UM PATRIMÓNIO TURÍSTICO - CÍVICO
A cidade de Olhão é, seguramente, a que mais monumentos e obras de escultura
tem erigido nas últimas décadas.
Tal representa uma inegável valorização turística cívica, ambas da mais elevada
valia. É-o no primeiro caso face á valorização da oferta que já possuía e no segundo
por uma evidente valorização e educação cívica face aos valores representados.
O primeiro monumento a ser erigido foi-o em memória do ilustre poeta e advogado
João Lúcio, um dos mais notáveis nomes, desde sempre, da inteligência olhanense.
Aconteceu em 1 925, com uma assistência «record» de 10 mil pessoas, conforma a
imprensa da época o referiu.
Seguiu-se o obelisco em honra dos «Heróis da Restauração», em 1931, frente à
Igreja Matriz, onde em 16 de Junho de 1808 teve origem o brado de revolta contra os
invasores napoleónicos.
Surgiram depois outros monumentos honrando: o Patrão Joaquim Lopes («que
ao mar arrancou mil vidas»), o olhanense que já possuía uma estátua em Paço de
Arcos; o benemérito Cónego António Baptista Delgado (durante mais de 40 anos
paroquiou a freguesia); «Olhão, Cidade» - no antigo Jardim João Serra, assinalando
esta promoção e inaugurado em 16 de Junho de 1997; «Ao Combatente», em memória
dos que deram a vida pela Pátria, no mesmo local (frente à estação ferroviária); a
«Conserveira», lembrando esta actividade da mais relevante importância económica; o
«Cavalo Marinho», recordando um dos mais importantes habitantes da Ria Formosa,
de que Olhão é a capital; o «Caminho das Lendas», na típica Barreta, recordando as
lendas locais («a Floripes», «O mouro encantado», «O «menino dos olhos grandes» e
«O Arraúl»).
Mais recentemente «O mariscador», homenageando quantos «cavam» a Ria em
busca dos bivalves, a que não falta o autóctone algarvio «Cão de Água». Pudemos
juntar-lhes «O cubo», na lembrança da «Vila Cubista», na Rotunda da Avenida D. João
VI.
Este é um conjunto artístico e evolutivo, de grande valência, que muito nos
apraz realçar.
JOÃO LEAL
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