segunda-feira, 10 de julho de 2023

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE



UM PATRIMÓNIO TURÍSTICO - CÍVICO

A cidade de Olhão é, seguramente, a que mais monumentos e obras de escultura

tem erigido nas últimas décadas.

Tal representa uma inegável valorização turística cívica, ambas da mais elevada

valia. É-o no primeiro caso face á valorização da oferta que já possuía e no segundo

por uma evidente valorização e educação cívica face aos valores representados.

O primeiro monumento a ser erigido foi-o em memória do ilustre poeta e advogado

João Lúcio, um dos mais notáveis nomes, desde sempre, da inteligência olhanense.

Aconteceu em 1 925, com uma assistência «record» de 10 mil pessoas, conforma a

imprensa da época o referiu.

Seguiu-se o obelisco em honra dos «Heróis da Restauração», em 1931, frente à

Igreja Matriz, onde em 16 de Junho de 1808 teve origem o brado de revolta contra os

invasores napoleónicos.

Surgiram depois outros monumentos honrando: o Patrão Joaquim Lopes («que

ao mar arrancou mil vidas»), o olhanense que já possuía uma estátua em Paço de

Arcos; o benemérito Cónego António Baptista Delgado (durante mais de 40 anos

paroquiou a freguesia); «Olhão, Cidade» - no antigo Jardim João Serra, assinalando

esta promoção e inaugurado em 16 de Junho de 1997; «Ao Combatente», em memória

dos que deram a vida pela Pátria, no mesmo local (frente à estação ferroviária); a

«Conserveira», lembrando esta actividade da mais relevante importância económica; o

«Cavalo Marinho», recordando um dos mais importantes habitantes da Ria Formosa,

de que Olhão é a capital; o «Caminho das Lendas», na típica Barreta, recordando as

lendas locais («a Floripes», «O mouro encantado», «O «menino dos olhos grandes» e

«O Arraúl»).

Mais recentemente «O mariscador», homenageando quantos «cavam» a Ria em

busca dos bivalves, a que não falta o autóctone algarvio «Cão de Água». Pudemos

juntar-lhes «O cubo», na lembrança da «Vila Cubista», na Rotunda da Avenida D. João

VI.

Este é um conjunto artístico e evolutivo, de grande valência, que muito nos

apraz realçar.


JOÃO LEAL

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