quinta-feira, 16 de junho de 2011


À CONVERSA COM O ALBERTO ROCHA

Por João Brito Sousa

Falei com o A Rocha pelo telefone (à borla, claro) sobre diversos assuntos e deu nisto..
Um empresário é um patrão ?
AR – Eu não sei responder á pergunta, melhor, sei. Na minha empresa, existe consideração por quem trabalha e cumpre com as suas obrigações. Eu sou o empresário mas poderia ser o empregado. A minha leitura sobre o assunto e particularmente sobre a função do empresário, é clara e passa por este modelo. Eu, nessa condição, estabeleço, quais as metas que pretendo atingir e quais os caminhos que quero utilizar e percorrer. Os funcionários que trabalham comigo na unidade industrial executam o programa. Os resultados são de minha responsabilidade. É assim que faço.
A Escola Comercial e Industrial de Faro, foi importante na tua vida ?
AR – Foi a todos os títulos fundamental. Pelos amigos que lá granjeei, pelos ensinamentos que recebi dos professores, pelo estudo que fiz das matérias com reflexo nas notas obtidas, pelas alegrias nas vitórias dos jogos da tabuinha, a fuga quando vinha o contínuo, uma chapada dada por um colega, uma chapada dada a um colega, quero dizer, a escola é fundamental para nos preparar para a vida. Eu gostei da escola desse tempo.
A Escola de hoje, não ?
AR – Não estou muito documentado mas penso que há excessos.
Os almoços da Escola, como os encaras ?
AR – Sempre com o maior entusiasmo pois agrada-me recordar aqueles tempos e aquela rapaziada.
Este ano como foi ?
AR – Foi uma jornada de confraternização, como aliás é todos os anos, onde imperou a amizade, a consideração entre todos e onde o espírito costeleta sobressaiu. A amizade que se construiu naquele estabelecimento de ensino, anos cinquenta, está aí reflectida nesse encontro anual. Exemplo disso foi a tua presença entre nós, em pensamento. Tu, que não pudeste estar com a rapaziada mas nós fizemos questão de disponibilizar uma cadeira, que era o teu lugar onde tu estarias se tivesses vindo. E além disso, o Zé Elias Moreno teceu algumas palavras à tua pessoa e o Presidente J. Teixeira leu uma crónica tua, publicada no blogue e seleccionada para fazer parte da colectânea que a Associação editou. Como vês… melhor não poderia ter sido.
E eu, faço questão de, na tua pessoa, deixar o meu agradecimento.
O Zé Emiliano foi ?
AR – Sim, o Emiliano nunca falta, somos amigos e compadres. A amizade vem da Escola mas também de Tavira, onde fomos milicianos. O almoço anual vem fortalecer a amizade entre os costeletas o que particularmente me agrada. Recordam-se outros tempos, cenas com professores e outras coisas mais.
O que gostavas de dizer mais ?
AR – Gostava que a unidade costeleta fosse uma realidade, em homenagem a esse grande costeleta que foi o Franklin Marques.
Ok, disse eu.
E despedimo-nos.




MANO, PÕE Á DISCUSSÃO.

Excelente exposição.
Dizes,
que,

1 - o processo de industrialização criou máquinas que evoluiram criando mais economia.
2 - Mas as máquinas, na sua evolução tecnológica acelerada substituiram a mão de obra, criando desemprego.
3 - Com o desemprego o consumo diminuiu e em resultado a economia desceu e com ela a crise em que nos encontramos.

4 - Nos anos 20 (e antes) muitos Algarvios iam ganhar uns "tostões" para o Alentejo, ceifando o trigo e a aveia (trabalho manual).
5 - As máquinas acabaram com essa "emigração".
Apenas um exemplo.

5 - Esta dedução está certa ou está errada?
Roger

OPINIÃO


Ponto 1 – As máquinas contribuíram para o aumento da produção, com melhor qualidade e em menos espaço de tempo. É um processo mais rentável, que poderá ou não afectar a economia. A economia, linhas gerais, significa PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO. Se falhar uma destas não há Economia.

Tomemos nota que, com a máquina aumentou a produção.

Ponto 2 – A máquina não gerou o desemprego. Ocupou sim postos de trabalho, diminuindo a oferta dos mesmos. Mas compete aos governos arranjar outros empregos.

Ponto 3 – Isso que dizes é a chamada RECESSÃO ECONÓMICA que é onde nós estamos agora. Mas não é por causa da máquina. No meu entender, a crise que estamos a atravessar vem da adesão à CEE que em 74 era uma coisa e agora é outra. Nós aderimos a um projecto que falhou. Onde deveríamos ser solidários não somos e a Europa de hoje é constituída por Países de 1ª e de 2ª. O problema será este.

