
POEMAS
DO Dr. ZÉ DE SOUSA UVA
Dos olhos negros, serenos,
Languidamente quebrados,
Sei extrair uns venenos
Para dar aos namorados
Guerra Junqueiro
GLOSAS
Afirma o nosso doutor
Não virmos dos sarracenos;
De onde te vem o fulgor
Dos olhos negros serenos?
Pois não são de puro árabe,
Profundos, apaixonados,
Esses teus olhos de Cárabe
Languidamente quebrados?
Tenho a certeza, meu amor,
Não fazem isso por menos!
Dirão que de tudo eu
Sei extrair uns venenos..
Não tenh’ artes de demónio,
Versos com fins reservados;
São quadras de Santo António
Para dar aos namorados
Zé Uva (Dr)
O Dr. UVA, visto pelo poeta e costeleta
CASIMIRO de BRITO
“Ele entrava na sala com um passo ligeiramente pesado, com o seu ar bonacheirão aliviado por um sorriso prazenteiro.
Era o Dr. Uva
O rumorejar cessava cerce e o silêncio que se fazia não era bem igual ao que os outros professores, menos previsíveis, impunham – ninguém ali, tinha receio de ser apanhado por uma falha na “matéria dada”; nem corria o risco de ser chamado `a pedra; ninguém precisava de cábulas nem estava sujeito ao chumbo. Era o porreirão do doutor Uva, esse que, afinal, para usar a expressão em voga na altura, não era tão banana como isso. Era isso sim um pedagogo de primeira água.
Publicação de
João brito SOUSA
Dos olhos negros, serenos,
Languidamente quebrados,
Sei extrair uns venenos
Para dar aos namorados
Guerra Junqueiro
GLOSAS
Afirma o nosso doutor
Não virmos dos sarracenos;
De onde te vem o fulgor
Dos olhos negros serenos?
Pois não são de puro árabe,
Profundos, apaixonados,
Esses teus olhos de Cárabe
Languidamente quebrados?
Tenho a certeza, meu amor,
Não fazem isso por menos!
Dirão que de tudo eu
Sei extrair uns venenos..
Não tenh’ artes de demónio,
Versos com fins reservados;
São quadras de Santo António
Para dar aos namorados
Zé Uva (Dr)
O Dr. UVA, visto pelo poeta e costeleta
CASIMIRO de BRITO
“Ele entrava na sala com um passo ligeiramente pesado, com o seu ar bonacheirão aliviado por um sorriso prazenteiro.
Era o Dr. Uva
O rumorejar cessava cerce e o silêncio que se fazia não era bem igual ao que os outros professores, menos previsíveis, impunham – ninguém ali, tinha receio de ser apanhado por uma falha na “matéria dada”; nem corria o risco de ser chamado `a pedra; ninguém precisava de cábulas nem estava sujeito ao chumbo. Era o porreirão do doutor Uva, esse que, afinal, para usar a expressão em voga na altura, não era tão banana como isso. Era isso sim um pedagogo de primeira água.
Publicação de
João brito SOUSA
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