terça-feira, 5 de outubro de 2010

CONVÍVIO DE COSTELETAS

Filipe, Jorge proprietário do "Café Coreto", Rogério, Paixão, Isabel e Mimi Tinoco esposa do Paixão.

Estivemos de novo juntos, desta vez no "Café do Coreto" e fomos almoçar em convívio no restaurante do Rio Seco "Retiro dos Amigos". Regressámos ao "Café do Coreto" onde o Filipe se juntou ao grupo.. Um convívio Costeleta neste feriado do dia 5 de Outubro.

DO CORREIO ELECTRÓNICO

A LEITURA É A MAIOR DAS AMIZADES


Marcel Proust, in 'O Prazer da Leitura' , refere que a amizade entre os indivíduos é uma coisa frívola dando maior credibilidade à amizade pela leitura, que diz ser mais sincera.

A minha opinião sobre este assunto, é que a amizade entre indivíduos deverá ser suportada pela força da verdade, pela deferência no relacionamento, pela admiração das qualidades do outro e sobretudo em ter prazer na presença do outro. Se conseguirmos segurar estes compromissos, digamos assim, a amizade fica.

O que será mais fácil para uns do que para outros.

Com a leitura, ganhamos ou não amizade. Se tivermos prazer na leitura, ganhámos um amigo no livro, porque este não tem oscilações de comportamento, o que tem para nos dar está à vista e gostamos ou não dessa dádiva.

A amizade na leitura ganha-se no silêncio e uma vez ganha, é para sempre.

Esta amizade, constrói-se mediante um mecanismo de aprendizagem que , em princípio, nos torna melhores pessoas ou deve tender para isso. Aqui, na leitura, ou se tem amizade ou não. Podemos ter uma amizade maior ou menor por determinadas leituras e isso mede-se pelo tempo.

O Jacinto de Tormes da Cidade e as Serras, é uma amizade de mais de quarenta anos, maior que a amizade da Blimunda do Memorial, com apenas vinte anos. Mas são amizades que perduram porque são imutáveis no seu comportamento.

No findo a amizade exige fidelidade.

Com os livros, se passarmos o serão com eles, é porque realmente temos vontade disso. A eles, pelo menos, muitas vezes só os deixamos a contragosto. E quando os deixamos, não temos nenhum desses pensamentos que estragam a amizade: -- Que terão eles pensado de nós? Teremos agradado? ... pergunta Marcel.

Isabel Allende diz que consegue ir até às sessenta páginas se a leitura não lhe agradar. Não foi uma amizade conseguida.

Mas o livro não mudou. O futuro dirá se a mensagem a transmitir tem qualidade. Às vezes pode ter... lá para a página cem.

Penso eu.

JBS

DO CORREIO ELECTRÓNICO

RELAÇÕES HUMANAS

O Valor da amizade

Um amigo faz com que nos excedamos a nós próprios.
Todos poderemos triunfar ou morrer nas lutas da vida, nada nos auxilia mais na obtenção do êxito que uma amizade firme e leal. O amigo cujos pensamentos coincidem com os nossos, que se alegra com as nossas aspirações, que reconhece com imparcialidade a nossa força e a nossa fraqueza, é um poderoso estimulante das nossas boas qualidades, pois reprime as nossas más tendências e reduplica vantajosamente as nossas probabilidades de êxito.
Aquele que conseguir despertar nos outros interesse terá o mundo a seu lado; aquele que o não conseguir caminhará só.

Como cativar

Pessoalmente gosto imenso de morangos com açúcar, mas por uma estranha razão os peixes gostam mais de minhoca. Há muitos anos eu gostava de pescar e quando o fazia não pensava no meu gosto mas na predilecção dos peixes. O meu primeiro cuidado era colocar no anzol uma minhoca e não um morango. Só se consegue apanhar peixe colocando no anzol aquilo que ele gosta. Só se consegue influenciar alguém, ou criar amizades, falando-lhes no que deseja, ensinando a realizar o seu intento; ajudando.
Suponhamos que um certo garoto, chamemos-lhe Zezinho, adquirira o péssimo hábito de urinar na cama.
O Zezinho dormia com a avó. De manhã, quando esta acordava, e, sentindo o lençol molhado, dizia:
- Vês Zezinho o que tornaste a fazer na cama? E ele respondia:
- Não, não fui eu, foi a avó!
Repreensões, castigos, humilhações e ralhos, nada permitiam que a cama amanhecesse seca. Os pais perguntavam a si próprios como poderiam emendar o garoto?
E quais eram os maiores desejos do jovem: queria usar pijama como o pai, e não camisa de dormir como a avó: queria ter a sua cama própria.
A mãe levou o filho a uma loja e, piscando o olho à empregada, disse:
- Este pequeno cavalheiro deseja fazer algumas compras
A vendedora, percebendo, perguntou ao garoto:
- Que deseja adquirir?
O garoto cresceu um par de polegadas e respondeu
- Desejo comprar uma cama para mim.
Quando lhe mostraram aquela que a mãe achou mais conveniente, esta piscou de novo o olho, e a vendedora conseguiu convencer o Zezinho ser aquela que era melhor para ele.
A cama foi entregue e quando o pai à noite chegou a casa, foi recebido pelo filho que exclamou:
- Papá venha ver a minha cama comprada por mim.
- Bravo, tiveste bom gosto, agora não vais molhar a tua caminha, pois não?
- Oh! Não! Não farei xixi na minha cama.
Uma promessa com muito orgulho; era a “sua” cama, fora ele que a comprara e, agora, usava pijama como um homenzinho. E assim aconteceu.
A auto-expressão é uma necessidade dominante da natureza humana. “Despertar na outra pessoa um grande interesse. Aquele que o conseguir terá o mundo a seu lado. Aquele que o não conseguir caminhará só”
A crítica destrutiva tem efeitos nocivos, afectando o orgulho e a personalidade de outrem. É uma atitude imprudente que pode causar graves traumatismos e irremediáveis complexos. Em vez de condenarmos as pessoas, procure compreende-las, saber o motivo porque actuam de uma determinada forma, dando ensejo à simpatia, à tolerância e à bondade.
A acção emana daquilo que fundamentalmente desejamos. É preciso deixar que os outros descubram e “cozinhem” as suas próprias ideias, para que as encarem como suas e as valorizem. Só assim se desenvolverá um profundo e dinâmico desejo de contribuir com os princípios das RELAÇÕES HUMANAS.

