O nosso concelho, capital da Região Sulina, durante muitos séculos tida a havida como Reyno dos Algarves, necessita, mais do que nunca de fomentar uma unidade entre as diversas unidades comunitárias, que a constituem. Faro não é só e apenas a Cidade - Sede Concelhia, mas todos os locais («sítios») que do Município fazem parte integrante.
Várias vezes a sua extensão foi alterada, a última das quais em 1 de Junho de 1914, a quando da desanexação da até então freguesia de São Brás de Alportel, que passou a sede de concelho, como hoje.
Precisamos e repetimos «mais do que nunca» (pela dispersão de alguns serviços que de Faro, têm sido afastados) de que em plenitude se concretize a frase popularizada por via dos primodivisionários em futebol «se és de Faro - considerando como tal os aqui nascidos ou residentes - és farense»!
Importa e esta é uma acção pedagógica que nunca tem sido desenvolvida que se dê a conhecer a terra farense por inteiro. É preciso que as freguesias rurais de Estoi, Conceição de Faro, Santa Bárbara de Nexe e Monte Negro se sintam tão farenses como os de São Pedro ou da Sé.
Sítios como o Guelhim, Alface, Besouro, Campinas, Ludo, Hangares, Bordeira, Areal Gordo, Senhora da Saúde, Mar e Guerra, Chelote, Galvana, Campinas, Patacão, Mata Lobos, São Miguel (poente), Coiro da Burra, etc.,etc., necessitam de ter um conhecimento como a Rua de Santo António ou o Largo da Sé. A tipicidade de Estoi e as Ruínas do Milreu, a história dos Hangares ou dos pescadores da Praia de Faro (sem esquecer a Armação do atum do Cabo de Santa Maria, as tradições musicais da Bordeira («a capital do fole») devem possuir de uns (nascidos) e outros (residentes) o mesmo grau de saber-se dos Museus de Faro, da Sé e do Carmo ou do Estádio de São Luís.
Por isso sugerimos as visitas aos locais havidos como menos identificados e dar-lhes um tratamento igualitário ao prestado à Cidade Maior, de que nos orgulhamos.
JOÃO LEAL
Sem comentários:
Enviar um comentário