Vejamos,

O filósofo espanhol Ortega y Gassett disse, há cerca de cem anos, que o problema em Espanha, naquela altura, era a própria Espanha e que a solução seria a Europa.
Mas isso foi há cem anos, hoje não é assim e não se pode dizer isso, nem da Espanha nem de Portugal, porque, se Portugal é o problema a Europa, ou esta Europa de hoje, não nos parece ser a solução.
O que se vê em Portugal nesse momento, parece-me, é o desenvolvimento do subdesenvolvimento, ao qual assistimos passivamente, sem uma atitude contra, sem dizer não, como se o País fosse um lugar distante, habitado por gente que conhecemos mal, por quem não temos especial estima e que julgamos ser merecedor do fardo que está aí para carregar.

É isto o que eu penso.


Resposta do Roger

"Dizes" - está errado, eu escrevi que li algures (ler o meu comentário). O exemplo da "emigração" para o Alentejo, não li, foi um facto.
Quanto ao que escreves em contradião do que eu escrevi, não quero nem devo responder, porque, teria que entrar no capítulo de política e partidos e não é permitido.
Roger

O DESENVOLVIMENTO
DA HUMANIDADE

Por João Brito Sousa

AS GRANDES ETAPAS.

O desenvolvimento das socieadades, ou da humanidade se quisermos, não foi objecto de processos idênticos. O ritmo desse desenvolvimento foi desigual derivado de factores diversos. No entanto, globalmente, poderemos considerar três, os momentos em que se verificaram grandes modificações, que vão obrigar o homem a um determinado tipo de vida.

O primeiro grande passo dá-se quando o homem deixa de ser caçador de animais de grande porte para se dedicar à cultura do solo, passando de caçador para agricultor. Este comportamento, vai modificar a vida das pessoas, que decorre da transformação económica (produção, distribuição e consumo de novos produtos) como também provoca transformações culturais, resultante da fixação das pessoas em certos locais. Com esta actuação de fixação de grupos familiares e tribos, a população vai aumentar por dispor de melhores condições e vão surgir diferenciações nos grupos constituídos, tendo por base o índice de riqueza que evidenciam, sendo este o ponto de partida, para a criação do poder político. Este é o período da Revolução Neolítica.

Estes agricultores aperfeiçoam o trabalho nos campos a um elevado nível de desenvolvimento, que permite sustentar pequenas cidades, local onde se desenvolvem os ofícios de escultor, metalúrgicos e artesanato em geral, profissões que intervêm na vida das cidades, surgindo depois uma classe de sacerdotes, que pelo conhecimento que dispõem, os leva a ocupar um lugar de relevo na organização social. E assim a cidade passará a ser um centro político, ecnómico, social, religioso e cultural, onde as fuções de cada órgão vaõ sendo cada vez mais complexas. É a Revolução Urbana.

O terceiro momento refere-se à divulgação da máquina, acontecimento que se reflectiu de forma significativa em todas as comunidades humanas, mesmo aquelas que não estavam directamente envolvidas no processo de industrialização. A máquina entra, de uma forma ou de outra, em todos os sectores da vida do homem, a que se aliam novas formas de energia, como o vapor e mais tarde a electricidade. Na prática, a industrialização, vai contribuir também ela, para o aumento da população, que, por sua vez, contribuiu decisivamente para uma maior produtividade agrícola, para o desenvolvimento acelerado da indústria, o que vai provocar um crescimento dos centros urbanos, resultando daqui alterações profundas nos vários extractos sociais. Este conjunto de transformações que modificou, de forma radical, o rosto da Humanidade é a Revolução Industrial.


Fonte. Livro de História do 7º ano

jbritosousa@sapo.pt
1º Passatempo: "O que eu vejo da minha rua"
16-06-2011
Vimos por este meio informar que o e-mail correcto do passatempo de fotogtrafia é passatempo@carteia.pt
Pedimos desculpa pelo lapso.
Ler Mais...
1º Passatempo: O que eu vejo da minha rua (rectificada)
14-06-2011
O Jornal Carteia está a promover um passatempo de fotografia que todas as semanas,! até final de Agosto, terá uma temática diferente. Os vencedores irão receber um convite de uma pessoa para o parque aquático Aquashow. Saiba como participar.

jORNAL cARTEIA

CANTINHO DOS MARAFADOS


Mano ou mana


Uma senhora grávida pergunta ao filho de 6 anos
- Filho, o que preferes? Um mano ou uma mana?
- Mãe, se não te doer muito, o que eu queria mesmo era um cavalinho.

