CORONEL MANUEL AMARO BERNARDO, UM FARENSE ILUSTRE MILITAR E INTELECTUAL
Foi pelos jornais que tivemos conhecimento da morte de um ilustre conterrâneo, que, a par de um notável militar houve-se também como um ilustre escritor com mais de uma dezena de livros publicados, para além de abundante colaboração dispersa pela Imprensa Diária e Especializada.
O Coronel de Infantaria Manuel Amaro Bernardo, na situação de aposentado, desde o ano de 2019, é um nome inapagável no Portugal de Hoje, que nasceu em Faro, a 28 de Março de 1939. Ingressou na Academia Militar e esteve na Guerra em 1961 em Angola e como Capitão, em Moçambique (1973), onde aderiu ao «Movimento dos Capitães» e portanto à «Revolução dos Cravos». Opondo-se à forma como a gestão do País acontecia, assume-se no espírito do 25 de Novembro de 1975, quando prestava serviço no Regimento dos Comandos, na Amadora e aí teve um papel de primeiro plano na instauração do Portugal Democrático.
Dedicou-se, com invulgar interesse e um espírito de verdade à investigação histórica do Portugal Contemporâneo, estreando-se com uma obra que foi best-seller durante seis semanas: «Marcello e Spínola: a ruptura; o Portugal de 1973/ 74».
A quando do «25 de Abril» estava a leccionar na Academia Militar e fez o Curso de Ciências da Informação na Universidade Católica Portuguesa. Sob o pseudónimo de Manuel Branco assina o livro «Ser comando no eixo da Revolução - 1975/76». Em 8 de Setembro de 2019 a Câmara Municipal de Faro concedeu-lhe a «Medalha de Ouro», sendo ainda portador de várias distinções militares.
Era um oficial distinto do Exército Português e um Investigador Histórico de enorme valia, que amava dedicadamente a «Terra Mãe», como tive o ensejo de o comprovar através de correspondência trocada e do encontro ocorrido no Jardim Manuel Bivar.
Morreu o Coronel Manuel Amaro Bernardo, um farense de primeira estirpe!
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