quarta-feira, 21 de agosto de 2024

CRÓNICA DE FARO. JOÃO LEAL

A GENERALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL


      O recente aumento das botijas de gás que utilizamos nas nossas casas, ficando pelo dobro do preço que sai das refinarias trouxe á plena actualidade o não acesso da grande maioria das gentes portuguesas ao consumo do gás natural ou canalizado. Difícil vai a vida para a grande maioria de todos nós, pelo que havemos de recorrer a todas probabilidades que nos são proporcionadas para se alcançar o máximo que possível for para economizar.

      Neste caso do chamado gás natural (mistura de derivados de combustíveis fósseis) não entendemos, sem excluir a existência de rede própria, do seu fornecimento á grande maioria dos lares.

      Sem o pesado incómodo do transporte, pelo próprio utente ou pelo empregado da empresa distribuidora (implicando, o que é mais que justo e natural o encargo da tradicional gratificação - e como custa levar a botija ao 3º andar sem elevador!), hemos que é muito diferente os preços praticados entre os dois tipos de combustível.

       Não entendo, não consigo entender, como, por exemplo na rua onde moro nesta cidade de como num dos lados da artéria há o fornecimento de gás natural e no outro lado da mesma artéria e contiguas tal não se verifica. Quem paga ao fim e ao cabo é o mesmo, o cidadão protegido constitucionalmente pelo art. 1º da Constituição - «Todos os portugueses são iguais e em direitos...». Mas que tal em mil casos não se verifica é um assunto incontroverso.

       É certo que Portugal, ao invés de outros países (Nigéria, a maior fonte abastecedora; Estados Unidos da América, Qatar e Espanha, etc.) não possui jazidas deste combustível, mas o seu consumo processa-se naturalmente em milhares de lares.

       Ou vamos «democratizar» o fornecimento de gás natural ou vamos reduzir o preço do gás em botija (butano). Eu, por mim, jogo na primeira opção.

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