ULTRAJE Á MEMÓRIA DE LYSTER FRANCO
Foi, sem qualquer dúvida ou receio de desmentido, um
dos mais destacado farenses do século XX. Encheu um tempo e
uma época e realizou-se na íntegra e nas múltiplas vertentes que a
vida comporta. O Dr. Mário Lyster Franco, desde professor na
Escola Tomás Cabreira, de que seu pai, o pintor Carlos Lyster
Franco era Director, a presidente do Município de Faro; de
advogado a jornalista (director do «Correio do Sul» e redactor
regional do «Diário de Notícias»), de irmão prior da Venerável
Ordem Terceira do Carmo a secretário do I Congresso Regional do
Algarve (Praia da Rocha, 1915), em suma foi um homem que serviu
a Terra e a Região Mães.
Em sua memória foi erigida uma placa - memória numa
das zonas arrelvadas do Largo do Carmo, por onde diariamente
passava, num gesto público de reconhecimento, talvez menor do
que lhe era devido, mas agora ratificado com a abertura da Avenida
Dr. Mário Lyster Franco, uma via fundamental para se concretizar
«Faro, em quarto crescente».
Nas manhãs de Domingo somos um fiel frequentador
da «Feira Agrícola», com a excelência de produtos locais e outros.
Esta manifestação, que está sendo um êxito, levou-nos a mais uma
vez passar, vindos da Rua do Jardim do Cardeal / Rua do Alportel,
a passar junto da referida placa - memória e a vermos, com
profunda consternação que a mesma estava a ser utilizada como
expositora de quinquilharias e outros artigos em segunda mão.
É de lamentar que tal aconteça e de esperar que haja
uma intervenção de quem de direito ( Município ?, Ordem do
Carmo? PSP? - não sabemos quem, mas alguém o deverá ser).
Importa sim que este «ultraje» termine.
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