terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

 


                   NO CENTENÁRIO DE UM HOMEM BOM

           Conhecemo-lo menino e moço, quando com o nosso «bando» (o Nita, o Zé Maria, o Rui e tantos outros mais) fazíamos quartel - general ali pelo Largo da Madalena, onde ao tempo ainda funcionava, com motivação religiosa a capela em honra da santa homónima.

              Era ali que exercia, com dedicação e empenho, as suas funções de colaborador do advogado Dr. Uva, o sr. Francisco José, conhecido cidade em fora, onde então todos nos conhecíamos, apenas e bastante por «Chico Zé».

               Polido, educado e sempre bem falante, era em geral estimado e querido, nascido na típica Rua da Barqueta, aquela que talvez tenha e detém «o maior ADN da Ribeira». Filho de um honrado pescador, cedo falecido e da «sra. D. Santana», que Deus os tenha em sua santa memória.

                Nasceu no distante dia 12 de Fevereiro de 1922, pelo recentemente ocorreu o seu centenário, motivo mais do que suficiente para aqui lhe prestarmos a nossa sincera e merecida homenagem a este saudoso farense, que tantos serviços prestou à urbe. Faleceu aos 55 anos (bem jovem) e deixou em todos uma cívica lembrança. Mas para além da sua memória legou à cidade três filhos dilectos, gente boa e capaz e sempre colaboradora em todas as iniciativas artísticas e culturais. Foram eles os «gémeos» Mário José (precocemente falecido) e António José e o «infatigável» viajante Portugal / Brasil, o Carlos José.

                  Na memória de quem, como eu, «gentes daqueles tempos» a nossa homenagem ao «Sr. Chico Zé», «um homem estruturalmente bom» que, se vivo fosse, ora completaria os cem anos!


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