domingo, 9 de março de 2008
FALANDO AO TELEFONE COM
UM ABRAÇO PARA O LUÍS CUNHA
VAMOS CHEGAR AOS MIL VISITANTES
RAPAZIADA,
Isto está a subir.
Já fomos visitados por 861 interessados.
Façam como o ALBERTO ROCHA, que o computador
Abriu
E
Viu
Tudo
De fio a pavio.
e gostou.
Estive uma hora a falar com o ALBERTO ROCHA, SEM ELE ME CONHECER .
O QUE NÃO SERIA SE ME CONHECESSE. (por isso coloquei a minha foto no blogue para ver se se lembram de mim)
Disse-me que é do tempo do VERDELHÃO, e é dele que vamos falar hoje.
Claro que também falámos do Zé Emiliano e do tempo de tropa em TAVIRA, falámos do VITÉLIO, já citado aqui, do Jorge Tavares e do CONDE de SALIR
Que também virá cá parar
Quem é que me conta coisas do CARLOS ALBERTO MAGALHÃES VIEGAS?
E do JUSTINO PIRES do BORGES?
E do JOSE MANEL BERNARDES?
Publicação de
João Brito Sousa
DA IMPRENSA /JN PORTO, OS PROFESSORES
A CULTURA É INDOMÁVEL
por MANUEL POPPE in JN
1. Afirmaram-se, ontem os professores. Milhares. Não se manifestaram porque não têm nada que manifestar. Há mil gerações que ensinam as pessoas a serem pessoas. Afirmaram, ontem, a identidade - a vocação - contra o que este governo lhes tem retirado precisamente, a possibilidade de realizarem aquilo que os levou a serem professores: ensinarem. Humilhados, ofendidos, desacreditados, reagiram - felizmente, reagiram, que mestres covardes seria o fim da honestidade e o triunfo dos que nos convidam a aceitar a vigarice dos dias, em que o especulador vive sobre a miséria do próximo.
Ao invés do que disseram os instalados e ambíguos, a reafirmação (revolta) dos professores não abre brechas, não os afasta dos alunos, nem os provoca: quem os ensina mostra aos alunos que não é pobre de pedir, "professoreco", agachado, hesitante, tíbio, com medo de perder o emprego.
O professor é o amigo, que escolheu dar-se: entregar aos mais novos a experiência e o conhecimento. Transmitir-lhes a vida que viveu e quanto aprendeu com ela. E o que aprendeu, também, com eles, alunos, em sagrado convívio fraternal e solidário.
2. O espírito "corporativo" juntou os professores, dizem os ignorantes e os de má fé. Uniu-os o "corporativismo"?! É humor negro, comicidade revoltante.
E não colhe os trabalhadores do mesmo ofício - como todos os trabalhadores - defendem a dignidade do seu ofício - e nenhum será mais nobre do que o de ensinar. "Corporativismo", no sentido pejorativo, arranjismo em comum, será o dos instalados no dinheiro, ou o dos serviçais políticos.
Que, no próximo sábado, um partido dito socialista organize uma (contra)manifestação é deplorável. É paradoxal. É triste. É contraditório. O socialismo defende a liberdade, a iniciativa própria, o diálogo - não o autoritarismo dogmático. Que irá defender o partido dito socialista, (logo por azar na cidade do Porto, que sempre lutou pela democracia)? A indiscutabilidade da política desastrosa? Ou vai justificar o caos em que mergulharam as escolas? Os dois milhões de pobres?
Os cem mil portugueses que emigram, anualmente? As crianças entregues à rua?
3. Uma coisa esta política de governo sem nexo - ou com a lógica carnífice do neo-liberalismo- não trava a força da Cultura. A vontade de saber. Ontem, os nossos professores, contra ventos e marés (e investigações policiais), provaram-no. Emprestaram-nos a voz - a nós, também abandonados e explorados, a ver a vida andar todos os dias para trás, em país doente.
COMENTÁRIOS, precisam-se
Recolha de
João brito SOUSA
QUEM SE LEMBRA DELE?
O VITÉLIO CABRITA andava três ou quatro anos à minha frente. Era um bom aluno, sobretudo muito trabalhador, talvez derivado das dificuldades daquele tempo..
Nesse tempo, no comboio iam o Firmino, o Alfredo, o Teófilo, o Aníbal, O Leonel, o Zé Vitorino, o Arnaldo Silva, o Ludgero, o Fernando Moreira e mais uns vinte. As brincadeiras começavam logo no comboio e quando embarcava o João Cuco, que entrava em Almancil, o mundo era diferente.
Fico à espera dessas cenas no comboio..
Texto de
JOÃO BRITO SOUSA
CORREIO DO COSTELETA ( I )
(primavera 1968)
Se no passado era assim tão agradável
Mantenhamos essa unidade em permanência
Porque sermos solidários é bem saudável.
E sinal autêntico de grande inteligência..
Para quê grandes divergências e divisões?
Os defeitos se os houver irão ser corrigidos
E vamos em frente para arranjar soluções.
Bifes e costeletas vocês serão responsáveis
Pela construção dessas políticas inadiáveis
Que tornem interessante em aspectos vários
O Mundo em que vivemos e onde habitamos
Essa bola escorregadia onde continuamos
A viver separadamente em vez de solidários.
João Brito Sousa