quinta-feira, 10 de setembro de 2009

TEMA INTERNET


NOVO CANAL DESPORTO


Um novo canal de todas as modalidades, fonte de informação de desporto, do "sapo".
Pode-se ver várias modalidades e, para o "Desporto-Rei" o maior destaque, com a transmissão em directo de um jogo da liga, por cada jornada.
Experimente! Eu já verifiquei.

http;//desporto.sapo.pt

Rogério Coelho

ESCRITORES


(António Ramos Rosa)

ESCRITORES


Victor Hugo começava a trabalhar às oito horas da manhã, António Lobo Antunes às duas da tarde e tinha longas conversas com José CardosoPires, de quem dizia ser excepcional no conto.

Às cinco da tarde lá ia até ao Hospital de Psiquiatria, ver gente, como ele dizia, ó maluco estás melhor, perguntava ele aos doentes. Miguel Sousa Tavares é o homem da noite, do copo de wisky e do puro Havano e, quando está no Alentejo, senta-se na soleira da porta a admirar o infinito.

A literatura portuguesa é considerada internacionalmente como de boa saúde, porque teve Torga e Pessoa, dois vultos literários enormes, a nível mundial, mesmo, que foram contemporâneos e tem hoje Saramago, Lobo Antunes, Agostinho da Silva e Eduardo Lourenço, um ensaísta que qualquer candidato a escritor é obrigado a ler.

A humildade é a característica maior que o escritor deve possuir e cito, com o maior respeito e consideração, o escritor Mário de Carvalho, premiado recentemente que disse que ainda não se considerava um escritor sénior, apesar de ser um homem de grande rigor e de grande exigência consigo próprio.

Collete levava meio dia a corrigir uma página. Voltaire foi considerado um dos maiores da Literatura. No nosso meio literário actual o poeta de Faro, António Ramos Rosa é um dos maiores expoentes, de tal forma que a sua poesia, moderna quase toda, é de difícil assimilação pelos seus colegas de arte. Não posso adiar o amor, diz Rosa ... simplesmente maravilhoso.

Manuel da Fonseca foi um contador de histórias notável e, atinge o seu momento mais alto, no conto “O LARGO”, agora deserto porque mudou a estação da CP e levou as pessoas atrás, ficando apenas o velho Ranito e a tasca, onde ele vinha pelas tardes tomar a sua cachaça. E depois,meio grosso, gritava para a população que já lá não estava : - há para aí algum valente ?.... enquanto com o cajado dava umas porradas no pó do Largo, ainda antes de pôr no chão os pés que tinha levantado.

A minha definição de escritor é aquela do Vergílio Ferreira. Escritor é aquele que torna os leitores melhores pessoas.

Gostava que se pronunciassem sobre isto. Têm a palavra o Alberto Rocha, o Romualdo Cavaco, o Jorge Tavares, o Alfredo, o Rogério Coelho, o Maurício e a minha querida amiga, colega de Escola e da Tap, a exma senhora D. Marília Pedrinho.

texto de
JBS

AS CALÇAS E O NÚ

Dois Contos de Alfredo Mingau

A lembrança do Maurício, sobre a aventura nua do Comandante da PSP Alves de Sousa, fez-me pensar, e escrever, estas duas histórias de ficção.

AS CALÇAS

Professora numa Escola Secundária, de seu nome, chamemos-lhe “Rosa”, era conhecida pelo tratamento do diminutivo de... “Rosinha”.
Ela contava, rindo, que o marido era ainda mais extrovertido do que ela. Naquele tempo as mulheres não vestiam calças. A saia era uma peça preponderante da vestimenta feminina.
E um dia aconteceu.
A “Rosinha”, para espanto das outras professoras, lançou o uso das calças masculinas aparecendo na Escola com aquele vestuário.
O Director da Escola, cujo nome não interessa para o caso, era uma pessoa séria, rígida, com um perfil de preconceitos, que não admitia certas displicências mas, sem chegar a ser proceloso, entra na sala dos professores, repara na “Rosinha”, aponta-lhe o dedo e, com voz calma, diz-lhe:
- Não admito certos atrevimentos na minha Escola. Ponha-se na rua!
A “Rosinha”, não teve resposta, saiu para voltar mais tarde com vestuário mais feminino. Ela não se mostrou desconsolada com o insólito acontecimento.
O NÚ
Falando do marido, “Rosinha” não dava a entender ciúmes ou irritação pelas aventuras extra-amorosas e conjugais do marido, nosso conhecido..., chamemos-lhe, “Oliveirinha”. Ela até contava, rindo, que numa das suas aventuras saltara de uma janela para a rua, completamente nu, fugindo a sete pés, para aparecer em casa, na Avenida 5 de Outubro, batendo à porta, porque não tinha chave, com um ramo a tapar as miudezas.
Enfim!... Os nus da cidade e uma vestimenta inadequada para a época. Duas histórias de ficção... ou talvez não!?
Inté.
Alfredo Mingau

