O SENHOR CASTRO
Nunca lhe sabe, verdade se diga, o seu
primeiro nome, mas apenas o de família. Era apenas e só e tanto bastava o Senhor Castro para nós
moços costeletas de então no iniciar daquela década,
para nós marcante, dos anos 50 do século passado. Fazia parte do grupo de «senhores contínuos» que tivemos a dita de nos aturarem e, nós, a eles numa reciprocidade contagiante, que provocava o equilíbrio das relações mútuas e que hoje são uma saudosa lembrança - Bonifácio (o chefe do pessoal menor), Vítor Tavares (marido da «menina»
libânia, Arnaldo, Castro e vários outros e outras.
O «senhor Castro» era respeitado e respeitador, correto e sem grandes
expensões de afectuosidade bastante cordato, cumpridor das suas obrigações e sem
criar conflitos ou deles se
eximir. da sua postura modelar muito beneficiávamos reciprocamente e a vivência na Tomás Cabreira ou fora dela
pautava-se por um clima de tranquila existência. Morava então nas imediações da Praça Alexandre Herculano (Jardim da Alagoa) e tinha um filho, uns anos mais
velho do que nós e, felizmente vivo nos seus oitenta e alguns anos, que fora
também aluno da «nossa» Escola. O meu muito amigo
Leonel Castro, «costeleta» como nós, um grande adepto do Farense, chefiou os
escritórios da FIAAL (Fomento Industrial e Agrícola do Algarve), empresa criada por outro ilustre costeleta,
Aníbal da Cruz Guerreiro.
Mantive sempre a mais respeitosa estima e
tratamento com o «Senhor Castro», a cuja memória, em meu nome e de quantos
milhares de costeletas ele aturou, prestou o tributo da sentida admiração e de
uma incontida saudade!
JOÃO LEAL
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