REALISMO E
UTOPIA
Anda
tudo muito agitado neste nosso rincão;
Sopram
fortes ventos, caem raios, crepitam tempestades
Todos
gritam, apostrofam, ninguém dá a mão,
Afinal
que se passa nesta nossa formosa terra?
Que
trás os íncolas à beira desta grande guerra?
Todos
contra todos, barafusta todo o mundo,
Os
dirigentes amanham-se – não gerem a coisa a fundo,
Os
indivíduos falam muito e fazem pouco;
Todo
o mundo parece que anda louco!
O
capital é mau se for dos outros, se for meu é bom.
Reformas
altas, privilégios – quem os não quer?
Mesmo
que para tal nada faça para os merecer!
O
que é bom é ter, passear, e, sempre – gastar, gastar!
Enriquecer
depressa, gastar o Euromilhões!
Viver
à grande, sem ter de contar os tostões!
Para
muitos é tremenda a sua situação pessoal,
Carregados
de impostos e de despudorada carga fiscal.
Outros agonizam no desemprego até final!
E os velhos, quem quer saber deles e os quer honrar?
E a instrução, sem distinção para a todos dar?
Quantos mil vivem na maior pobreza?
Sem pão. Sem casa, rodeados da maior aspereza?
Sem a solidariedade dos outros e um gesto de nobreza?
Será possível este círculo vicioso mudar?
Talvez se da alma humana a inveja arrancar!
Se cada um der a seu irmão, o que a si daria,
E o tratar como a si mesmo se trataria!
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