OPERAÇÃO: CALCETAR!
Sobram os dedos de uma só mão para referir as ruas de Faro que
apresentem, na sua totalidade, o pavimento dos passeios sem buracos nem
covas.
Superabundam as artérias onde as folhas são constantes e as pedras do
calcetamento se encontram por ali jazidas, aguardando ou o seu
desaparecimento ou a eternidade de uma placidez que não foi para isso que
foram destinadas.
As causas podem ser várias, desde uma deficiente colocação (em muitos
casos basta a água provinda dos ares condicionados para arrancarem as
pedras), o estacionamento indevido dos automóveis, quando não de veículos
pesados sobre os débeis passeios ou quaisquer outras.
Certo, certo é que é um dos aspectos negativos da capital sequiosa,
orgulhosamente orgulhosa e com mais de mil razões para tal, das suas ruas
artisticamente calcetadas à portuguesa, seja-o na Baixa, no Jardim Manuel
Bivar ou no Largo do Carmo. Motivo de nosso legítimo e justificado orgulho, o
que constitui um ponto mais da Cidade de Santa Maria.
Um médico ortopedista, amigo, dizia-me há tempos que uma das causas
por que se vêm em Faro tantas pessoas usando canadianas ou quejandos
deve-se ao facto destes buracos na calçada e acidentes daí provindos.
Já agora e vem, como sói dizer-se, «a talhe de foice», que dizer do estado
dos pavimentos nas Ruas Alexandre Herculano, da Misericórdia e do Município
(será que os edis não passam constantemente por esta na Vila -a - Dento?),
verdadeiros mares ondulados, pela irregularidade dos pisos, quando por elas
transitamos.
Em relação aos buracos nos nossos pavimentos («o maior campo de
golfe da Europa», como alguém os designou) urge, de uma urgência perene,
que o Município empreenda uma correcta, activa e decidida acção de
reparação extensiva a toda a cidade!
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