sábado, 9 de novembro de 2019

LEMBRANDO




NA LEMBRANÇA DE UM COSTELETA OLHANENSE,
O DR. JOÃO LADEIRA

Foi em pleno «Dia dos Fiéis Defuntos», evocação sempre respeitada e parti­cipada, dedicado pela Igreja Católica à memória de quantos irmãos nos deixaram aguar­dando a Ressurreição Final, que tivemos a desditosa noticia do falecimento de um dedicado amigo de- muitas décadas e um dedicado costeleta, situação de que muito se orgulhava.
O Dr. João Sabino Ladeira que, na então Vila de Olhão da Restauração., nas­cera oitenta e seis anos, era um devotado e prestigiado olhanense, prestando relevantes serviços à Terra Mãe, que foi figura marcante na jurisprudência algarvia, um autarca inter­ventivo, fundador e primeiro Chefe do Agrupamento 554 do CNE {Corpo Nacional de Escu­tas - Escutismo Católico Português) e um sempre adepto e dirigente do «seu e muito seu» Sporting Clube Olhanense, de cujo historial se orgulhava e cujo viver sempre acompanhou.
                              A nossa amizade aconteceu nos anos cinquenta da anterior centúria o bom e generoso causídico colaborava dedicada e laboriosamente, com os seus familiares, no que era então uma das grandes referências, no seu haver, em todo o País, a famosa e fre­quentada «Barra Nova», ali em plena Praça Patrão Joaquim Lopes. Prolongou-se depois vida fora, através de múltiplas ligações, de entre as quais esta afetiva e indestrutível ligação a Olhão; a simbiose de sermos «costeletas» (antigos alunos da Escola Tomás Cabreira), o escutismo, em que o «Chefe» Ladeira foi um dos grandes motivadores do sonho havido pe­lo também costeleta, o Pároco Cónego Vieira Falé (introdutor efectivo em 5 de Outubro de 1947 do movimento ao fundar o 157 em Faro) e eu, como lobito naquela data e «escuteiro uma vez escuteiro toda a vida» e a vivência paralela do ideal cristão no ideal que nos foi legado por Jesus Cristo e de que o sempre lembrado Amigo era uma referência em permanência.
Foi no passado «Dia dos Fiéis Defuntos» que o saudoso Dr. João Sabíno Ladeira foi a enterrar, após haver estado em câmara ardente na Igreja da Soledade para o Cemitérío Novo de Olhão. Deixou-nos uma fígura da terra olhanense, um homem sério, generoso e humilde que fez da sua vida um «permanente Alerta» pela defesa e vivência dos ideais maiores da vida e um costeleta que honrou a Escola Tomás Cabreíra.
JOÃO LEAL