quinta-feira, 8 de junho de 2017

FICÇÃO CIENTÍFICA

Uma história de ficção científica, de autoria de
Manuel Inocêncio da Costa



MORTE NA FEDERAÇÃO GALÁCTICA


O homem povoava já todos os planetas da Galáxia Teca. Conseguira produzir alimentos em vários dos planetas que a compunham e achara água, tudo quase suficiente para as necessidades da população, de mais de cem biliões de pessoas, que neles viviam. Os transportes ultra rápidos, entretanto desenvolvidos, levavam céleremente, dos planetas mais ricos para os mais pobres, muito do que estes necessitavam.
Na grande pista do aeroporto da cidade de Valboim, capital do Planeta Lírio, encontrava-se pronto para partir, um bólide brilhante de oito lugares, com a tripulação incluída. Neste caso tomaria o comando da nave, não o seu comandante habitual, mas Oriega, o governador do Planeta, que além de brilhante cientista, era um exímio piloto. Oriega tinha 44 anos, e, combatera outrora em várias guerras que se haviam travado, contra outros planetas da Galáxia, que se haviam revoltado, dentro da Federação. Agora a paz reinava em toda a Galáxia. Ele era um héroi nacional. Médico, investigador, descobrira vacinas e medicamentos, contra doenças até então incuráveis, que eram prescritos em toda a Federação.
Oriega chegou ao aeroporto, acompanhado da mulher, de duas filhas menores e do seu vice, o general Stark. Eram três da manhã. À uma da manhã, haviam recebido uma comunicação, do Grande Conselho da Galáxia, que estava sediado na cidade de Oca, capital do Planeta Bica, e, onde estava igualmente sediado o governo da Galáxia, informando que falecera Simprónio, o presidente da mesma, e que haveria eleição para presidente e vice presidente (cada vez que havia uma eleição para presidente deveria ser eleito também o vice presidente), cinco dias depois de terem tido lugar as cerimónias fúnebres, que duravam quatro dias.
Havia mais de dois anos que quase todos os planetas da galáxia, tinham sido atingidos, por epidemias, de causas em parte desconhecidas, que tinham morto muitos milhões de pessoas. Acrescendo a isso, e, também por causa disso, lavrava em toda a galáxia, uma crise imensa, com desemprego gigante e uma penúria de recursos, que atingia mais de um quinto de toda a população. Nos últimos meses equipas dos melhores cientistas de toda a Federação, haviam descoberto medicamentos, que estavam a travar a mortandade. Simprónio falecera precisamente nessa manhã, vítima de contágio, de uma das inúmeras doenças epidémicas que varriam a Federação.

Continua