CARTA DE
LISBOA?
UMA SUGESTÃO - PEDIDO
Foi um núcleo da primeira
hora, do arranque, do concretizar o nosso querer. Sob a égide do querido e
saudoso Mestre e mais do que isso do dileto Amigo, o Prof. AMÉRICO surgiu a
nossa viva Associação, muito por graça dos «Costeletas de Lisboa», de entre os quais
queremos referir, os não mencionados nos perdoarão, o Mendonça, o Júlio Piloto,
o Zé Félix, o Alfredo Pedro, o Zé Paixão Pudim, o Sebastiana, o Mário Zambujal.
.. eu sei lá, toda essa malta admirável que nos legou este viver continuado do
que é ter sido aluno da Tomás Cabreira. Usualmente acontecia na festa do
aniversário, este ano com um previsto vasto e significativo programa que não
foi possível realizar ou em Junho no grande abraço anual, que acreditamos não
terá ainda concretização. Mas de há muito que não temos notícias dos nossos
colegas radicados em Lisboa e, numa hora, em que por via da quarentena,
importa, com a efetiva amizade que nos une, saber mais e mais e estreitar ainda
mais esta malha fraterna que nos une. Daqui que lançamos a sugestão / pedido /
apelo para que os «Costeletas de Lisboa» nos digam como estão e que é feito
deles. Valeu? Com a amizade de sempre,
GENTE DA
TOMÁS CABREIRA
ORLANDO DO CARMO SEITA
Era uma figura
incontornável naquele início dos anos 50 do século XX entre a malta da Tomás
Cabreira, o Orlando Seita, aluno de referência do famoso «2º 4">> do
Curso Geral de Comércio. Era-o pela sua inteligência, cultura acima do padrão
mediano e forma elegante com que se trajava. Sempre de calça e casaco, usando a
gravata e os botões de punho na camisa, o Orlando ou o Seita, porque havia
outro de igual nome, o Bica, de Estoi. Este era de Faro e tinha o seu alfobre
no Alto Rodes, onde residia e membro de uma conhecida família ali radicada. Tinha
três irmãos, a mais nova, que cursou Enfermagem e dois machos, ambos
fotógrafos. Um deles, creio que o mais velho, tinha o estúdio junto ao Coreto,
no Jardim Manuel Bivare todos nós, por via da dúzia de fotografias que eram exigidas
para a matricula escolar, eram seus clientes no «olha lá para o passarinho». O
outro, andava com a máquina «a la minute» às costas percorrendo os arredores e
fotografando o que pedido lhe era. O Orlando, estamos a vê-lo, numa carteira da
primeira linha, naquela sala que a turma, não obstante masculina, ocupava junto
à chamada «Sala das Raparigas». Lembrar o Orlando Seita, que caso seja vivo, o
que desejamos, deverá ter mais de 85 anos, é lembrar um costeleta daquele bons
velhos tempos ..
JOÃO LEAL
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