sexta-feira, 21 de março de 2008

ANIVERSARIOS - Costeletas Associados




Fazem anos em Março
Dia 21
- José Alberto Figueira Guerreiro;
- Horácio António Rosa da Cunha;
Dia 22
- Otilio Fernandes Correia Dourado;
. Maria Madalena Guerreiro Chumbinho;
- José Maria Coelho Adrião
Dia 23
- Teodósio Vairinhos da Silva
Dia 25
- Maria da Encarnação Marreiros Alves;
- Isabel Encarnação P. Santos Valente
Dia 26
- Osvaldo Santos Agostinho

PARABÉNS E PÁSCOA FELIZ
(Recolha de Rogério Coelho)

QUEM SE LEMBRA DELE?

FERNANDO BENTO DE SOUSA

Fomos da mesma turma no 1º ano 3ª turma do Curso Geral do COMÉRCIO. E travámos uma briga acerca de qual de nós ocuparia o lugar de guarda redes na equipa da turma.

O Fernando ganhou.

Depois de fazer o Curso Comercial enveredou pela carreira bancária onde chegou ao topo.

Era o melhor vestido da Escola. Quando chegou a moda das samarras com a gola em pele de raposa o Fernando estava lá.

Nunca o vi nos almoços.

Reside em ALMADA onde se encontra muitas vezes com o Zé Aleixo SALVADOR no fórum ROMEU CORREIA.

Pertenceu aos quadros da Mocidade Portuguesa na Escola.

Texto de
João Brito Sousa

COSTELETAS CITADINOS, MONTANHEIROS E SERRENHOS

(as hortas são dos montanheiros)

CITADINOS, MONTANHEIROS E SERRENHOS.

O Jorge Tavares é que teve a iniciativa.

1 - Diz o Tavares,

“Confesso que estava convencido que o epíteto de montanheiros, era uma auto-denominação.
Os meus familiares, por via de minha mãe, eram todos do campo e como já anteriormente relatei, viviam na Horta das Figuras. De muito novo começei a ouvir, auto-intitularem-se de montanheiros, nomeadamente um tio que tinha uma horta no alto do calhau (aonde hoje está a Universidade do Algarve) e outro na estrada que liga o Patacão a Santa Barbara de Nexe.

Aproveito para uma pequena correcção, de um texto passado há dias no blog.

As hortas na entrada de Faro pela estrada de Loulé, e no sentido desta cidade, eram: do lado direito, a vinha da Casa Fialho (hoje escola Afonso III) a das Figuras (arrendada pelo João Carminho, hoje estabelecimento prisional e zona de vivendas), e do lado esquerdo a horta do Ferreira, hoje Teatro das Figuras e que pegava com a horta dos três engenhos (hoje estabelecimento TOYOTA).

São pormenores sem grande importância, mas justificam-se para corrigir a nossa memória, que já vai dando alguns "rateres" .

APROVEITO PARA DESEJAR A TODOS OS COSTELETAS E BIFES UMA FELIZ PASCOA, E SIMULTANEAMENTE APELAR AO NOSSO CONTRIBUTO E EMPENHAMENTO, COM O OBJECTIVO DE AJUDARMOS A DESENVOLVER UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E HUMANA.

O BLOG PODE SER UM EXCELENTE VEICULO.....”

2 – Diz o ROMUALDO CAVACO

Comentando o Blog...

... Ainda os Serrenhos e Montanheiros!...

A prosa do nosso blog sobre este tema pela sua ternura e apreço pelos serrenhos vem na sequência do que escreveram Cândido Guerreiro, Emiliano, Bernardo Passos, Isidoro Cavaco e tantos outros. Preferindo ler-vos, não resisto a perguntar, se, sendo os Lisboetas “Alfacinhas”, como serão por nós conhecidos os farenses? – Porque citadinos agora, até os olhanenses o são... são tudo cidades...

Para nós, cá na Serra, não entendemos bem como fazendo o Besouro, Conceição, Rio Seco, Patacão, Areeiro, etc. parte da Campina de Faro, os nossos Costeletas sejam “Montanheiros”. Para nós é Algarve. Quando das Serras do Caldeirão e Monchique se deslocavam para Sul, iam ao “ALGARVE”!...

