Para: João Brito Sousa
- Quero agradecer os teus comentários e dizer-te que estou ponderando a possibilidade de escrever a crónica sugerida. Eu percebi a provocação, perfeitamente natural e aceitável entre o mestre e o aprendiz.
Um abraço costeleta
António Palmeiro
Para: António Encarnação
- O que escreves-te, em minha opinião, reflete a realidade. Quero parabenizar-te por isso.
Na verdade, o Brasil, um país de dimensões continentais, apresenta diversas realidades.
Se me permites, gostaria, só para ajudar o entendimento, de explicar o que é um "boia fria" a que fazes referência e que provavelmente, muitos dos nossos colegas não sabem o que é.
A história que conheço é esta:
O termo "bóia fria" é muito usado para definir um trabalhador menos qualificado. Ex. : um carregador, um cortador de cana, ou qualquer outro que tenha que se deslocar, ou seja sair de casa de manhã e só regressar à noite, tendo que almoçar fora. Como é sabido o brasileiro chama de bóia à comida.
- O que é o almoço? Passa a: O que é a bóia? Hoje vou a tua casa filar.te o almoço, ou seja, hoje vou a tua casa filar-te a bóia.
Então os trabalhadores atrás referidos levavam de manhã quando saíam de casa uma marmita, já com a refeição confecionada, que obviamente quando fosse consumida estaria fria, daí o termo "boia fria".
Inicialmente os "bóias frias" eram só os cortadores de cana e os que transportavam a cana até ao engenho, no entanto a criatividade do brasileiro fez o resto.
Claro que hoje, mesmo qualquer trabalhador menos qualificado, tem meios facultados pelas empresas para aquecer as suas marmitas. Mas o nome ficou!
Quero pedir de novo desculpa mas não resisti a dar esta explicação.
Para terminar pretendo saber o motivo porque me persegues! Sul de Minas, boa opção, Caxambú melhor ainda (todo o circuito das águas é fantástico - Caxambu, São Lourenço, Lambari, Cambuquira, Poços de Caldas). Em Caxambu até a água engravida as mulheres, que o diga a Raínha. Quem conta esta história, contas tu ou conto eu?
Depois continuaste a perseguição em São José dos Campos, só não sabes onde eu morava, mas eu digo, no Jardim Satélite. Incrivel a coincidência com mais de 20 anos de diferença.
Um abraço costeleta
Antonio Palmeiro
AO ANTÓNIO PALMEIRA,
ResponderEliminarViva,
Apreciei bastante a maneira como me dirigiste o teu comentário.
Muito subtil...
António,tenho dificuldade em lidar com pessoas que não estou a ver.
Já mandaste a foto que te pediram?...
És um costeleta de muito talento. Eu acho. E trazes á cintura muita amizade, consideração e bondade.
Bondade, disse eu. Não moleza ou ausência de honradez...
Senti isso e felicito-te pelo facto. Chegaste com o comboio em andamento mas já estás sentado na fila da frente da primeira carruagem,
Que é onde estão os melhores.
Pareces-me um mixto de Cavaco Silva e de João Cuco.
Inteligente e duro.
Como é...fico a aguardar a história da professora e, palavra de honra,que penso ficaria bonito neste espaço,uma crónica tua com este título: EU, ANTÓNIO PALMEIRO.
Nessa noite, bebo um Wisky em tua homenagem.E direi, levantando o copo:AO ANTÓNIO.
Uma lágrima rola-me na face, mas não te preocupes, sou desses que choram.
Dispôe, se achares conveniente e útil.
Aí vão as saudações costeletas do
João Brito Sousa