sábado, 23 de novembro de 2019

COSTELETAS CUJA LEMBRANÇA É UMA SAUDADE


O SENHOR CASTRO

Nunca lhe sabe, verdade se diga, o seu primeiro nome, mas apenas o de família. Era apenas e só e tanto bastava o Senhor Castro para nós moços costeletas de então no ini­ciar daquela década, para nós marcante, dos anos 50 do século passado. Fazia parte do grupo de «senhores contínuos» que tivemos a dita de nos aturarem e, nós, a eles numa reciprocidade contagiante, que provocava o equilíbrio das relações mútuas e que hoje são uma saudosa lembrança - Bonifácio (o chefe do pessoal menor), Vítor Tavares (marido da «menina» libânia, Arnaldo, Castro e vários outros e outras.
O «senhor Castro» era respeitado e respeitador, correto e sem grandes expensões de afectuosidade bastante cordato, cumpridor das suas obrigações e sem criar conflitos ou deles se eximir. da sua postura modelar muito beneficiávamos reciprocamente e a vivên­cia na Tomás Cabreira ou fora dela pautava-se por um clima de tranquila existência. Mo­rava então nas imediações da Praça Alexandre Herculano (Jardim da Alagoa) e tinha um filho, uns anos mais velho do que nós e, felizmente vivo nos seus oitenta e alguns anos, que fora também aluno da «nossa» Escola. O meu muito amigo Leonel Castro, «costele­ta» como nós, um grande adepto do Farense, chefiou os escritórios da FIAAL (Fomento Industrial e Agrícola do Algarve), empresa criada por outro ilustre costeleta, Aníbal da Cruz Guerreiro.
Mantive sempre a mais respeitosa estima e tratamento com o «Senhor Castro», a cuja memória, em meu nome e de quantos milhares de costeletas ele aturou, prestou o tributo da sentida admiração e de uma incontida saudade!

JOÃO LEAL


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