Alfredo Mingau

DO CORREIO ELECTRÓNICO

Versão actualizada da fábula
“O velho, o rapaz e o burro”


O cenário foi montado ali para os lados dos Salgueirais (tenho que descobrir onde é, para não perder o espectáculo).
Interpretes actuais: (Os anteriores todos nós conhecemos)
- O velho (Não preciso descrevê-lo uma vez que é bem conhecido de todos e continua com os mesmos “tiques” de sempre)
- O rapaz (Este personagem está mais velho, tem 34 anos, gosta dum tintol, ou brancol, é indiferente, dado que não é esquisito)
- O burro
(O caso do burro é grave, no programa é apresentado como uma burra baptizada de “Boneca” mas não esclarece se é “travesti” ou se fez alguma cirurgia de mudança de sexo.)
- O Juiz (Este novo personagem faz parte da evolução da fábula)
É justo que tenha havido evolução e também para que todos aprendam que com a Justiça não se brinca.

Vamos então ao enredo desta nova versão:

1º. Acto
O rapaz, ao fim de mais um dia de trabalho, resolve ir até à tasca do Ti Alberto que fica a uma légua do palacete onde mora, para dois dedos de conversa com os amigos e também molhar um pouco a garganta, que ninguém é de ferro.
Como tinha adquirido recentemente o último modelo de carroça (modelo exclusivo e que nos Salgueirais mais ninguém tinha) atrelou o burro (ou burra) à dita cuja e disparou em alta velocidade até à tasca, porque a garganta estava completamente seca. Consta nos autos que chegou a exceder 1,5 Km/hora, isto na viagem de ida.
Entretanto, o velho que não foi convidado, ficou furioso e prometeu ao diabo que havia de se vingar. Pensou e cumpriu.
Vestiu-se de autoridade e foi para a estrada esperar o regresso do rapaz. Já desesperava ao fim de umas largas horas sentado à beira da estrada, quando começou a ouvir as passadas lentas e pausadas da “Boneca”. Exultou de satisfação e pensou: Agora é que vamos ver o que acontece a quem não me convida para uma boa farra.
O velho manda parar o rapaz que desobedece, dado que vinha, não foi apurado se a dormir ou desmaiado. Para fazer respeitar a autoridade de que se vestiu, segurou o cabresto da “Boneca” que também ensonada parou. Trava-se então uma discussão com o velho bastante exaltado falando sozinho, porque o rapaz só respondia com roncos cada vez mais profundos.
Palavra puxa ronco, ronco puxa palavra e o velho decide levar o seu papel a sério, dando meia volta com a “Boneca”, tomam então o rumo das instalações da autoridade instalada.
Agora sim, as coisas pioraram: - A primeira dificuldade foi tirar o rapaz da carroça, foram precisos 3, um de cada lado e o terceiro atrás a amparar. Colocaram-lhe na boca um canudo branco, que ele achou que era um cigarro e por força queria fumar, só ouviu alguém muito longe dizer: - 3,26 e achou que era o tamanho da carroça! Entretanto o velho sorrateiramente sai de cena e o rapaz dorme o sono dos justos, finalmente.
2º. Acto
Alguns dias depois:
Local: Um Tribunal - Personagens: Um Juiz, uma advogada, o rapaz e à porta do lado de fora, claro, a “Boneca”
O Juiz começou o interrogatório e o rapaz lá respondia de cabeça baixa, ao que sabia, entretanto tinha entrado em cena o escrivão que tomava nota de tudo. A advogada, proferiu a frase do costume, Peço Justiça a Vossa Excelência e tudo se cumpriu dentro das normas.
Finalmente o veredicto: - O rapaz escuta em silêncio sem perceber muito bem. Está inibido de conduzir veículos com motor (felizmente a “Boneca” não tem motor). Uma coima (explicam-lhe depois que é uma multa) de 250,00 euros, tem que mandar arranjar os travões, colocar luzes na carroça, (não sei se na “Boneca” também) e prometer nunca mais conduzir fora de mão.
Assim o Meritíssimo encerrou o 2º.Acto.

Quando me retirava fui surpreendido por um 3º. Acto, com um novo cenário, novo local e novos personagens, a saber:
- Um politico
- De novo a autoridade
- Um BMW reluzente (muito aborrecido por ter sido obrigado a parar quando ainda embalava a mais de 160 Km/h)
Aparecem então mandando parar o bólide, depois de lhe tirarem uma fotografia para a posteridade, a tal autoridade.
Tudo se passa muito rapidamente: V. Excelência tem aí 120 eurinhos e isto fica tudo resolvido.
- Pois é, que chatice, não tenho dinheiro aqui!
- Não tem problema, como V. Excelência é de confiança, logo paga! Pode ir, V. Excelência deve estar com muita pressa, veja lá não se atrase!
- Ok!
- Boa noite a Vossa Excelência

Estas modernices insistem em actualizar as fábulas de antigamente.

Saudações
Ferreira Borges