NA LEMBRANÇA DE UM COSTELETA OLHANENSE,
O DR. JOÃO LADEIRA
Foi em pleno «Dia dos Fiéis Defuntos», evocação sempre respeitada e
participada, dedicado pela Igreja
Católica à memória de quantos irmãos já nos deixaram aguardando a Ressurreição Final,
que tivemos a desditosa noticia do falecimento de um dedicado amigo de- muitas décadas e um dedicado costeleta, situação de que muito se
orgulhava.
O Dr.
João Sabino Ladeira que, na então Vila de Olhão da
Restauração., nascera
há oitenta e seis anos, era um devotado e
prestigiado olhanense, prestando relevantes serviços à Terra Mãe, que foi figura marcante na
jurisprudência algarvia, um autarca interventivo, fundador e primeiro Chefe do
Agrupamento 554 do CNE {Corpo Nacional de Escutas
- Escutismo Católico Português) e um sempre adepto e dirigente do «seu e muito seu» Sporting Clube Olhanense, de cujo historial se orgulhava e cujo
viver sempre acompanhou.
A nossa amizade aconteceu nos anos cinquenta
da anterior centúria
o bom e generoso causídico colaborava dedicada e laboriosamente, com os seus
familiares, no que era então uma das grandes referências, no seu haver, em todo o País, a famosa e
frequentada «Barra Nova», ali em
plena Praça Patrão Joaquim Lopes. Prolongou-se depois vida fora, através de
múltiplas ligações, de entre as quais esta afetiva e indestrutível ligação a Olhão; a simbiose de sermos «costeletas»
(antigos alunos da Escola Tomás Cabreira), o escutismo, em que o «Chefe»
Ladeira foi um dos grandes motivadores do sonho havido pelo também costeleta,
o Pároco Cónego Vieira Falé (introdutor efectivo em 5 de Outubro de 1947 do movimento ao fundar o 157 em Faro) e eu, como lobito naquela
data e «escuteiro uma vez escuteiro toda a vida» e a vivência paralela do ideal
cristão no ideal que nos foi legado por Jesus Cristo e de que
o sempre lembrado Amigo era uma referência em permanência.
Foi no passado «Dia dos Fiéis Defuntos» que o saudoso Dr. João Sabíno Ladeira foi a enterrar, após haver estado em câmara ardente na Igreja da
Soledade para o Cemitérío Novo de Olhão. Deixou-nos uma fígura da terra olhanense, um homem sério, generoso e humilde que fez da sua vida um «permanente Alerta» pela
defesa e vivência dos ideais maiores da vida e um costeleta que honrou a Escola Tomás Cabreíra.
JOÃO LEAL
Sem comentários:
Enviar um comentário