sábado, 9 de outubro de 2010

DO CORREIO ELECTRÓNICO

RECORDAÇÕES

A FOTO NO CAFÉ DO JORGE
Por João Brito Sousa

Aquela foto, onde estão o Filipe Vieira, o Jorge, o Zé Paixão e esposa, o Rogério e esposa, é quanto a mim, um momento alto do blogue.

Porque é uma foto que fala e traz consigo recordações dos bons tempos de estudante.

E traz-nos à memória a doca, o Jardim Manuel Bívar, á direita o Arco da Vila e à esquerda o estabelecimento bancário CGD onde trabalhou o costeleta Julião.

E também os dez a zero que o Filipe Vieira, avançado centro do SLFaro, levou do Olhanense do Parra.

Depois indo até à Pontinha, á esquerda, recordamos o Café Aliança agora demolido onde o senhor Américo, no seu desempenho profissional, me engraxava os sapatos. O senhor Américo era uma pessoa distinta, sempre muito bem penteado, metido na sua calça e casaco de ganga, não sorria facilmente e era um excelente profissional.

A seguir vinha o café do Marcelino, onde ao tempo das secções preparatórias eu e o Firmino Cabrita de Albufeira íamos tomar café, porque tínhamos aulas as 16 horas, com o saudoso Dr. Jorge Monteiro a Matemática e a Física e o Dr. Quaresma a Literatura.

Nesse Café o empregado era o Sota, que era muito nosso amigo, porque nos educava, dizia-nos que deveríamos cumprimentar as pessoas que chegavam, dizendo um boa tarde, porque entravam os funcionários da Casa Verde e outras, cumprimentavam-nos e nós nada.

Digam boa tarde rapazes, dizia o Sota.

Em frente ao edifício da CGD ficava o Quiosque do Vieguinhas, onde o filho, o Carlos Alberto vendia jornais. Apareciam por lá o Justino e o Alex (falecidos) e o Verdelhão.

O lado ficava o fotógrafo à la minute, o senhor Seita, onde eu uma vez fui tirar umas fotos com a minha tia.

Tantas recordações.

Obrigado Rogério.

Ab.

Jbritosousa@sapo.pt

DO CORREIO ELECTRÓNICO

JOGAR À BOLA E ESTUDAR

Por João Brito Sousa



È difícil. conciliar. Todavia, a Associação Académica de Coimbra, conseguiu ter na sua equipa de futebol, anos 50, hoje não sei, atletas que foram excelentes praticantes da modalidade, que frequentaram a Universidade com muito bom aproveitamento e obtiveram mais tarde licenciaturas.

Venho pegar neste assunto, porque o homem de hoje, seja em que profissão for, tem que se constituir como uma mais valia para a sociedade em que vivemos e trazer-lhe a honradez que ela não tem e não sei se alguma vez teve. O comportamento humano, nos dias que correm, assenta mais na base dos valores negativos, como a inveja, a injustiça e outros em detrimento da amizade, dignidade e solidariedade, que deveriam ser a base do relacionamento humano.

Não quero deixar de lembrar aqui o comportamento de Sócrates, o filósofo grego, que, podendo fugir do cárcere não o fez e preferiu tomar a cicuta, simplesmente, para se livrar dos ignorantes, como ele disse, que é onde está o mal da sociedade actual, na IGNORANCIA. E as pessoas ainda não se deram conta disso.

Jogar bem à bola e estudar, ser bom aluno e bom jogador de futebol, é o privilégio de alguns, não muitos, mas há alguns praticantes que conseguem esse patamar, enquanto outros não.

Trago para dentro deste artigo os nomes de dois jovens, miúdos ainda, mas que parecem ter uma noção real da vida mais efectiva, parece que perceberam o que é isso da vida mais cedo do que ouros. E ainda têm tempo para brincar com os primos.

Henrique Gago Belo, que vive em Albufeira, é um aluno de nota máxima e apaixonou-se pela prática desportiva, futebol, nomeadamente, frequentando a Academia de Futebol do Alto da Colina em Albufeira e, disse-me o treinador, é um atleta com grande potencial e grande margem de progressão. Joga a central.

Outro miúdo de grande talento, é o Manuel João Poeira Fernandes, de Olhão, neto do jogador do Sp. Olhanense dos anos 50, Manuel Poeira, que, tal como o avô, é distribuidor e pensador de jogo, frequenta as escolas do Sp. Olhanense e é também um aluno de nota máxima.

Em princípio haverá outros talentos.

O que quero destacar aqui é o trabalho de apoio do agregado familiar, dos treinadores, das estruturas disponíveis, sem o qual estes jovens não poderão ir longe. È importante ensinar-lhes a eles, que já demonstraram ter aptidões para aprender, que a vida tem regras e que é preciso cumpri-las. E porque queremos uma sociedade melhor, aqui lhes deixo um pedido: - que sejam dignos e justos para convosco e com os outros. E estudem, porque a ignorância é o maior inimigo do homem.

Deixo aos jovens deste País um abraço, porque tenho esperança num futuro melhor e sei que são capazes.



jbritosousa@sapo.pt