domingo, 6 de novembro de 2022

POESIA

 

OS FAZEDORES DE MISÉRIA

 

Caiu em inaptas mãos a coisa pública;

Repleta de criaturas insignificantes;

Muitos não gerem bem as nossas repúblicas;

Pessoas medíocres, impostoras e arrogantes.

Indivíduos que falam, falam, têm muita léria,

Mas daí não advém nada de bom ou novo,

Não passam de meros fazedores de miséria,

Para a ruína levando grande parte do Povo!

Eles devoram, delapidam, a riqueza destroem,

A sociedade definha – isso é bem de ver;

Todos ralham, há muitos que enlouquecem,

O desânimo campeia – é o salve-se quem puder!

As gentes barafustam, mas estão peadas,

 

Cortaram-lhes as saídas, estão sós na rua!

É muito difícil aguentar estas paradas,

Com tanto roubo, corrupção e falcatruas.

Eles tudo devastam, da noite ao dia;

Gastam, duma maneira perene,

Por mais que embolsem, nada os sacia,

Se pudessem tiravam-nos até a pele!

Que fazer perante tal situação?

Se por eles não morremos de amores?

Então, é aproveitar a primeira ocasião,

Para despedir todos os treinadores!

Por tal razão, o ânimo é de manter,

A uma baixa, segue-se sempre uma alta maré,

A toda a hora a coisa se pode inverter,

Tenhamos garra, coragem e muita fé

 

      Manuel Inocêncio da Costa

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