CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE
A «CASA DAS VERGAS»
Sentia-se que era uma era um centro de amor e de arte aquela «Casa das Vergas», que outro nome lhe não conhecíamos, que o notável artesão sr. Proença, veio das Beiras natais para a abrir frente à Câmara Municipal. Era um fraterno acolhimento que se dedicava a todos os clientes e pressentia-se que era grande o fraterno amor que unia aquela exemplar família. Para nós está sempre ligada ao nosso enlace matrimonial ocorrido na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em finais de Outubro de 1962, com a sempre saudosa esposa, Maria Armanda de Sousa, natural da «Noiva Branca do Mar».
É que na preparação da decoração do lar conjugal a quando dos móveis a adquirir minha noiva preparou um conjunto de móveis em verga destinados a sala de estar. Fomos cordialmente recebidos por uma das gentis filhas do sr. Proença (o Director deste quinzenário, o nosso amigo Mário, que «recebeu uma pesada herança, à qual tem dado a melhor continuidade, mantendo o «Sporting Olhanense» como dos melhores jornais clubistas portugueses») era ainda bastante «moço» e entregue às aventuras que nestas páginas tão saudosamente tem recordado
.) Tocadas as várias sugestões («os móveis sugeridos devem levar uma fitas pretas e brancas (as cores do seu clube, o Farense) e verdes («lembrando o seu outro clube, o Sporting») tudo foi acordado e a obra confirmada. Esta surgiu perfeita, linda excedendo o que suponhamos e ainda hoje, por sucessivas doações familiares, decoram uma qualquer casa na Fuseta. Daqui a recordação da «Casa das Vergas» e a sua ligação ao nosso casamento.
Isto para referir uma saudosa presença daquilo que foi um dos mais prestigiados estabelecimentos artesanais de Olhão.
João Leal
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