quinta-feira, 9 de setembro de 2010


A PROPÓSITO DO TEXTO DO ALFREDO MINGAU



As minhas pesquisas, encontraram em Alexis Carrel, expressa na obra “O Homem esse Desconhecido”, um contributo para o texto do Mingau.

O HOMEM DEVERIA SER A MEDIDA DE TUDO


O homem deveria ser a medida de tudo. De facto, ele é um estranho no mundo que criou. Não soube organizar este mundo para ele, porque não possuía um conhecimento positivo da sua própria natureza.

O enorme avanço das ciências das coisas inanimadas em relação às dos seres vivos é, portanto, um dos acontecimentos mais trágicos da história da humanidade. O meio construído pela nossa inteligência e pelas nossas intenções não se ajusta às nossas dimensões nem à nossa forma. Não nos serve. Sentimo-nos infelizes. Degeneramos moralmente e mentalmente.

São precisamente os grupos e as nações em que a civilização industrial atingiu o apogeu que mais enfraquecem. Neles, o retorno à barbárie é mais rápido. Permanecem sem defesa perante o meio adverso que a ciência lhes forneceu. Na verdade, a nossa civilização, tal como as que a antecederam, criou condições em que, por razões que não conhecemos exactamente, a própria vida se torna impossível.

A inquietação e a infelicidade dos habitantes da nova cidade têm origem nas instituições políticas, económicas e sociais, mas sobretudo na sua própria degradação. São vítimas do atraso das ciências da vida em relação às da matéria.


Dir-se-ia que a civilização moderna é incapaz de produzir uma elite dotada simultaneamente de imaginação, de inteligência e de coragem. Em quase todos os países se verifica uma diminuição do calibre intelectual e moral naqueles a quem cabe a responsabilização da direcção dos assuntos políticos, económicos e sociais. As organizações financeiras, industriais e comerciais atingiram dimensões gigantescas.
São influenciadas não só pelas condições do país em que nasceram, mas também pelo estado dos países vizinhos e de todo o mundo. Em todas as nações produzem-se modificações sociais com grande rapidez.

Em quase toda a parte se põe em causa o valor do regime político. As grandes democracias enfrentam problemas temíveis que dizem respeito à sua própria existência e cuja solução é urgente. E apercebemo-nos de que, apesar das grandes esperanças que a humanidade depositou na civilização moderna, esta civilização não foi capaz de desenvolver homens suficientemente inteligentes e audaciosos para a dirigirem na via perigosa por que a enveredou. Os seres humanos não cresceram tanto como as instituições criadas pelo seu cérebro. São sobretudo a
fraqueza intelectual e moral dos chefes e a sua ignorância que põem em perigo a nossa civilização.


Gostei do texto de Carrel e retirei-o da net.
JBS
Um texto, substituindo um comentário!

Preparei um comentário ao texto do João B. Sousa, e procurei enviá-lo procedendo como o tenho feito enumeras vezes em situações semelhantes.
Recebi de resposta ERROR. Esperei uns minutos e insisti, reenviando o comentário. Voltou a dar-me ERROR.
Convencido que havia qualquer problema com o blogue, mandei um email ao Rogério Coelho. Recebi a sua resposta, informando que não havia chegado qualquer comentário ao referido texto.
Em face desta insólita situação e para que o comentário não fique desfasado do contexto cronológico, resolvi fazê-lo em forma de texto. Passo a transcrevê-lo:


NÃO CONSIGO ALINHAVAR NADA


*João,
Depois de ler este teu texto, pensei telefonar-te.
Desisti de o fazer porque entendi deixar o meu testemunho por escrito.
Tem sido um prazer conviver contigo, embora infelizmente o façamos na maioria das vezes utilizando o telefone como instrumento de ligação.
A humildade, a tua capacidade de dialogo, a tua permanente participação, e a dedicação à causa costeleta, são um exemplo.
Esta característica do teu carácter, merece uma reflexão de todos os que colaboram neste nosso orgão de comunicação, particularmente aqueles que em determinados momentos mostraram alguma intolerância na defesa das suas causas, colocando ostensivamente os "contrários" na "prateleira"..
Tu e o Alberto Rocha são os responsáveis por esta minha nova ligação ao blogue, quando em determinado momento, entendi colocar um ponto final nesta colaboração.
Às vezes sinto-me "uma carta fora do baralho" e confesso que isso me incomodou e volta a incomodar.
Estimado João, não sei se este comentário é o ultimo, o futuro o dirá. O mesmo se irá passar com os textos. Eis a razão deste comentário personalizado.
Um abraço para ti João, porque ês FRATERNO, SOLIDÁRIO E TENS VITALIDADE.

jorge tavares
costeleta 1950/56

DO CORREIO ELECTRÓNICO


Diogo Sousa para mim
mostrar detalhes 00:37 (12 horas atrás). (recebido no mail do blogue)

