quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020



«O ESTILO E O TRAÇO ZAMBUJALESCOS»

Ao reler uma vez mais, e com que prazer o faço sempre, um livro da autoria do nosso colega Mário Zambujal, um dos nomes maiores da literatura portuguesa contempo­rânea, neste caso «Longe é um bom lugar (O resto são histórlas)», estreado em 201 trepa­rei com a referência «com o estilo inconfundível a que podemos chamar ZAMBUJALES­CO».
Trata-se de uma afirmação referente e com inteira verdade já que o nosso «Mári­nho» o construiu ao longo de toda uma vida dedicada à arte de escrever como o aconteceu com os livros: «Crónica dos Bons Malandros», «Histórias do Fim da Rua», «À noite logo se vê», «Fora de Mão», «Primeiro as Senhoras», «Já não se escrevem cartas de amor», «U­ma noite não são dias», «Dama de Espadas», etc.
Mas este universo zambujalesco podemos e devemos ampliar à extraordinária obra pictórica de seu irmão o também nosso e saudoso colega Francisco Zambujal, um dos mais destacados valores da caricatura em Portugal, Há no traço, no apanhar, no fazer acon­tecer no papel, toda a personagem caricaturizada e tantas o foram uma simultaneidade gé­mea do poder criador, que só é timbre dos grandes valores.
E estes dois «costeletas» para nosso pleno orgulho e admiração foram-no!
Talvez o mais singular trabalho por ambos realizado fosse o jornal de parede «O CAMARADA», órgão do 2°4ª do Curso Geral de Comércio, da Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, no ano letivo de 1952/53.

JOÃO LEAL

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