quarta-feira, 4 de junho de 2008

NOTÍCIAS DO JOÃO LEAL

João Manjua Leal


«SEMANA ABERTA» NA ETC
A nossa Escola promoveu, mais um ano, a «Semana Aberta», que decorreu entre 26 e 30 de Maio e constou de uma visita guiada à Tomás Cabreira, exposições de actividades e informações sobre os diferentes cursos que nela vão ser ministrados no ano lectivo de 2008 ­2009, com o intuito de dar a conhecer a sua oferta educativa.


NO CENTENÁRIO DO ACADÉMICO PINHEIRO E ROSA (PROFESSOR DA TOMÁS CABREIRA)
Ocorreu, no passado dia 5 de Maio, o centenário do nascimento do sempre lembrado e saudoso Professor José António Pinheiro e Rosa, das maiores figuras da vida intelectual algarvia do século XX, membro efectivo da Academia Portuguesa de História, autor de largas dezenas de publicações científicas, sobretudo de investigação histórica algarvia e que, para pleno orgulho de todos nós, «costeletas», foi professor da nossa querida Escola, entre os anos de 1967 e 1975.
Nascido em Faro, em plena «Vila - a-Dentro», paredes meias como soi dizer-se com a nossa «velhinha» Escola, em 5 de Maio de 1908, o Professor Pinheiro e Rosa foi também um notável orador sacro e compositor de música religiosa, quando exerceu o presbiteriado, altura em que organizou a ainda hoje recordada «I Exposição Algarvia de Arte Sacra», em 1940, a quando das comemorações centenárias.
Os cem anos de vida do professor Pinheiro e Rosa, que faleceu em Faro em 1995, foram motivo de várias comemorações, entre as quais incluímos a inauguração da plaea toponímica junto à Escola que ostenta o seu nome, na zona da Penha / Vale de Carneiros e palestras promovidas pelo Rotary Clube e Câmara Municipal de Faro. Esta foi proferida pelo também ex- professor da Escola Tomás Cabreira, dr. Teodomiro Neto.



«AVÔ: UM NOME FEITO DE TEMPO» - UM «CD» COM POESIAS DO COSTELETA ORLANDO AUGUSTO DA SILVA
É um dos veteranos antigos alunos da Escola Tomás Cabreira, o nosso colega Orlando Augusto da Silva, a quem se aplica na perfeição a conhecida frase «a selfmade man» e um poeta de assinalados méritos, como o define o livro «Avô: um nome feito de tempo», com a primeira edição já esgotada e de que se prepara uma nova edição, a par de mais um livro deste assumido costeleta.
Em sessão cultural, das mais belas que temos assistido na capital sulina, realizada no Clube Farense, foi apresentado o «cd» com poemas de «Avô: um nome feito de tempo», ditos pelos artistas João Pires, Tânia Silva e Afonso Dias, a quem também coube a direcção artística, a selecção musical e as músicas originais, com captação, mistura e masterização de Adraino St. Aubyn e design de Daniel D. Dias.
As nossas felicitações ao dedicado Orlando Augusto da Silva, que definiu a sua poética como: o poema acontece / Inesperadamente / Como flor que quer abrir / Pétala a pétala, numa / Harmonia e frescura / Que encanta e perfuma; Na observância da leitura / Deixa - nos a boca a sorrir / Tão gostosamente / A fruta madura».


FRANKLIM RECORDADO NO CLUBE FARENSE
Foi no decurso da sessão de apresentação do «cd» com os versos do veterano costeleta, o poeta Orlando Augusto da Silva, com base no seu livro «Avô: um nome feito de tempo», que foi prestada uma significativa homenagem à sempre lembrada memória desse outro indefectÍvel costeleta que foi o Franklim Marques, falecido dias antes.
O conhecido artista João Pires recordou-o em termos solidários e fraternos, definindo «a modéstia, como uma grande marca de vida de Frankim Marques».
Por seu turno o Vice - Presidente da Câmara Municipal de Faro, Eng. Augusto Miranda, anunciou que a Autarquia, que há anos lhe concedera a «Medalha do Município - Grau Prata», pelos relevantes serviços prestados à Cidade, lhe vai prestar em Outubro uma bem merecida homenagem pública.
E Nós, costeletas, lá estaremos, a Deus querer, para «viver» uma vez mais o amigo cuja memória nos acompanha no quotidiano.


O «COSTELETA» MANUEL BELCHIOR EXPÔS EM SÃO BRÁS DE ALPORTEL
Na Galeria Nova do Museu do Trajo, em São Brás de Alportel, sua terra natal, o «costeleta» Manuel Belchior, expôs com assinalado êxito os seus trabalhos de escultura e pintura, numa mostra intitulada «Artes Decorativas».
Trata-se de um colega que frequentou e concluiu o Curso Industrial na Escola Tomás Cabreira, onde tomou contacto primeiro com os caminhos da arte e que depois prosseguiu vida fora, havendo trabalhado cerca de 40 anos em engenharia electrónica na Alemanha, em cujos laboratórios fez algumas invenções.
Realizou exposições desde 1960 na Alemanha, onde expõe permanentemente na Galeria «Dia Goldschmiede» e em Portugal, encontrando-se algumas das suas obras em colecções particulares em França, Portugal, Estados Unidos da América e Inglaterra e sendo autor da célebre escultura «O Algarvio», que se encontra na Biblioteca Municipal de São Brás de Alportel.


«JÁ NÃO SE ESCREVEM CARTAS DE AMOR«,
NOVO LIVRO DE MÁRIO ZAMBUJAL
Mário Marvão Gordilho Zambujal, o nosso costeleta Mário Zambujal, um dos nomes mais destacados da literatura e do jornalismo portugueses deste nosso tempo, acaba de publicar mais um livro. Trata-se de «Já não se escrevem cartas de amor» e trata-se de «um olhar melancólico sobre a Lisboa dos anos 50».
Depois dos êxitos alcançados com «Crónica dos bons malandros» (1980), «Histórias do fim da rua» (1983» e «À noite logo se vê» (1986) sucesso idêntico se espera para este novo livro do Mário Zambujal, que ocupa as funções de Presidente do Clube dos Jornalistas.
Interrogado sobre se este era um livro autobiográfico, respondeu: «Não sendo na totalidade, a verdade é que aquele gajo de 70 anos, o Eduardo, tem muitas coisas minhas. E as diferentes persona­gens são construídas com base em tipos que conheci».


A POLÍCIA VEIO À ESCOLA ....
Pois é verdade, companheiros costeletas, a PSP (Polícia de Segurança Pública) veio à nossa Escola, para, durante uma manhã, realizar uma sessão de esclarecimento visando dar a conhecer as formas de ingresso naquela Instituição e no âmbito das palestras que o Núcleo de Estudos, Planeamento e Relações Públicas tem organizado no Algarve.
O Subcomissário Ricardo Pereira, orientador destas sessões, explicou que o objectivo é dar a conhecer a PSP aos jovens e aliciá-los para uma carreira nesta Força de Segurança.


Colocado por Rogério Coelho

UM POETA COSTELETA


Casimiro de Brito - Do Poema

O problema não é meter o mundo no poema;

alimentá-lo de luz,

planetas vegetação.

Nem tão- pouco enriquecê-lo,

ornamentá-lo com palavras delicadas,

abertas ao amor e à morte,

ao sol, ao vício, aos corpos nus dos amantes -o

problema é torná-lo habitável,

indispensávela quem seja mais pobre,

a quem esteja mais só

do que as palavras acompanhadas

no poema.



Publicação de

João Brito Sousa