sábado, 27 de setembro de 2008

O MEU PRIMEIRRO 7 DE OUTUBRO

PROFESSORES COSTELETAS














PARA A ESCOLA
por João Brito Sousa

Nos meus tempos de aluno da primária, a escola começava a no dia 7 de Outubro. Não tenho bem a certeza, mas quando fui para a Escola Comercial e Industrial de Faro, as aulas parece que começavam no dia 1 do mesmo mês.

Na primária, a D. Helena era a professora e a Escola era em Mar e Guerra. Eu vinha dos Braciais, a pé, com o Cadinho e os meus primos, os filhos do ferroviário, o Carlinhos e o Zé Louro. O Cadinho, de nome próprio Ricardo, dava cabo da cabeça da gente, porque soube que eu e o Carlinhos, uma vez, tínhamos desviado da horta do tio Afonso, uns sacos de plástico que lá havia. João, dizia-me ele para mim, amanhã quero que tragas dez laranjas. Se não trouxeres digo, à professora que estragaste os saco ao meu tio e levas umas porradas...O castigo físico sempre esteve ligado à Escola primária e, claro à professora, na óptica da educadora.

Tenho saudades da Escola primária e daqueles tempos porque, nessa altura, arranjei um grande amigo, um homem que, apesar de mais velho, sentia que dele me vinha um carinho especial. Era o homem onde ia comprar os cadernos. Tinha sete anos e tinha m amigo já homem. Tinha e tive sempre um grande orgulho nisso, de ter como amigo o António Cadeiras, o homem da loja dos cadernos. E essa amizade durou uma vida. Mandei-lhe um beijo de amizade, em direcção ao céu, quando soube eu ele tinha falecido. E mando-lhe outro agora, António, esta mensagem é para ti.
A minha primeira namorada foi a Gabriela e depois foi a Piedade. Fiquei igualmente triste no dia em que soube que ela tinha falecido e enviei para o céu “UM PAZ À TUA ALMA”. Os da minha classe eram a NAIR, a MARIA de JESUS, o ZÉ GABADINHO, o JOÃO SILVINO GAGO e o CUSTÓDIO.

O 7 de Outubro foi uma data importante para os da minha geração. Durante quatro anos foi assim. Começávamos nova vida.

Mais tarde vim a saber que o escritor Trindade Coelho, falaria dessa mesma escola no seu romance “OS MEUS AMRES”, no conto “PARA A ESCOLA”. No velho casarão do convento é que era a aula. Aporta lá estava com fortes pinceladas vermelhas, ao cimo da grande escadaria de pedra, tão suave que era um regalo subi-la. Obras de frades os senhores calculam...

Velha malta da escola como te recordo...E é com saudade enorme que me lembro do Jorge Custoidinho e do Gabriel, hoje ferreiro, que foram para a escola já velhotes. E os outros todos, o Zé Elias e o irmão, o Bernardo Estanco, parceiro do Diogo Costa Sousa, e as irmãs.

Tanta malta amiga, a Manuela Antão e a irmã, a Madalena.

O dia 7 de Outubro de 2008 vem daqui a dez dias. E nesse dia faz sessenta anos que fui à escola oficial pela primeira vez.

Porque já tinha andado na escola paga das filhas do Mestre Vicente, na Senhora da Saúde. As mestras eram a D. ALDA, a D. LÍDIA e a D.TERESINHA.

A todos os meus MESTRES, e talvez fossem mas de cem, deixo, para todos eles um grande abraço de amigo. E deixo um abraço especial para o Dr. Baptista da farmácia da rua de Santo António em Faro, que me disse após um exame oral: SABES MAIS DO QUE AQUILO QUE PENSAS.

See you.

3 comentários:

Anónimo disse...

Quero deixar aqui um grande abraço para uma GRANDE MULHER, Professora Maria José Fraqueza.

Quando fui aluna da senhora era a Lídia Amaro (nome de solteira)

Lídia Machado,

Anónimo disse...

`Para a MARIA JOSÉ FRAQUEZA,

À professora, à poetisa, à escritora, à costeleta, `a grande mulher da cultura, permita-me que lhe envie igualmente, como a LÍDIA MACHADO, grande abraço e votos de muitas felicidades.

João Brito Sousa

Anónimo disse...

A TODOS OS OUTROS PROFESSORES DA ESCOLA,

João Manjua Lal, Diamantino Ploto e Jorge Mmonteiro, o Director da Escola do meu tempo ...

Deixo a todos um abraço

JBS