Serra para nós é a zona da esteva, medronheiro e sobreiro e do xisto – sendo os seus habitantes os serrenhos.
O resto (barrocal, campina e areal, com a figueira, alfarrobeira e oliveira) é Algarve.
... S’tou certo ou s’tou errado??!!!

Com a devida vénia do poeta Isidoro Cavaco de Salir, transcrevo alguns versos:

Serra e Barrocal


Do alto da sua altura
Vai olhando com ternura
A Serra e o Barrocal.
Naves de barro vermelho
E o Barranco do Velho
Mesmo ao pé dos Montes Novos;
Salir e os outros povos
Fazem com que Loulé seja
A terra que o mundo inveja...

ooOOOoo

Salir tem no Barrocal,
A cor vermelha da terra
E um verde sem igual
Que lhe cobre toda a Serra.

3- Diz o João Brito Sousa

3.1 – Montanheiros,

Sou dos autênticos e lá em minha casa nunca ouvi tal palavra até aos dez anos.

Só a ouvi em Faro na Escola, quando vim estudar.

Penso por isso que não há autodenominação como diz o Jorge.

Montanheiro é o nome que se dá ao camponês algarvio ou alentejano que vive no monte ou casal da herdade.

Citadino, à a pessoa que vive na cidade dentro dos padrões normais.

Serrenho ou Serrano – aquele que habita as serras, montanhês, camponês...

Eu penso que o ROMUALDO CAVACO não tem razão. Porque a coisa resume-se, praticamente, à existência de citadinos, os da cidade mesmo e os outros, não havendo uma diferença nenhuma entre montanheiro e serrenho.

3.2 CORRECÇÕES

As correcções são sempre benvindas e bem recebidas aqui no blogue.

Portanto estejam à vontade, em particular o Jorge Tavares.

3.3 Belo poema aí do Isidoro Cavaco

3.4 Agora o meu poema.

SERRENHO E MONTANHEIRO

Homens da serra e do campesinato
Irmanados na luta pela sobrevivência
Trabalham a terra de proveito ingrato
Com arte, vontade, saber e inteligência

Homens com saber que aprenderam
Com os antepassados conhecedores
Que ligados à terra desde que nasceram
São agora eles os grandes cultivadores

Dessa folha de terra que lhes pertence
Onde sabem que só trabalhando se vence
E o trabalho é à noite e todo o dia inteiro

Por isso meu caro ... da luta não desistas
De tentar ser feliz e dar nas vistas
Não te preocupando se és montanheiro.

João brito Sousa

PERGUNTA DE UM COSTOLETA DE WASHINGTON

(Assembleia da REPUBLICA)

MONARQUIA OU REPÚBLICA?

GOSTAVA QUE DISCUTISSEMOS ISTO AQUI....
Texto de DIOGO COSTA e SOUSA

Pelo centenário do Regicídio discutiu-se o tema REPUBLICA OU MONARQUIA.....e, uma vez mais veio à tona uma verdade escamoteável....A televisão é a universidade do povo....verdades emergiram de ambos os lados. No debate do programa PRÓS e CONTRAS, que considerei muito educativo e esclarecedor, republicanos e monárquicos esgrimiram razoes em defesa de ambos os sistemas de governação.

Sou suspeito ao defender a monarquia uma vez que meus pais eram simpatizantes da causa ...e, passaram para mim e para meus irmãos essa preferencia se bem que convivo bem com a "RESPUBLICA". Durante o período da ditadura, a causa monárquica era uma dor de cabeça menor para os senhores da época se bem que mantivessem, digamos um olho nos simpatizantes; claro que não ao mesmo nível do que apelidaram de "REVIRALHO".

Meu pai ,quando menos esperava foi alvo da malfadada PIDE por duas razoes. E, aqui entra a causa monárquica .A primeira foi que a dada altura decidiu sair da COOPERATIVA AGRICOLA DOS PRODUTORES DE LEITE DE FARO,e não saiu só, antes haviam saído quatro ou cinco outros produtores, escapa-me o numero exacto mas recordo pelo menos dois bem conhecidos.

