quarta-feira, 12 de março de 2008

QUESTÕES SOCIAIS

(o trabalho braçal)

CAROS COSTELETAS,

Entendemos que os assuntos a tratar no blogue, não devem ser apenas do âmbito das recordações, mas que devem sair um pouco delas e abordar alguns assuntos sociais julgados de interesse.


Como o que aqui trazemos e aborda,

O EMPREGO, HOJE

A relação empregadores “versus” empregados, está hoje, na minha opinião, a deteriorar-se. Há licenciados em excesso porque os cursos não respondem às necessidades e exigências do País. No fundo, com as políticas implementadas por este Governo de Sócrates não se sabe o que é que o País quer, ou o que é que o Pais tem para oferecer. Porquê, isto? Simplesmente porque o Governo prometeu fazer uma coisa e depois apresentou-se no terreno a fazer outra.

Nas reformas que o Governo está a levar a cabo, privilegia-se a informática, com a aquisição de computadores por todas as escolas. Ora, este indicador, faria supor que o mercado estaria carenciado de informáticos, mas parece que não. Há informáticos desempregados ou a exercer outras profissões que não a de informáticos. Porque aqui é que está o ponto; não há um estudo a informar os alunos quais são as áreas carenciadas. No meu tempo também não havia, mas nós conhecíamos as tendências do mercado consultando os jornais da especialidade. E era essas faculdades que nós frequentávamos. E deu certo.

Hoje, o que se pede nos jornais através de anúncios, são ofertas de trabalho no ramo comercial, para delegados de vendas, que não têm salário fixo, andam de porta em porta e ganham à comissão, com a agravante de serem trabalhos precários, cuja duração normalmente é curta. De tal modo é assim, que às vezes, não se chega a começar o trabalho, porque a perspectiva de futuro não é nenhuma e é mais rentável não mudar, porque pode perder-se um emprego que , não parecendo ainda vale a pena.

Entretanto, as políticas do governo vão na direcção de despedir os funcionários públicos e algumas empresas privadas também já despediram algumas centenas. E criação de postos de trabalho, visíveis e adequados, não se vislumbra. Numa perspectiva linear, esse facto não acontece porque não há investimento. Então o que fazer? É um facto que as empresas precisarão sempre de mão de obra especializada e não especializada e, deveria haver, uma colaboração mais estreita entre o tecido empresarial, representante do patronato e os Sindicatos, por exemplo, para que dessa cooperação surgissem hipóteses de criação dos postos de trabalho que os jovens de hoje necessitam.

Uma das soluções para a criação de emprego, poderia ser resultante da aplicação de medidas fiscais que beneficiassem as entidades empregadoras e pudessem ser um estímulo para elas, no sentido em que poderiam criar outras áreas de negócio, criando assim novos postos de trabalho. O desemprego é um flagelo a que os Governos dos respectivos Países deveriam dar toda a atenção, o que parece não ser o caso do Governo Português. Ou será?..

Têm a palavra os meus ilustres convidados.

João Brito Sousa

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