quarta-feira, 30 de novembro de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



ULTRAJE Á MEMÓRIA DE LYSTER FRANCO


Foi, sem qualquer dúvida ou receio de desmentido, um

dos mais destacado farenses do século XX. Encheu um tempo e

uma época e realizou-se na íntegra e nas múltiplas vertentes que a

vida comporta. O Dr. Mário Lyster Franco, desde professor na

Escola Tomás Cabreira, de que seu pai, o pintor Carlos Lyster

Franco era Director, a presidente do Município de Faro; de

advogado a jornalista (director do «Correio do Sul» e redactor

regional do «Diário de Notícias»), de irmão prior da Venerável

Ordem Terceira do Carmo a secretário do I Congresso Regional do

Algarve (Praia da Rocha, 1915), em suma foi um homem que serviu

a Terra e a Região Mães.

Em sua memória foi erigida uma placa - memória numa

das zonas arrelvadas do Largo do Carmo, por onde diariamente

passava, num gesto público de reconhecimento, talvez menor do

que lhe era devido, mas agora ratificado com a abertura da Avenida

Dr. Mário Lyster Franco, uma via fundamental para se concretizar

«Faro, em quarto crescente».

Nas manhãs de Domingo somos um fiel frequentador

da «Feira Agrícola», com a excelência de produtos locais e outros.

Esta manifestação, que está sendo um êxito, levou-nos a mais uma

vez passar, vindos da Rua do Jardim do Cardeal / Rua do Alportel,

a passar junto da referida placa - memória e a vermos, com

profunda consternação que a mesma estava a ser utilizada como

expositora de quinquilharias e outros artigos em segunda mão.

É de lamentar que tal aconteça e de esperar que haja

uma intervenção de quem de direito ( Município ?, Ordem do

Carmo? PSP? - não sabemos quem, mas alguém o deverá ser).

Importa sim que este «ultraje» termine.

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