O senhor Ventura Matinhos, avô do nosso amigo costeleta engenheiro Matinhos e o senhor ROMANITO salvo erro do Chalé' das Canas. A razão era só uma....ECONÓMICA. A pide, informada pelos bufos e parasitas da própria COOPERATIVA, decidiu investigar,...visitou os "desertores"....a ideia era de que haveria uma célula comunista por detrás dos "rebeldes", um cérebro de esquerda !Pura fantasia.

Aconteceu na mesma época que um grande amigo de família da altura também ele agricultor e monárquico dos quatro costados, o ainda bem lembrado DOUTOR LUIZ SABO que também foi notário em FARO nos mandava lá para casa o jornal monárquico "O DEBATE"...Todo ele imprimido a azul .Circulava à falta de melhor termo clandestinamente.
Quando os pides se apresentaram a' nossa porta num VW carocha preto meu pai não estava mas minha mãe franqueou-lhes as portas não suspeitando de que tal visita se tratava......

Para surpresa deles que entretanto interrogavam minha mãe, em vez de qualquer panfleto subversivo, ficaram banzados ao depararem com edições do DEBATE.

Claro o meu pai foi levado pelos sujeitos e, só a acção do doutor SABO o livrou de maus lençóis.

Não sei se foi ou não este episódio que fez nascer em mim a simpatia pela causa monárquica, mas que concordo com muitas das vantagens das monarquias isso sim e' um facto.

Se fosse possível pontuar o debate nos PRO'S E CONTRAS eu diria que houve um empate mas, a minha preferencia é a monarquia constitucional. Eu sei que a republica oferece mais opções de escolha mas, por mais que se tente esconder, as monarquias europeias estão todas mais avançadas economicamente e intelectualmente que nós. Porque? Eis a questão!.


M ONARQUIA


Monarquia constitucional

Uma monarquia constitucional ou monarquia parlamentarista é um tipo de regime político que reconhece um monarca eleito ou hereditário como chefe do Estado, mas em que uma constituição (série de leis fundamentais) limita os poderes do monarca.

As monarquias constitucionais modernas obedecem frequentemente a um sistema de separação de poderes, e o monarca é o chefe (simbólico) do poder executivo Uma monarquia parlamentarista é um regime institucional em que a chefia de Estado é exercida por um monarca e a chefia de Governo por um primeiro-ministro ou o presidente do Conselho de Ministros, a ele cabendo o verdadeiro encargo do Poder Executivo e a direcção das políticas interna e externa do país, além da administração civil e militar, de acordo com as leis e a Constituição nacionais; e na qual existe, também, um Poder moderador chefiado pelo Monarca.
Monarquia Constitucional (1820-1910) Portugal


A aprovação da Constituição de 1822, resultado da revolução liberal de 1820, marca o começo da história do parlamentarismo constitucional em Portugal.

No início do século XIX, em resultado das invasões francesas, chega a Portugal a ideia de assembleia parlamentar enquanto órgão de representação nacional contrapondo com o modelo tradicional das cortes, representados pelas três Ordens do Reino: Clero, Nobreza e Povo.

Em 1808, nascem as cortes constitucionais apresentado pelo tanoeiro José de Abreu Campos, num documento conhecido como a súplica de Constituição. (in Lopes, Praça, Colecção de leis e subsídios para o estudo do direito constitucional portuguez, vol. II, páginas IX e X, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1897)

REPUBLICA


Uma República (do latim Res publica, "coisa pública") é uma forma de governo na qual um representante, normalmente chamado presidente, é escolhido pelo povo para ser o chefe de estado, podendo ou não acumular com o poder executivo. A forma de eleição é normalmente realizada por voto livre secreto, em intervalos regulares, variando conforme o país. A origem da república está na Roma clássica, quando primeiro surgiram instituições como o Senado
Definição jurídica


Existem hoje duas formas principais de república:

1. República presidencialista ou presidencialismo

Nesta forma de governo o presidente escolhido pelo voto para um mandato regular, acumula as funções de Chefe de Estado e chefe de governo. Nesse sistema, para levar a cabo seu plano de governo, o presidente deve brigar com o Legislativo caso não possua maioria;

2. República parlamentarista ou parlamentarismo:

Neste caso o presidente apenas responde à chefia de Estado, estando a chefia de governo atribuída a um representante escolhido de forma indirecta pelo Legislativo, normalmente chamado "premiê "primeiro-ministro" ou ainda "chanceler" (na Alemanha).
Conceito de república
O conceito de república é ambíguo, confundindo-se às vezes com democracia às vezes com liberalismo, às vezes tomado simplesmente em seu sentido etimológico de "bem comum"; mais recentemente, tem sido interpretado pelo senso comum como "respeito às instituições".

