segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

PARABENS


Hoje, dia 28, fazem anos:


- Joaquim Pereira Alves
PARABÉNS
RC

A GUERRA VISTA POR UM COSTELETA

(ida para o ultramar)

A GUERRA NO ULTRAMAR

Joaquim Furtado, tratou recentemente do problema referente à nossa guerra no ultramar. A matéria está a ser seguida pela minha geração que esteve lá no terreno.

Do APCGorjeios retiramos um texto referente ao 9º episódio.

“Explicadas as predisposições salazaristas teimosamente intransigentes quanto a qualquer possibilidade de entendimento com os movimentos macionalistas, estes lançaram-se na guerra em Angola e Guiné e após algum recuo perante a investida inicial das nossas tropas, no meio do ano de 64 já nos confrontavam militarmente e causavam sérios danos nas nossas forças militares, especialmente na Guiné, como vimos neste episódio. Assim, a narrativa fílmica vira-se para a descrição das operações de envergadura planeadas pelos altos comandos e executadas por grossos meios militares, como a ocupação da ilha de Como que este episódio nos dá a conhecer com pormenores dos acontecimentos contados por intervenientes directos de ambos lados. Vê-se claramente como uma tropa actuando com meios clássicos de deslocação e logística no meio da mata se torna pesado, de pouca mobilidade e rápido desgaste fisico e moral, restando-lhe quase sempre a necessidade de actuar apenas em sua defesa prória, ao contrário do guerrilheiro que, no seu meio natural, descalço e com uma arma às costas, se move na mata como uma lagartixa e ataca de surpresa.

Indo o estado da guerra já no ano de 64, forçosamente JF tinha de nos contar as causas e motivações do início da guerra em Moçambique que se deu em fins desse ano. Grande parte do episódio é dedicado a contar as peripécias internas dos movimentos e destes perante os chefes dos países africanos, já independentes, e que apioavam e exigiam a unidade dos movimentos de libertação para o lançamento e êxito da luta armada. Ficámos a saber que a FRELIMO nasceu da imposição africana dessa unidade que foi apenas feita ficticiamente no papel. A luta armada acabaria por iniciar-se à pressa e mal preparada só para haver um primeiro. E também com Moçambique, Lisboa perde uma nova oportunidade de enveredar por uma política apaziguadora. Mondlane bem esperou argumentando, junto dos seus, com dúvidas sobre a luta armada, certamente baseado nas promessas sonsas que Adriano Moreira lhe insinuava. Mais uma vez AM andou a semear esperanças que sabia não poder cumprir. Tal como em Angola com Deslandes, levou para Moçambique Sarmento Rodrigues cujo pensamento ia no sentido de uma abertura política dirigida para uma descolonização pacífica e integrada. Quando Salazar, avisado pidescamente, soube de tal idéia tida à sua revelia, despediu todos e colocou no seu lugar pessoal sem qualquer idéia ou pensamento descoincidente do seu.Outra vez, uns merdosos dirigentes liberais, se encolheram face a Salazar e a guerra abriu nova e longa frente para mal dos soldados de Portugal.

AGORA, O COSTELETA DIOGO COSTA SOUSA

Nada de novo até aqui……as atrocidades já por nós conhecidas….a confirmação de que Kenedy nos apunhalou pelas costas para aliviar a sua própria pressão interna relativa aos movimentos cívicos”

Dos anos 60, nada melhor do que mostrar que estava com a raça negra onde quer que fosse desde que se tratasse da emancipação da dita…..Furtado até aqui não me traz nada de novo.

Estou esperando pela análise política dos intervenientes que até aqui não foi alem de como eu disse dos massacres de inocentes sem discriminação de cor, sexo ou classe etária….tudo
Quem se movesse morria…….havia que aterrorizar, que utilizar a política da terra queimada ……mas salvaguardar a infra estrutura que essa ia ser redistribuída pelos activistas…..isto faz-me lembrar um pouco a nossa reforma agrária, uns anos mais tarde, com os resultados nefastos que conhecemos……Correu-se com o latifundiário, consumiu-se o que na herdade existia, quando se delapidou o espólio, abandonou-se a dita que foi entregue ao tal latifundiário que entretanto tinha envelhecido e sem fundo de maneio a vendeu aos ESPANHOIS que a estão a modernizar e a tornar rentável
Como se diz no nosso Algarve as conversas são como as cerejas….comecei em ANGOLA e já estou no ALENTEJO……mas ha uma certa analogia ou digamos parecenças com ambos os desenvolvimentos
Recolha de
João Brito Sousa