segunda-feira, 10 de julho de 2023

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



OPERAÇÃO: CALCETAR!


Sobram os dedos de uma só mão para referir as ruas de Faro que

apresentem, na sua totalidade, o pavimento dos passeios sem buracos nem

covas.

Superabundam as artérias onde as folhas são constantes e as pedras do

calcetamento se encontram por ali jazidas, aguardando ou o seu

desaparecimento ou a eternidade de uma placidez que não foi para isso que

foram destinadas.

As causas podem ser várias, desde uma deficiente colocação (em muitos

casos basta a água provinda dos ares condicionados para arrancarem as

pedras), o estacionamento indevido dos automóveis, quando não de veículos

pesados sobre os débeis passeios ou quaisquer outras.

Certo, certo é que é um dos aspectos negativos da capital sequiosa,

orgulhosamente orgulhosa e com mais de mil razões para tal, das suas ruas

artisticamente calcetadas à portuguesa, seja-o na Baixa, no Jardim Manuel

Bivar ou no Largo do Carmo. Motivo de nosso legítimo e justificado orgulho, o

que constitui um ponto mais da Cidade de Santa Maria.

Um médico ortopedista, amigo, dizia-me há tempos que uma das causas

por que se vêm em Faro tantas pessoas usando canadianas ou quejandos

deve-se ao facto destes buracos na calçada e acidentes daí provindos.

Já agora e vem, como sói dizer-se, «a talhe de foice», que dizer do estado

dos pavimentos nas Ruas Alexandre Herculano, da Misericórdia e do Município

(será que os edis não passam constantemente por esta na Vila -a - Dento?),

verdadeiros mares ondulados, pela irregularidade dos pisos, quando por elas

transitamos.

Em relação aos buracos nos nossos pavimentos («o maior campo de

golfe da Europa», como alguém os designou) urge, de uma urgência perene,

que o Município empreenda uma correcta, activa e decidida acção de

reparação extensiva a toda a cidade!

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