "Melhor obra completa de poesia", pela sua Ode & Ceia (1985), obra em que reuniu os seus primeiros dez livros de poesia.

Colabora nas mais prestigiadas revistas de poesia e tem obras suas incluídas em mais de 150 antologias, publicadas em vários países.

Participou em inúmeros recitais, festivais de poesia, congressos de escritores, conferências, um pouco por todo o mundo.

Director dos festivais internacionais de poesia de Lisboa, Porto Santo (Madeira) e Faro. Foi vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores, presidente da Association Européenne pour la Promotion de la Poésie, de Lovaina e é presidente do P.E.N. Clube Português. Obras suas foram gravadas para a Library of the Congress, de Washington.

Foi agraciado pela Academia Brasileira de Filologia, do Rio de Janeiro, com a medalha Oskar Nobiling por serviços distintos no campo da literatura — entre outras distinções. É conselheiro da Associação Mundial de Haiku, de Tóquio.

A Académie Mondiale de Poésie (da Fundação Martin Luther King), galardoou-o em 2002 com o primeiro Prémio Internacional de Poesia Leopold Sédar Senghor, pela sua carreira literária. Ganhou o Prémio Europeu de Poesia Sibila Aleramo-Mario Luzi, com a sua antologia Libro delle Cadute, publicada em Itália em 2004.

Tem traduzido poesia de várias línguas, sobretudo do japonês e foi traduzido
para galego, espanhol, catalão, italiano, francês, corso, inglês, alemão, flamengo, holandês, sueco, polaco, esloveno, servocroata, grego, romeno, búlgaro, húngaro, russo, árabe, hebreu, chinês e japonês.

Em 2006, foi noemado Embaixador Mundial da Paz, no âmbito da Embaixada Mundial da Paz, sediada em Genebra
E esteve aqui.:

Na Colômbia, em Barranquilha, ocorrerá entre 16 e 20 de Janeiro,
alargado depois a outras Cidades, um Festival Internacional dedicado a
“A Reflexão como Espectáculo”,
com o apoio da Fundación La Cueva,
e com participação de criadores de vários países, entre eles: Lina Wertmuller,
Dario Fo, Héctor Abad Faciolince, Fernando Vallejo, Gonzalo Márquez Cristo,
Victor Ramil, Claude Michel Cluny, e muitos mais.
De Portugal foi convidado o poeta
Casimiro de Brito
que aproveitará a sua estadia na Colômbia para lançar a sua antologia
El Amor, La Muerte y Otros Vícios,
traduzida por Montserrat Gibert e
recentemente editada em Bogotá na colecção
“Los Conjurados”, onde já foram editados, entre outros, os poetas:
Roberto Juarroz, Adonis, Georg Trakl, Ungaretti, Rimbaud
e António Ramos Rosa

Recolha de João Brito Sousa