António Viegas Palmeiro


O PORTEIRO DO PROSTÍBULO

Não havia no povoado pior ofício do que “porteiro do prostíbulo”

Mas que outra coisa podia aquele homem fazer?
O facto é que nunca tinha aprendido a ler nem a escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.
Um dia entrou como gerente do prostíbulo um jovem cheio de ideias , criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro disse:
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, senhor.
- Balbuciou – mas eu não sei ler nem escrever!
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá continuar trabalhando aqui.
- Mas senhor, não pode despedir-me, eu trabalhei nisto a vida inteira. Não sei fazer outra coisa. – Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor.
Vamos dar-lhe uma boa indemnização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte. Sem mais nem menos deu meia volta e foi embora.
O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer?
Lembrou que no prostíbulo, quando se quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava com cuidado e carinho. Pensou que esta podia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego, mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado. Usaria o dinheiro da indemnização para comprar uma caixa de ferramentas completa.
Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo e realizar a compra. E assim o fez.
No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim , acabo de comprar um, mas preciso dele para trabalhar…
- Mas eu o devolvo amanhã bem cedo!
- Se é assim, está bem.
Na manhã seguinte, como tinha prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olhe, eu ainda preciso do martelo, porque não o vende para mim?
- Não posso, eu preciso dele para trabalhar e como sabe a casa de ferragens mais próxima está a dois dias de viagem sobre a mula.
Vamos fazer um trato, disse o vizinho, eu pago-lhe os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho. Que lhe parece?
Realmente isso lhe daria trabalho por mais dois dias… Aceitou.
Voltou a montar a sua mula e viajou. No seu regresso outro vizinho o esperava na porta da sua casa.
- Olá vizinho. Sei que vendeu um martelo a um outro nosso vizinho e amigo, eu necessito de algumas ferramentas e estou disposto a pagar-lhe os seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que as compre para mim, uma vez que não disponho de tempo para viajar. O que lhe parece?
O ex-porteiro abriu a sua caixa de ferramentas e o vizinho escolheu um alicate, uma chave de fendas, um martelo e uma talhadeira, pagou e foi embora.
O nosso amigo guardou as palavras que ouvira “não disponho de tempo para viajar e fazer compras”. Sendo assim, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer ferramentas.
Na viagem seguinte arriscou um pouco mais de dinheiro, trazendo mais ferramentas do que as que tinha vendido. Concluiu que poderia economizar algum tempo em viagens.
A notícia começou a espalhar-se pelo povoado e pela região, muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas. Agora como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam os seus clientes. Com o tempo alugou um armazém para colocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrina e um balcão e transformou o armazém na primeira loja de ferramentas do povoado. Os seus conterrâneos estavam contentes e compravam no seu estabelecimento o que necessitavam.
Já não viajava, os fabricantes enviavam-lhe os pedidos que efectuava e era considerado um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados próximos preferiam comprar na sua loja de ferragens, evitando assim longas viagens.
Um dia lembrou-se de um amigo seu que era torneiro e ferreiro, pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos e… Porque não as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras e todas as outras ferramentas? Depois foram os pregos e os parafusos…
Em poucos anos o nosso amigo transformou-se, com o seu trabalho, num rico e próspero fabricante de ferramentas.
Um dia decidiu mandar construir e doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever as crianças aprenderiam algum ofício.
No dia da inauguração da escola, o presidente da câmara entregou-lhe as chaves da cidade, abraçou-o e disse-lhe:
- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página no livro de actas desta nova escola.
- A honra seria minha – disse o homem. Seria a coisa que maior prazer me daria, assinar o livro. Mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
- O senhor?! – disse o presidente da câmara sem acreditar.
O senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado, eu pergunto:
- O que teria sido o senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder, disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever… Ainda seria o PORTEIRO DO PROSTÍBULO!!!

Geralmente as mudanças são vistas como adversidades, mas as adversidades podem ser bênçãos.
As crises estão cheias de oportunidades.

ESTA HISTÓRIA QUE MAIS PARECE UMA FÁBULA É REALMENTE VERÍDICA E FOI CONTADA POR UM GRANDE INDUSTRIAL CHAMADO … VALENTIN TRAMONTINA
De pequena oficina a grupo bilionário, com um facturamento anual superior a dez mil milhões de reais e fábricas espalhadas pelo mundo. A gama de produtos que fabrica é ampla e variada, sendo que os mais conhecidos do grande público são a cutelaria e as ferramentas.
No presente ano de 2011, comemora-se 100 anos sobre o inicio desta história. Trata-se como se depreende, de mais um sucesso da emigração italiana para o Brasil, país repleto de homens de sucesso ou seus descendentes, originários dos mais diversos países do Mundo, com especial destaque para os portugueses, muitas vezes esquecidos e maltratados por Portugal, que eles sempre transportam no coração, mesmo depois de muitos anos ausentes do país que continuam a amar.

António Viegas Palmeiro

nota: É com a maior alegria que registo o regresso do António Viegas Palmeiro ao nosso blogue e ao CANTINHO DOS MARAFADOS.
Um grande abraço amigo e BOAS VINDAS!
Rogério Coelho