sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ESTE É O MÊS DA POESIA


Maria José Fraqueza para Franklin Marques




HÁ POESIA NO CÉU

Dedicatória especial ao Saudoso Franklin Marques

O Céu abriu as portas par em par…
Os anjos receberam com Amor…
A Poesia cantada num altar…
Cada poema é bênção do Criador

O Franklin meu amigo vou louvar,
Que o meu poema seja como flor…
Meus olhos já cansados de chorar
Por andar a carpir a minha dor!

A dor, esta saudade tão sentida…
Com a mágoa dolorosa da partida,
Que se sofre, num elo de Amizade!

O Seu corpo desceu à terra fria,
Mas na Terra ficou a Poesia…
Por ele há-de falar eternamente!

F R A N K L I N

Franklin, o teu nome está presente,
Tu sempre foste Amigo de Verdade
Por isso, estarás eternamente…
No nosso coração cheio de saudade!

Franklin, eu bendigo sinceramente
Pelo percurso lindo de amizade…
Como Jesus amaste firmemente
Praticando na Terra a irmandade!

Por isso, a recordar o costeleta
A tua grande amiga da Fuseta
Na sua poesia mais sentida…

No grandioso espaço universal,
Tu foste companheiro sem igual
Porque és Imortal, Além da Vida!




Maria José Fraqueza




Colocado por Rogério Coelho

UM POUCO DE HISTÓRIA


O CASTELO DE PADERNE.
(este texto é para todos os costeletas mas em especial para a FELICIANA GRADE, que tem qualquer coisa a ver com PADERNE e também com o PATACÃO)

Vamos hoje falar de HISTÓRIA, porque a História de Paderne é rica e porque “A História é o homem” segundo a fórmula de Lucien Febvre.

A história interessa-se pela realidade humana no seu conjunto; torna-se o estudo racional do desenvolvimento da cultura. A história manifesta portanto uma dupla vocação da espécie humana, capaz ao mesmo tempo de loucura e de ordem. Entre estes dois antagonismos prossegue um debate em que se joga o próprio destino da humanidade. O sentido da história corresponde ao movimento da civilização. Relata, mas não trata os acontecimentos de caducos ou antiguidades mortas.

O histórico não é o antigo, o ultrapassado, o inactual, mas o próprio núcleo da actualidade, a garantia do futuro. Não se procura a história por amor ao facto exacto e preciso; busca-se a história porque esta autoriza uma filosofia. Daí o sucesso da literatura histórica e a frequente referência ao testemunho da história. A história ao serviço da razão, ensina o direito divino da humanidade. A história conduz ao Progresso e este constitui uma sucessão de etapas da consciência.

A História sofre também a agressão das ciências sociais como a demografia ou a economia. A História demográfica apresenta os seus modelos, substituindo-os nos conjuntos das mentalidades e de sistemas culturais enquanto a História económica gira em torno de noções como a das crises, que permitem reencontrar, através da conjuntura, a actuação e o mecanismo de um conjunto
A ciência histórica é uma forma da consciência que uma comunidade toma de si mesma, ou seja, é o conhecimento da vida colectiva baseada no homem..

Paderne é uma terra com História, muita História, expressa nos seus Castelo, Igreja Matriz, Ermida da Nossa Senhora da Cruz, Ermida da Nossa Senhora da Assunção, Azenha, Fonte e Ponte do Castelo. O Castelo de Paderne é um dos que figuram no Escudo Maior da Bandeira de Portugal, que é vermelho e tem à sua volta representados, os sete castelos que estão relacionados com as cidades fortificadas que D. Afonso III tomou aos mouros. Este castelo foi conquistado aos mouros por D. Paio Peres Correia em 1248 e desactivado em 1858.

O castelo foi erguido em taipa pelos Almoádas entre o século XI e o século XII, durante a última fase da ocupação muçulmana da península, controlando a antiga estrada romana que cruzava a ribeira de Quarteira por uma ponte a Sudeste. Neste período, o progresso da Reconquista cristã levava à edificação de uma linha defensiva integrada por fortificações de porte médio e de carácter rural na região, das quais esta é um dos melhores exemplos.

A referência mais antiga sobre o castelo remonta a 1189, quando foi conquistado em um violento assalto nocturno pelas forças de D. Sancho I (1185-1211), com o auxílio de uma esquadra de cruzados ingleses. Esse domínio, entretanto, foi efémero, uma vez que, mais tarde, foi recuperada pelas forças almóadas sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur.

Sabe-se que o Castelo está degradado e compete aos padernenses uma palavra acerca da sua recuperação, porque é um imóvel considerado de interesse público desde 1971. De momento, apenas se vislumbram alguns panos de muralha, o torreão de entrada e as paredes mestras da sua Ermida.

Têm a palavra os padernenses.

João Brito Sousa