segunda-feira, 21 de abril de 2008

CONVERSANDO COM O COSTELETA


JOSÉ LUÍS ZACARIAS

Hoje, já é segunda feira. Andei por aí e acabo de deixar o JOSÉ LUÍS ZACARIAS com quem estive na palheta até há pouco.

Falámos de muita coisa e foi mais ou menos assim:

ZACARIAS, ainda tens o Alpino?

Ainda tenho por lá uns restos. Foi uma máquina que deu brado lá na Escola nos anos cinquenta e tais. Estava na berra e fui dos primeiros da Escola a possuir uma motorizada. A maior parte da malta deslocava-se em bicicleta a pedal. De qualquer maneira, quer para eles quer para mim, foram tempos difíceis, essas deslocações para a Escola, com muito vento frio e chuva.
Mas mesmo assim conseguimos todos fazer qualquer coisa nos estudos..

Porque eram bons alunos ou tiveram bons professores.?

Uma coisa e outra. No meu tempo, havia uma certa selecção, quanto mais não fosse através do poder financeiro, pois não era fácil à maioria dos pais, em termos económicos, colocarem os filhos a estudar na cidade. Mas havia uma outra selecção, que, de certo modo era feita pelo professor primário, que indicava aos pais quais os que deviam continuar a estudar. Nós éramos bons alunos e os professores também.

Quem era o “pessoal” do teu tempo?.

O meu grande amigo era o JANUÁRIO da Conceição de Faro, os outros eram o Victor Venâncio, o Vinebaldo Charneca, o Luís Isidoro, o Bernardo Estanco dos Santos, o Moreno , o Vieguinhas, o Bartolomeu, o Danilo e essa malta....

Como vês o mercado de trabalho hoje e a juventude?

O mercado de trabalho está complicado para a juventude porque em vez de se criarem empresas e respectivo emprego, as mesmas vão à falência e as possibilidades de colocação são muito poucas. Hoje vê-se o mercado a oferecer empregos a prazo e precários, a recibo verde, vejo muitas dificuldades para a juventude.

Como passas o teu tempo hoje?

Passeio com a esposa, entretenho-me por aí no campo a plantar as hortaliças.. etc...etc

E despedimo-nos com um abraço.

Texto de
João Brito Sousa

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