quinta-feira, 10 de março de 2022

 «CASA INGLESA» (PORTIMÃO), UMA INSTITUIÇÃO CENTENÁRIA


              Hoje vamos, através do escrito desta «Crónica» até à querida cidade de Portimão. E isto porque um dos seus mais firmes baluartes, a «Casa Inglesa» assinala o primeiro centenário da sua fundação. Mais do que os serviços prestados à capital barlaventina, ao longo destes cem anos o modelar estabelecimento tem-no feito, numa incidência que se impõe saudar e realçar em relação a toda a terra algarvia. Local de encontros, de tertúlias, de vivências intelectuais, políticas e cívicas, é como que um «poste de amarração» quando ali chegamos, sem constrangimentos mas a abertura plena de quem é da cidade do Arade. Frequentamos a «Casa Inglesa» desde há longas décadas por diversificadas razões - afectivas, profissionais, familiares e tantas outras. 

               Foi em 1922 que Pedro Joaquim Dias, um devotado republicano, natural da vizinha Alcantarilha (Silves), negociante de frutos secos e outros afazeres, lançou este «hub», que como o foi escrito «é um lugar de encontro e uma referência no mapa mental e mnemónico da cidade».

                 Esse apontado «lugar de encontro» foi-o também onde acontecia com toda a fraternidade os «encontros» que nas visitas periódicas realizávamos pelo «Times» (com o sempre lembrado José Manuel Pereira e o Vitoriano Rita Isidoro, almas grandes deste «Jornal do Algarve») com o dedicado e competente CANDEIAS NUNES, (que não sabemos se vivo ou não e oxalá continue entre nós!) e, ao tempo, era a presença semanal da urbe portimonense nas suas colunas. Instalado  em parte do prédio da Viscondessa de Alvor, em plena capital cívica, em cujo andar superior se situava e continua o mais representativo clube algarvio, o Portimonense. No canto oposto era a Delegação do Banco Pinto & Sotto Mayor, onde, entre outros trabalhavam os «costeletas» (antigos alunos da Escola Tomás) o João Francisco Alexandre, o Óscar e a que íamos sempre levar o nosso fraterno amplexo.

        Mas a agora centenária «Casa Inglesa» tinha, como o tem ainda hoje e para nós a expressiva presença de uma das mais belas obras do pintor dinamarquês Max Tames, que antes de se mudar para Portimão, residiu «paredes meias» connosco, na Rua Infante D. Henrique. Trata-se de uma tele dedicada a Monchique e ao seu afamado «medronho», de que o Max era fã.

         «Casa Inglesa», afinal, uma presença que sediada em Portimão, se estende pelo mundo em fora...

Sem comentários: