Um texto de ficção científica de
Manuel Inocêncio da Costa
Manuel Inocêncio da Costa
MORTE NA FEDERAÇÃO GALÁCTICA (Continuação)
A nave tripulada por Oriega, descolou da pista principal do aeroporto de
Valboim, de mais de trinta quilómetros de comprimento. Estavam providos de tudo
o necessário para a viagem. A cidade de Oca ficava a poucas horas de viagem, se
utilizassem a fantástica velocidade máxima da nave. Oriega sabia o que o
esperava. Com ele outros governadores, de outros planetas estariam também a
fazer a viagem, para a capital da Federação. Só podia concorrer a presidente ou
vice presidente, quem fosse governador ou governadora de um planeta. A eleição
não era através de eleições gerais. Quem escolhia o (a) presidente e o (a) vice
presidente da Federação era o Grande Conselho. Este é que era escolhido através
de eleições gerais, levadas a cabo no mesmo dia, em todos os planetas da
Federação. O Grande Conselho era composto por homens e mulheres impolutos de
todas as profissões. Tinha cinquenta mil membros. Cada concorrente à
presidência ou à vice presidência, teria de prestar doze provas, para provar as
suas capacidades, e, demonstrar que era digno de estar à frente dos destinos da
Federação Galáctica. Essas provas iam desde provas físicas, até provas baseadas
na experiência da governação, no bom senso, no desempenho perante um perigo
súbito, uma calamidade, uma guerra simulada. Cada prova valia dois pontos. Era
o Grande Conselho que propunha e classificava as provas, podendo porém delegar
esta última competência. As provas eram iguais para cada candidato à
presidência ou à vice presidência, ficando cada um completamente incomunicável
de qualquer dos outros, no dia da resolução das provas, só comunicando com o
Júri, em quem o Grande Conselho delegasse poderes para classificar o desempenho
dos concorrentes. O Júri era o mesmo para todos os concorrentes. Ficava na presidência
o candidato, que fosse considerado mais apto, que tivesse maior pontuação, e na
vice presidência o que ficasse em segundo lugar. No entanto seria eliminado
aquele que tivesse chumbado, nas provas de política externa e em defesa da
Federação.
Os testes tinham lugar na base central da força aérea da Federação, da
cidade de Oca, uma vez que uma das doze provas, consistia também em pilotar uma
nave de guerra das mais potentes e sofisticadas da Federação. A nave pilotada
por Oriega chegou à hora
prevista a Oca. Era quase meio dia. A cidade, de mais de duzentos milhões de
habitantes, encontrava-se com pouca gente nas ruas e nos estabelecimentos, pois
a maior parte das pessoas, que trabalhavam no comércio, nas fábricas, na
investigação, no turismo, nos bancos, serviços, artes, etc., para fugir às
condições adversas do dia (em geral temperaturas muito altas), trabalhava de
noite e descansava de dia.
Continua
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