sexta-feira, 23 de agosto de 2024

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

HONRAR A MEMÓRIA


             Tem a actual União das Freguesias de Faro (Sé/São Pedro) a que preside o dedicado e activo Eng. Bruno Azevedo Lage, dotado esta cidade de um conjunto de bustos e monumentos que enriquecem o seu reduzido património artístico público. São os casos dos bustos de Monsenhor Cónego Henrique Ferreira da Silva, junto á Ermida de Santo António do Alto e que durante largas décadas foi o Pároco da Freguesia da Sé, para além do «Irmão» de tudo e de todos e do Capitão Salgueiro Maia, herói da Revolução do 25 de Abril de 1974 e no cinquentenário deste histórico Movimento que restituiu a Liberdade a Portugal ou ainda do monumento ao Pescador da Ria, da autoria do artista farense Tó Quintas, implantado no Parque Ribeirinho, além no marinheiro sítio dos Moinhos, nas imediações do Teatro Municipal das Figuras. Soubemos agora, através do diligente Presidente da citada entidade que uniu com sucesso reconhecido as duas freguesias urbanas de Faro. que se pretende prosseguir esta valorosa acção, erguendo-se um busto em memória do navegador Bartolomeu Dias, que algumas fontes, o que não conseguimos confirmar nas fontes bibliográficas de que dispomos, ser natural de Faro ou de famílias oriundas da capital algarvia. O histórico navegador, que passou pela vez primeira o chamado «Cabo das Tormentas» depois, segundo El -Rei D. João II, o «Príncipe Perfeito» em cujo reinado foi aberto um «novo Mundo ao Mundo» de «Cabo da Boa Esperança», dispõe de uma artéria que lhe é dedicada e que ostenta o seu nome numa das mais belas placas toponímicas existentes em Faro, nas imediações do Teatro Lethes.

            Preciso é que a cidade capital não esqueça aqueles outros que lhe estão também e de maneira incisiva ligados como queremos neste escrito assinalar. São os casos de Brites de Almeida, a heróica «Padeira de Aljubarrota», já com o seu nome na toponímia farense e do Rei D. João III, o Piedoso que no dia 7 de Setembro (hoje feriado municipal) de  1 540 , elevou a Vila de Faro a Cidade. Nem sequer o seu nome foi dado a uma artéria ou erguida, a despeito de várias vezes anunciado, tal como o respectivo monumento. 

           São dois vultos que pela história que os relaciona com Faro merecem ser honrados e lembrados por Faro.

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