terça-feira, 12 de julho de 2011

cantinho dos marafados

Diz o Chefe para o empregado:
- Carlos! Tu acreditas na vida depois da morte?

Responde-lhe o empregado:

- Claro que não!   Não existem provas nenhumas disso!
Diz-lhe então o Chefe:
- Pois, mas agora existem.
 Ontem, depois de teres saído mais cedo para ires
 ao funeral do teu tio, ele veio aqui à tua procura!...

Palmeiro enviou
Rogério colocou

PRODUTO NACIONAL

FIGOS E AMENDOAS
DO ALGARVE ???

Meus amigos,

vejam os slides em anexo com muita atenção, por favor.
Apreciem a etiqueta do cesto, onde ficamos a saber que há uma fabriqueta em Torres Vedras que compra figos secos a granel na Turquia e também amêndoas descascadas às carradas nos Estados Unidos, embala tudo muito bem embalado num cesto, sei lá, talvez feito na Indonésia.
Obra pronta, vende-a a bom preço no Algarve, terra de figueiras e amendoeiras.
Isto na altura em que o País está sem dinheiro e aquela gente que nos governa anda a pedir para, mesmo que sejam mais caros, comprar produtos nacionais.
Haja Deus!

Não podemos ser condescendentes com estas coisas.

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Palmeiro enviou
Rogério colocou
BÊBADOS

Não tenho nada contra bêbados. Até porque não sou um deles. Eles são muito importantes para a sociedade, o consumo gera economia.  Pois quem fala mal de bêbados são os outros que não o são. Os dois têm razão só que os que não bebem estão cientificamente certos e os bêbados estão alcoolicamente errados!...

No caso do texto do Mingau, o Alfredo não estava alcoolicamente errado por ter “convidado” a menor a sair. Gostei de ler o texto e do sentido moralista com que é finalizado.

E gostei do comentário com o preâmbulo sobre o escritor russo. De facto não há bêbados no texto. Toda a gente bebe o seu copinho sem perder a lucidez, para que sejam considerados bêbados.

Boa, Alfredo. Tomo a liberdade de mandar em anexo o quadro “Bêbados” do grande artista Malhoa.

Um abraço

Montinho


"Bêbados" de Malhoa
UMA E UM QUARTO
Por João Brito Sousa

Foi um dia difícil. Florêncio Matos bebia uns copázios de vez em quando e não se entendia muito bem com a vida. Fazia versos nas esplanadas dos cafés. E recitava-os depois. Dava o seu show. Certa vez, uma balzaquiana dirigiu-se-lhe. E perguntou-lhe: ouça lá, essa dança, o que é isso? O senhor bebeu? Não, disse o Matos. Porque pergunta isso ? Vejo-o a dançar, disse Jeny. Ouça, vamos começar do princípio. Quem é você ? Sou inglesa mas moro no seu País há muitos anos. E gosta ? perguntou o Matos. Gosto muito. Os portugueses descobriram o mundo e possuem uma cultura de bom nível. Acho-os pessoas interessantes, disse ela. E a mim, também me acha interessante? Sim. Mas não gostou de me ver dançar. Repare que eu não estava a dançar, estava a declamar ou se quiser, a recitar um poema meu. Ela sorriu e perguntou, você é poeta ? Não sei mas amo a poesia. Escrever poesia transforma-me, torna-me melhor pessoa, faz-me feliz. Quando a recito na rua, posso parecer um louco, mas não sou. Sou um homem que ama. Já amou alguém ? perguntou-lhe o Matos. Amar é sofrer. Amei mas não fui amada, disse ela. Estou a gostar de si, disse o Matos. Você tem um interior bonito, continuou. Agora, eu é que digo; vamos começar do princípio, quem é você, perguntou ela? Matos, estendeu a mão e disse o nome, FM. Ela apertou igualmente a mão dele. E disse, se o mundo fosse assim? Assim, como ? Responsável, terno e meigo. Como você. Acho-o fascinante. Há pouco não achava, como é ? O que interessa é o agora. O minuto que passou não interessa; é passado. A vida está aí à nossa frente. Para ser vivida. O que é a vida para si, perguntou o Matos. A vida ? interrogou-se ela. A vida é um espaço de tempo que temos à nossa disposição para gerir. Há gerir bem e gerir mal. Depois vêm as consequências. Ora está aí um bom título. Para quê ? Para um poema, disse o Matos. Faça-o então… e dance. Gostava de ver. Há pouco, quando me viu, não gostou. Já lhe disse que o que vale é o agora. Concordo, disse o Matos. E levantando-se da cadeira, começou a ensaiar uma dança, esquisita, mas de passada calma, ia e vinha, para a frente e para trás, assobiou a música e declamou: “Gerir a vida é saber/ gerir a vida é amar/ meu amor vou-te dizer/ que viver a vida é gostar/ Olho para ti e vejo/ A beleza em movimento/ De ti vem-me o desejo/ Neste preciso momento / Se tu disseres que sim/ É mais fácil para mim/ Viver nesse tal espaço/ A que tu chamas vida / E se quiseres vamos de seguida / Dá-me cá o teu braço. Jeny estava extasiada e a felicidade chegou-lhe . E uma lágrima rolou. E disse gosto de si senhor Matos. É minha convidada, vamos jantar. É muito simpático, disse ela. Todos somos simpáticos; só que uns são mais desonestos que outros, disse o Matos. Não falemos disso agora, gosto de si, repito. Nunca ninguém gostou, como é isso agora, Mas é verdade que gosto. O senhor torna a vida fácil, dança. E foram até ao restaurante, onde o Matos deu a primazia. Primeiro as senhoras. Jeny entrou e disse obrigada. O senhor é um cavalheiro, acrescentou. Obrigado, disse o Matos. Já sentados Matos chamou o empregado. Pediram a ementa. E as bebidas. E brindaram, sorrindo um para o outro. Jantaram. Conversaram e muito. Vamos, disse o Matos. E ela, sim. É por amor. E lá foram. Já passava da meia noite.

Era uma e um quarto.



QUANDO ALGUÉM PARTE



O nosso associado 458 - José Euzébio Sancho Pontes
Partiu

À família enlutada o noso profundo desgosto

QUE DESCANSE EM PAZ