Na senda da diáspora….Quem sou eu para falar da diáspora? Mas tenho-a vivido. Tenho tentado compreender o que ía na alma e na vontade daqueles homens que levavam o nome de Portugal e a cruz de Cristo nas velas pelo globo. Comecei a admirala quando em Angola na função discutivel ( ou não!) de defender um Portugal uno e indivisivel do Minho a Timor em que eu e a minha geração fomos educados.Encontrava-me na N’Riquinha no Leste de Angola " as terras do fim do mundo"(quem se lembra?) quando me ocorreu ir umas férias à Cidade do Cabo. E fui. Chegado ao Cabo, fui até à Table Mount, sentei-me e pensei:- Bartolumeu Dias que também era algarvio viu este lugar! Pensei mais e ocorreu-me Camões, quando disse-Ditosa Patria que tais filhos pariu (pariu é meu!) e fui mais longe a Moussel Bay onde ele fez aguada para a viajem de Torna Volta acabando por cair em desgraça perante El Rei, por ter cedido à revolta da marinhagem e não ter concluído a viagem ate à India. E tentou três vezes!
Ditosa patria que tais filhos pariu. Daí fui a Lourenço Marques e o mesmo pensamento me acudiu..A partir daí dicidi que havia de visitar outras paragens onde esses valentes cavaleiros do mar haviam chegado.Chegado aos USA as oprtunidades surgiram e lá vou eu na senda de homens como os irmãos Diogo e Fernado Mendonca Corte Real, e fui visitar em Massachussetts a famosa Pedra de White que se encontra hoje no MIT e lá está a Cruz de Cristo, gravada toscamente e a cinzel. Não se lhe pode tocar. Está escudada em vidro.
Eram da nossa terra. Ainda hoje no Alto Rodes existem duas ruas com o seus nomes.Esses valentes bacalhoeiros de tempos idos que por ali aportaram, nao deixaram padrões. Trabalhavam por contra própria na faina do bacalhau.- limitaram-se a querer dizer – aqui estiveram portugueses . Ao que parece aproximaram-se demais de terra...e as correntes desconhecidas na altura impediram-nos de voltar
Ditosa Patria que tais filhos pariu. Fui a San Diego na outra costa e eis que ai se ergue uma estátua a outro português- Cabrilho! Também foi o primeiro por aquelas paragens do Pacifico.Segui o meu sonho,já quase obcessão, e, fui à Australia , visitei Darwin e outra vez o pensamento, o aperto da comuçãono peito:Aqui estiveram portugueses primeiro que ninguem- Nao deixaram marcas.Navegaram pela costa norte do continente australiano e deixaram o caminho aberto ao "grande" Cook, que mais tarde recebeu os louros por o ter encontrado.. E o pensamento ocorreu-meDitosa Patria que tais filhos pariu. Decidi ver com os meus olhos o que Camões havia visto e fui a Macau. – as lágrimas brotaram-me quando me sentei na gruta, pareceu-me mais uma anta nos dias de hoje onde o principe de todos os nossos poetas passou algum tempo sonhando e cantando a sua amada Violante de Andrade que tantos amargos de boca lhe causou e que ele continuou amando até aos derradeiros dias da sua vida.Fui a Malaca, sentei-me no pouco da muralha que ainda resta que os nossos valentes construiram. Está em mau estado de conservação mas ainda se vê a esfera armilar no Brazão de armas. Senti-me orgulhoso e tentei põr-me na pele daqueles homens que imagino rudes mas com uma vontade de aço, de antes quebrar que torcer.-Ditosa Patria que tais filhos pariu-Cheguei a Nagazaki e fiquei orgulhoso outra vez, aquela cidade outrora destruida pela bomba atómica, nasceu como um pequeno porto de pesca e comércio fundada pelos portugueses. No Japão deixamos pouco, mas a palavra restaurante que em japonês quase que se prenuncia igual, foi deixada por nós.A Formosa ( Taipé) fomos nós que a baptizamos quando por lá andamos! Quem diria! Ditosa Patria que tais filhos pariu. E por esse mundo fomos deixando, filhos, lágrimas e a vida. Vieira melhor que ninguém nos descreveu " um mundo para descobrir e...um palmo de terra para descansar"
Descrever obra feita é fácil, dificil foi executá-la.Esta saga da nossa gente continua hoje, mas disso falaremos outro dia. .
Diogo
Nota...este texto foi publicado no blogue "Braços ao alto" do nosso amigo João Manuel de Brito Sousa. Para ele o meu obrigado.

POLÍTICA RELIGIÃO ETC.

Leitor diário do Blogue há quase dois anos, desconhecendo até essa data sua existência por convite tenho iniciei a minha colaboração como é do conhecimento geral .
Verificando várias vezes a informação de que o Blogue está vedado a publicar artigos sobre Política , Religião , Ofensas pessoais e outras situações .

Há mais de 50 anos um amigo me falou : nunca te envolvas em discussões sobre Política ( época de ditadura !) Religião e etc. Concordo Plenamente !
A ditadura já passou e todo o cidadão tem livre árbitro em expor seus pontos de vista e idéias , desde que respeite as dos outros .
Nos Estatutos de qualquer Cooperativa ressalta que assuntos de Política e Religião estão fora dos objectivos da mesma . embora na realidade bom percentual tenha base apoiadas por partidos Políticos .

Esta minha intervenção é para afirmar que não gostaria de ver o Blogue como Tribuna a defender este ou aquele Partido político! nem seus candidatos utilizando o espaço como Palanque em época de eleições , o mesmo com as religiões e até com o futebol .


Existe situações sobre decisões aprovadas por políticos de âmbito Nacional que dizem respeito a todos nós, e como contribuintes devemos dar o exemplo .
Infelizmente material não falta e aí quem fica sobrecarregado é o Moderador !
Estou certo que a Associação vai aprovar algumas regras necessárias de seleção de matérias publicáveis .

Se o Blogue que nos dá voz não faz Publicidade Paga , nem é utilizado para promover a personalidade dos colaboradores , sendo em parte os associados que pelo seu espírito Costeleta colaboram na manutenção, tem de continuar com seus objectivos .
E Afirmar que nunca época Virada ao Futuro está Presente !

Como democrata que me considero ! é falando que as pessoas se entendem em qualquer decisão que seja tomada o blogue conta com minha colaboração incondicional .

Saudações Costeletas
António Encarnação