segunda-feira, 10 de março de 2008

RECORDANDO A ALAMEDA

Para o Diogo Sousa, creio, aqui está mais uma foto em que se vê o muro junto da Escola e sem a arcada florida que ali existia e que foi retirada (neste momento não consigo adicionar imagens)
Repotagem fotográfica de Rogério Coelho (continua)

OS NOSSOS PROFESSORES


Drª FLORINDA BÁRBARA


Dava-nos Cálculo Comercial e Contabilidade Geral..

Tinha uma coisa boa que jogava a seu favor. Era competente e sabia as matérias.

Uma coisa contra: era muito jovem.

Ao Zé Martins da Patã disse-lhe que não o gramava nem com molho de tomate.

A mim, uma vez pediu-me uma folha de papel .Eu levei-o pressurosamente. Disse-me logo; olha que isto não é para te passar. Ao dizer isto.... ria-se desalmadamente.

Claro que isto, hoje, visto à distância, são coisas de somenos. Mas a verdade é que sofremos um bocado com essas atitudes de alguns professores.

È claro que nós também não éramos nenhuma pêra doce, mas nem todos os professores nos deram o carinho que nós éramos necessitados.

Eu estou à vontade para dizer isto, porque terminei a minha carreira profissional como professor do ensino superior, leccionando precisamente a disciplina de Contabilidade Geral, que era a que a Drª Florinda nos leccionava.. Estou convencido que se lhe forem dizer isso a Drª Florinda não acreditará.

Estamos agora numa fase da vida portuguesa em que há problemas graves com a classe de professores, mas uma coisa nós devemos aos nossos professores. É que foram eles que nos formaram como homens e como profissionais.

E nós vencemos..

Há muitos quadros superiores colocados nas empresas e no Estado, vindo das Escolas Comerciais, nomeadamente da escola de Faro que eu frequentei.

Nesta conversa que aqui trago não tenho nada na manga, nenhum sentimento de crítica, de maldade, de insinuações ou outra coisa qualquer, juro mesmo que nada me move contra qualquer professor, bom ou mau, que tivéssemos tido.

Porque nós não podíamos ter tido maus professores porque, todos nós, de uma maneira geral, triunfamos na vida académica... graças aos nossos professores.. essa é que é essa.

Um bem haja para vós distintos professores.

Texto de
João brito Sousa

UM PROFESSOR COSTELETA E POETA

(o poeta ALEIXO em FARO)
POEMAS
De José de Sousa Uva (Dr.)

MOTE

Dentre os milhões de Marias
Tu és a dos meus encantos.
Todos os dias são dias...
Mas há também dias santos!...

Augusto Gil

GLOSAS

Teus olhos tudo merecem
Mas, louca, não merecias
Que os meus olhos te escolhessem
Dentre os milhões de Marias

Mas os eus olhos não viam
Entre tantos, tantos, tantos,
Que os meus por mim te diziam:
-“Tu és a dos meus encantos.”

E só mais tarde, criança,
Coravas quando me vias;
Eu nunca perdi a esperança:
Todos os dias são dias ...

Um da deste-me um beijo
Secaram logo os meus prantos.
Há dias que te não vejo
Mas há também dias santos!...

O Dr . Uva, visto por ANÍBAL CAVACO SILVA

Quando olho para trás e recordo a passagem pelo ensino pré-universitário, da escola primária ao Instituto Comercial, lá encontro, ao lado de outros, a figura nítida do professor Uva na minha galeria de memórias.

Tenho a ideia que ele está lá, porque era diferente dos outros professores – dando ao observador externo a impressão de quem ensinava muito pouco – porque era um homem bom, pachorento e bem humorado, o que suscitava às vezes comportamentos excessivamente irrequietos da parte de alguns alunos.

Por isso ele está na galeria das minhas memórias de infância também pelo reboliço de algumas aulas e consequente expulsão de alunos.

Recolha de
João brito Sousa

UM GRANDE COSTELETA


PARA TODOS OS COSTELETAS

HÁ UM AMIGO QUE PRECISA DE NÓS.

FRANKLIN MARQUES

Disse-lhe uma vez que ele era o melhor homem do mundo. Porque era isso que eu pensava na altura e é isso que continuo a pensar ainda hoje.

O FRANK teve sempre para comigo uma simpatia especial. Como certamente teve para os outros colegas também.

Quando eu entrei para a Escola estava ele quase de saída. Tenho a impressão que andamos lá ainda um ano juntos. Ele era do tempo do João Manjua, do Serrano do BNU e de ALMADA, do Encarnação Viegas jornalista, do poeta Casimiro de Brito, dos Zambujal, do Zé Clérigo, dos Molarinhos e daquela malta do 2º 4 ª e de todos..

O funcionário Víctor é que o topava, quando o chamava e lhe dizia: Tu também eras do 2º 4ª: .

Um bom homem este FRANK

Homem das letras e dos teatros, das tertúlias, e da poesia, sempre com uma palavra amiga, sempre com uma boa piada....

E é este homem que está internado no Hospital de FARO com um problema de saúde.

Não pode este espaço ser insensível . a esta situação e daqui quero enviar ao FRANK, em nome de todos os “costeletas”, um ALABI.... ALABA... BUM.. BÁ.... ESCOLA... ESCOLA... ESCOLA....para que ele sinta que nós estamos com ele.

Não interessa a morte, todos temos de morrer um dia mais tarde ou mais cedo. Mas o velho FRANK é imorredoiro.

Morrer não é acabar, é a suprema manhã, disse Victor Hugo

Mas, dê a coisa por onde der, aqui vai o meu grito de amigo, em representação de todos.

Votos de rápidas melhoras, para ti, caro amigo FRANK.

Texto de
João Brito Sousa

QUEM NÃO SE LEMBRA DELE?


VERDELHÃO


Não sei mais nenhum nome dele. O Romualdo Cavaco disse-me que ele é Luís .

Era muito bom aluno, sobretudo a línguas, inglês e alemão.

Alguém me disse que o VERDELHÃO, teria ido a um funeral de um português na

Alemanha e por acaso veio a saber que o falecido era professor em determinada

Universidade, cargo que o VERDELHÃO viria a ocupar..


Quem era muito amigo dele era o ALEX , o columbófilo de prémios internacionais, do

Sotto Mayor que era amigo de toda a gente...

Mas o ALEX também já nos deixou.

Quem nos tras notícias do VERDELHÃO?

Texto de
João brito Sousa