Do ponto de vista histórico, as repúblicas e o republicanismo surgiram em contraposição às monarquias, consideradas, devido ao seu carácter absolutista, como opressoras e liberticidas. A primeira república de que se tem notícia é a romana, fundada no século V a. c., exactamente em contraposição à monarquia (etrusca).

Na Idade Média houve diversas repúblicas, das quais as mais famosas foram as italianas (por exemplo: Florença) e, depois, a holandesa. Cada uma delas teve características próprias e seu elemento unificador é, de fato, uma negação: não eram monarquias.

Ainda na Idade Média alguns teóricos do absolutismo, como Jean Bodin, defendiam um conceito amplo e literal de república, baseado em sua etimologia: assim, se as monarquias se preocupassem mais com o desenvolvimento das nações que com as disputas dinásticas e as guerras feudais, seriam "republicanas"; esse sentido foi recuperado no século XVIII pelo barão de Montesquieu, ao referir-se ao caso inglês, em que o "rei reina mas não governa".

No século XVII houve o caso exemplar de governo republicano na Inglaterra, na época de Oliver Cromwell, e a república dos Estados Unidos sem dúvida impressionou o mundo pela sua ousadia e lucidez, mas o republicanismo moderno teve grande impulso no final do século XVIII, quando, em 1792, proclamou-se a república na França durante a Revolução Francesa.

Os líderes republicanos eram os jacobinos, em particular Danton e os teóricos, Diderot, Condorcet e Rousseau. Nesse período declarar-se republicano era sinal de progressista, mas com os excessos do Terror e, depois, com o Império de Napoleão Bonaparte e a Restauração monárquica na França, o republicanismo era sinónimo de subversão e/ou de radicalismo.

Entre 1848 e 1851, a França viveu a II República, com carácter fortemente social, mas não teve sustentação na sociedade; seus líderes e teóricos foram Lamartine, Blanqui, August Blanc.

Uma nova experiência republicana ocorreu apenas após a derrota da França na Guerra Franco-prussiana, em 1871, e confirmou-se o regime em cerca de 1880, quando as opções monarquistas foram descartadas. A III República francesa foi sinónimo de progresso social, com a universalização do ensino, a instituição do ensino laico obrigatório e outras reformas, embora também tenha ocorrido um impulso no colonialismo e no nacionalismo xenófobo (especialmente contra a Alemanha), além do lamentável caso Dreyfus, de carácter anti-semita (mas cujo resultado foi o de reforçar a República).

O conteúdo teórico do republicanismo, nesse período, consistia em progresso social, participação política, laicidade e, ao menos retoricamente, fraternidade universal; seus líderes foram Léon Gambetta e Jules Ferry e seus teóricos, Littré e Lffitte, na esteira de Augusto Comte.


MEU COMENTÁRIO

Em minha opinião, a Monarquia Constitucional e a República Presidencialista ou semi, são dois sistemas políticos, que, por si só, têm capacidade suficiente para evitar as ditaduras.

Portanto eu aceito qualquer modelo porque os custos de Regime não devem diferir muito.

Mas o que se quer saber é, porque razão as monarquias europeias estão todas mais avançadas do que nós, portugueses e republicanos

Em minha opinião a razão explica-se nos 50 anos de obscurantismo porque nós passámos.

Enquanto nós passámos pelas guerras e ditaduras os outros apetrecharam-se e puseram a forma de governação em marcha e nós a perder tempo com o Ultramar

Por outro lado, acho a nossa mentalidade mais invejosas do que a dos outros. Enquanto estes querem que estejam todos bem, entre nós, quem está bem, quer que os outros estejam todos mal.

Penso que esta é uma das razões.. ou pode ser.

João Brito Sousa.