sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

DO CORREIO


Faro - Ermida de S. Luís
Subúrbios cidade de Faro anos 50

Na época a cidade praticamente se encontrava nos Limites entre a denominada Estrada da circunvalação ( Ruas Aboim Ascenção , G. Teófilo da Trindade e José de Matos ,) ao Norte e pela Linha do Caminho de ferro ao Sul .

Na parte Norte depois entre a Estrada Senhora da Saúde e do Alportel num Edifício Rosa , existia um chalé com um Aero Motor perto , depois o refugio Aboim Ascenção , na altura com vacaria e horta , Seguindo pelo zonas das Adegas “ João Pires e Abel Pereira da Fonseca ,” as casas do Alto da Caganita e Alto Rodes ligavam á entrada na cidade pela rua do Alportel .
Entre a mesma até há de S. Luiz/Penha encontrava-se a Carreira de Tiro .,e sendo nessa década inaugurado o Mercado Municipal , que deu origem a edificações até ao bairro de S. Luis .
Ao lado encontrava- se extensões rurais com Amendoeiras que terminavam na estrada de Olhão , e a poente foi Edificada a Farauto , e mais tarde iniciada a Urbanização da horta do Rodolfo e outras nessa área .

Ao entrar na cidade tinha os Postos da Polícia de Viação e Transito nas Estradas de Loulé e Olhão e nas de Alportel e Conceição/Penha , prestavam serviço Sinaleiros .

Limites da Cidade e Subúrbios
A Estrada de Loulé ia até á denominada Horta das Figuras , Sendo considerado como subúrbios as Pontes de Marchil. Patacão e Monte Negro..

Estrada Senhora Saúde , depois de passar pelas Taberna com Letreiro de Bons Vinhos , ao lado esquerdo o “caminho para acesso ás hortas , lado Direito a Fábrica do Caiado e casas até uns 200 metros , terminando antes da Horta do Cipriano . os Subúrbios a Senhora da Saúde e Mar e Guerra .

Estrada do Alportel seguia até Vale de Carneiros onde se localizava um pequeno Bairro denominado " Casas da Barulha " ( D. Marquinha para quem a conhecia ) Subúrbios eram o Vale da Amoreira , Escuro e os Sítios do Clelote e Bate Cu nas Campinas de Faro .

A Estrada da Penha/Conceição depois do estádio de S. Luís e o cemitério dos Judeus , se localizava o denominado bairro da Lata , e começava a parte rural na Horta conhecida como do papa Figo .Suburbios a freguesia da Conceição de Faro

A estrada de Olhão praticamente terminava perto do Rádio naval . Subúrbios o Rio Seco .

Seguindo a Rua José de Matos passava pela horta do Peres praticamente terminava depois do Bairro do Bom João e Casa dos Rapazes .Sendo conhecida pela Estrada do Moinho da Palmeira ( Ferradeira e outro ) já no Subúrbio o Chalé das Canas onde anos mais tarde criou fama o pequeno restaurante do António Palhoca

Mas a cidade não tinha eliminado a parte Rural , encontrava-se ao lado da Alameda a Horta do Ferregial onde se encontra a esquadra da PSP , funcionava um Lavadouro em que as pessoas da cidade iam ou mandavam lavar as roupas , existia outro lavadouro localizado no largo do sol Posto se a memória não me falha ? .e mesmo no Largo de S. Francisco junto ás muralhas da Cidade tinha a vacaria do Soares .

Ao Sul da via Férrea as salinas do Neves Pires , a Horta da Areia que dava entrada para os Serviços de Limpeza com suas carroças e a montureira onde o Lixo da cidade se transformava em adubo para as hortas ( na época não existia Plásticos nem o vidro era descartável ) seguidas das Oficinas e mais á frente estaleiro de obras da Opca , as Hortas do Bolas , do Frederico e do Pires , depois a Fábrica de Cortiça conhecida como do Fritz e nos Limites da mesma estava a “ Passagem de Nível da C P “ do Chale das Canas .

Saudações Costeletas
António Encarnação

4 comentários:

  1. Obrigado por esta bela descrição. Só faltou falar da estradinha funda, que ligava o alto de santo António ao chalé das canas, onde muitos namouros da época aconteciam.

    Saudações costeletas
    JCB

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  2. GRANDE TRABALHO Ó ANTÓNIO.

    Viva,
    Tudo bem, mas nada dos Braciais?...A minha terra deu gente importante à cultura do nosso País e não pode ficar esquecida.
    Ab.
    João Brito Sousa

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  3. Olá amigo Encarnação

    Belissima descrição de Faro de outros tempos.
    Faz bem recordar, relembramos a cidade e os velhos tempos, em que tudo era diferente.
    Acompanho diariamente o que se passa nesse país grande de meu Deus.
    Tenho visto a devastação que as chuvas têm provocado.
    Conheço bem São Luís do Paraitinga, a cidade histórica que fica relativamente perto de S.J.C..
    Fica na Estrada que liga Taubaté a Ubatuda, atravessando toda a Serra do Mar. Uma pena o que aconteceu.
    Também conheço bem Cunha.
    Um grande abraço e que tudo melhore por aí.
    Palmeiro

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  4. Excelente descrição do que era
    a cidade de Faro na década de cin-
    quenta.
    Nessa época calcurriava diária-
    mente toda essa zona que ia do
    Bom-João, onde morava, até à Praia
    dos Estudantes onde tomavamos
    banho. Depois, seguindo para o
    Chalé das Canas, apanhavamos a
    estrada de terra batida que
    ligava à Estrada de Olhão.
    Numa daquelas hortas onde ia
    desembocar a Estradinha Funda,
    o dono deixáva-nos comer fruta
    por $5o (barriga cheia) e se
    quizessemos levar para casa eram
    mais $50,
    Nésperas e amoras eram as frutas
    que podiamos comer à vontade.
    Lembro-me que junto a um tanque
    para rega havia uma grande amorei-
    ra para onde subíamos em calções
    de banho para não sujar a roupa .
    Depois era um mergulho no tanque
    para sairem as nódoas que as
    amoras maduras deixavam no corpo.
    Não havia nespereira com frutos
    maduros, amarelinhos, que a rapa-
    ziada não conhecesse.
    Conheci o alemão Fritz Henzler,
    dono da fábrica de cortiça, e o
    seu genro Major Vieira Branco,este
    a prestar seviço no RI4.
    Junto ao Matadouro Municipal,
    nas trazeiras da Alameda, ficava
    também um grande Fabrica de Corti-
    ça, a fábrica do Cospe, que ocupa-
    va toda a rua e onde trabalhavam
    bastantes operários.
    Tempos áureos da produção de
    rochas e discos de cortiça para
    as garrafas que o plástico destro-
    nou.
    Parabéns A.Encarnação.
    Obrigado por me recordar destes
    lugares onde passei parte da minha
    juventude.

    Um abraço do Maurício Domingues

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