HISTÓRIAS DO LICEU

(em frente ao Liceu há 55 anos)
À Drª LINA VEDES

MINHA ILUSTRE ESCRITORA,

MUITO BOA TARDE,


Venho solicitar-lhe, como prova do reconhecimento do seu enorme talento, uma história da nossa cidade ou do Liceu, que você descreve tão bem. Vc tem talento e palavra que gostei de ver a sua foto, entre os consagrados na feira do Livro em Faro.

Gostava de ver aqui descrita por si a figura do Caça Brava que a anunciava às quatro da tarde na Rua de Santo António, ou a figura do fotógrafo Cartaxo que tinha uma vitrina com os seus trabalhos antes de chegar ao cinema, à esquerda quando se vai, com aquela farda africana de calções e meia, ou ... ou ... descrever um baile de carnaval no Grémio ou nos Artistas, ou as figuras do Pardal e do Vieguinhas dos jornais, ou o professor do Liceu o Arquitecto Hermínio, sempre de laço, alguma curiosidade do Vergílio Ferreira enquanto professor no Liceu, ou da Lídia Jorge enquanto aluna, ou um episódio com a liceal ILDA CAPELA mais tarde minha colega no MAGISTÉRIO PRIMÁRIO, eu sei lá, escolha.

A senhora é nossa convidada de honra.

Outra sugestão: conhece o Alfredo Mingau aí na cidade? Se sim, diga-nos quem é ele?

Disponha deste espaço quando lhe aprouver.

Aceite os cumprimentos do

João Brito Sousa

PORQUE SERÁ ?


PORQUE SERÁ ? ...


Abro a porta do blogue devagarinho ...
Para ver se alguém diz algo contra mim
Porque me sinto verdadeiramente sozinho
E não há razões para as coisas sejam assim

Impera o silêncio dias e dias e dias inteiros
Ninguém escreve nada, ninguém comenta
São estes os únicos indicadores verdadeiros
É triste a solidão; é triste esta vida cinzenta

Porque será que desistiram de aparecer aqui ?
Os que sabia que gostavam não mais os senti
Nem o Jorge, nem o Alfredo, nem o Maurício

Tenho pena do que está a acontecer no espaço
Que é de nós todos e por isso a todos faço
Um pedido, que venham aqui matar o vício


TEXTO DE
JBS

O VÍCIO

(prefaciando o meu regresso à cultura)

De Alfredo Mingau

É, de facto.
Um dos muitos vícios da humanidade.
Começamos e, depois, é difícil pôr de parte.
Parece-me que entrei no vício. O meu desejo era, de facto, colocar o ponto final na escrita. O vício de querer aprender a escrever é mais forte que a vontade de “colocar a tampa na esferográfica".
Porque, de facto, sinto que fui aprendendo alguma coisa nesta espécie de estágio interrompido, na arte de bem escrever… mal! Mas, cheguei à conclusão que já entrei na realidade de que, dentro do bem escrito mal, pode-se aproveitar algo. A maioria dos leitores gostou, pelo menos fizeram referências nesse sentido. E pensei: porque acabar?
Na revisão do que se escreve, altera-se aqui, emenda-se acolá, revê-se a pontuação, arranja-se um sinónimo que dê mais preponderância à ideia, enfim… aprende-se!
Será que me fiz entender? Ou será que estou a divagar para dar uma justificação?
Não falaram bem do Mingau. O Mingau é abstracto! Logo, se eu visto a pele do Mingau quando falarem, falam da pele. Eu fico impune…!!! Pensei nisto… e resolvi dar continuidade às minhas “bem escritas mal”.
Quando coloquei o ponto final no meu último conto, já tinha outro escrito que ficou na gaveta. É fácil abrir a gaveta. E já lá está outro.!
Por outro lado, o Alfredo Mingau e o Brito de Sousa viraram a página.
Tenham um bom dia ou boa noite, conforme a hora que tomarem conhecimento.