sexta-feira, 15 de julho de 2011

CANTINHO DOS MARAFADOS

O TPC do Zéquinha.

O Zéquinha escreveu numa redação para a escola que o gato não "cabeu" no buraco. A professora, de castigo, mandou-o escrever 20 vezes no quadro a palavra "coube". Quando ele terminou, a professora contou as palavras e comentou:
- Mas tu só escreveste 19 vezes, Zéquinha!
- É que a outra já não "cabeu", senhora professora!

Autor desconhecido
AGabadinho enviou
Rogério colocou
LIVROS QUE FALAM DA ESCOLA
VOLTEI À ESCOLA, de Daniel Sampaio

Neste livro, uma vez mais, o centro da preocupação são os jovens. Desta vez, Daniel Sampaio, mostra-no-los, lá onde os grandes problemas dos «verdes anos» se manifestam talvez com maior clareza: a escola. A relação dos jovens entre si, a relação dos jovens com os adultos professores (e vice-versa). Aqui tudo está implicado, tudo se revela.
Um livro actual onde retracta a Escola do nosso tempo, as alcunhas aos professores, o professor de Geografia a remeter para o livrinho, depois de falar nas matérias durante dez ou quinze minutos, dizendo “o resto está no livrinho”.
As brigas entre a malta, ao grito de porrada lá ia tudo, eram dois que estavam engalfinhados.
Os jogos de caricas, como nós, nas tabuinhas;
Os contínuos…
Ou,
Noutro contexto, retirado da obra “OS MEUS AMORES”, de Trindade Coelho, o conto “Para a Escola” que foi escrito em Coimbra, no dia da sua formatura, com esta evocação à sua dedicada ama Helena:
“…Helena, minha boa amiga! Acabo de chegar ao fim da viagem que principiei nesse dia. Não volto mais à Escola! Venho hoje restituir-te, querida amiga, aquele beijo, dulcíssimo beijo aquele! – que tu então me deste.”
PARA A ESCOLA
No velho casarão do convento é que era a aula. Aula de pri¬meiras letras. A porta lá estava, com fortes pinceladas vermelhas, ao cimo da grande escadaria de pedra, tão suave que era um regalo subi-la. Obra de frades, os senhores calculam.,. Já tinha principiado a aula quando a Helena entrou comigo pela mão. Fez-se um silêncio nas bancadas, onde os rapazes mastigavam as suas lições e a sua tabuada, num ritmo cadenciado e monótono, cantarolando. E ouviu-se então a voz da Helena dizer para o Sr. Professor, um de óculos e cara rapada, falripas brancas por baixo do lenço vermelho, atado em nó sobre a testa:
- Muito bons dias. Lá de casa mandam dizer que aqui está a encomendinha.
Oh! Oh! A encomendinha era eu, que ia pela primeira vez à escola. Ali estava a encomendinha!
- Está bem, que fica entregue. E lá em casa como vão?
E, enquanto o velho professor me tomava sobre os joelhos, a Helena enfiava-me no braço o cordão da saquinha vermelha, com borlas, onde ia metido nem eu sabia o quê. Meu pai é que lá sabia… E ali estava eu entre os joelhos do Sr. Professor, com o boné numa das mãos e a saquinha vermelha na outra, muito com¬prometido. A Helena, que sorria contrafeita, baixou-se para me dar um beijo e disse-me adeus.
Choraminguei, quis sair na companhia dela.
- Não, agora o menino fica – disse-me a Helena. – Isto aqui é uma escola onde se aprende a ler. – E agachando-se, diante de mim: – Olhe tanto menino, vê?
Fonte: internet
João Brito Sousa