«O ESTILO
E O TRAÇO ZAMBUJALESCOS»
Ao reler uma
vez mais, e com que prazer o faço sempre, um livro da autoria do nosso colega
Mário Zambujal, um dos nomes maiores da literatura portuguesa contemporânea, neste caso «Longe é um bom lugar (O resto são histórlas)», estreado em 201
treparei com a referência «com o
estilo inconfundível a que podemos chamar ZAMBUJALESCO».
Trata-se de uma afirmação
referente e com inteira verdade já que o nosso «Márinho» o construiu ao longo de toda
uma vida dedicada à arte de escrever como o
aconteceu com os livros: «Crónica
dos Bons Malandros», «Histórias do Fim da Rua», «À noite logo se vê», «Fora de Mão»,
«Primeiro as Senhoras», «Já não se escrevem cartas de amor», «Uma noite não são dias», «Dama de Espadas»,
etc.
Mas este universo zambujalesco
podemos e devemos ampliar à extraordinária obra pictórica de seu irmão o também
nosso e saudoso colega Francisco Zambujal, um dos mais destacados valores da
caricatura em Portugal, Há no traço, no apanhar, no fazer acontecer no papel, toda a personagem
caricaturizada e tantas o foram uma simultaneidade gémea do poder criador, que
só é timbre dos grandes valores.
E estes dois «costeletas» para nosso pleno
orgulho e admiração foram-no!
Talvez o mais singular
trabalho por ambos realizado fosse o jornal de parede «O CAMARADA», órgão do 2°4ª do Curso Geral de Comércio, da Escola Industrial e
Comercial de Tomás Cabreira, no ano letivo de 1952/53.
JOÃO LEAL
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