segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

DO CORREIO


Como costeleta e membro desta Associação, sinto-me feliz por fazer parte deste ondear fraterno onde a saudade permanece num fluir de imagens que nos segredam as palavras de cada encontro. Agradeço o carinho do encontro de hoje, o café e a visita à biblioteca da Escola pelo casal amigo «Florêncio/esposa»  onde tive a grata surpresa de encontrar meu percurso estudantil.
Como é grato aspirar o perfume da amizade nas pessoas presentes na Biblioteca, cujo odor ainda permanece.
E como a maior parte dos associados têm estatuto de avô como eu, aqui vos deixo um poema a evocar...

A ternura de ser avó

Nas marcas do tempo
há um firmamento
de luz e cor...
tem a ternura
e a doçura
do amor!

São marcos de história
que dão à memória
o sorriso da esperança...
Tem de Deus a mão
nos sonhos que são
os de uma criança!

São embalos e carinhos
feitos netinhos
no acontecer...
São perfume e inocência
a despertar a paciência
do nosso envelhecer!

São sorrisos e diabruras
meiguices e travessuras
de tanto bem querer...
Como a vida desabrocha
e o coração vira tocha
apesar do entardecer...

E nesta hora sacrossanta
o crepúsculo torna-se manta
universal de oração...
Porque cada estrela é um beijo
a afagar o desejo
que envolve o coração.

Obrigada Senhor
Deus de Amor
por mais esta ventura...
E não só!
Obrigada pelo carinho
que vem de cada netinho.

É a ternura...
...de ser avó!

escrito em 01 / 05 / 2018.
Boa noite!

Lutilia Rocha