sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



         RODRIGO, UM FARENSE DA «RIBEIRA»


          Sempre o conhecemos e toda a vida o houvemos no nosso universo, com aquele sorriso travesso, uma postura fraterna e um decidido viver para a fraternidade. Jovem sempre atravessou a vida com o mesmo ADN e, mesmo que agora esta maldita pandemia o levou após mais de sete décadas, acreditamos o tenha feito, a acreditar na vida, nos outros e no seu farensismo de sempre, vivido e cultivado.

          Rodrigo Carapucinha de Matos, nascido e vivido aqui no mediático e querido Bairro da Ribeira (a «Rebêra», moce), na sua Rua da Cruz e um pé na Rua da Barqueta que, com a Miguel Bombarda (onde nascemos) e a Gil Eanes (no vulgo, da Parreira) desaguam na Avenida da República, que o foi da Rainha D. Amélia. Era um homem bom (haverá rapazes maus no meu bairro natal?), discreto e amigo, que foi aluno da Escola Tomás Cabreira, «costeleta» portanto), jogador de futebol do Sporting Clube Farense, com chamada à Selecção de Juniores, então orientada pelo jornalista David Sequerra, tentado pelo outro Sporting, o de Lisboa, mas de retorno porque, mérito não lhe faltava, as saudades da terra eram muitas. Dedicado dirigente serviu com empenho os leões de Faro, tal como velejador (quem será o moço da Ribeira que não andou nas águas da Ria?) se houve no Centro de Vela da M.P. e do Ginásio Clube Naval, de que seria, mais tarde, di-rector.

            O Rodrigo que o conhecemos durante décadas como um dos mais dedicados elementos da FIAAL e um daqueles que só conheceram uma camisola profissional na equipa de Aníbal Guerreiro (pai e filhos).

                O Rodrigo que é hoje uma saudosa lembrança e foi dos mais fiéis filhos de «Faro, Terra Mãe».

                                                                                        


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