quinta-feira, 3 de março de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



O «COSTELETA» MÁRIO ZAMBUJAL NA RTP 1

 

Emotivo, fraterno e solidário este encontro vivido na transmissão pela RTP1 do excelente programa «PRIMEIRA PESSOA», em que o nosso colega, conhecido escritor e apreciado jornalista MÁRIO ZAMBUJAL foi entrevistado pela Fátima Campos. Um encontro feito de saudades, de lembranças e de memórias de tempos idos, que o foi também um forte abraço a  unir milhares de costeletas entre os milhões de telespectadores no Mundo Inteiro.

Mário Marvão Gordilho Zambujal, o nosso afectuosamente «Márinho» foi, uma vez mais ele mesmo, igual ao moço que connosco frequentou a Tomás Cabreira, o amigo dilecto de sempre.

As filmagens iniciaram-se e terminaram no Miradouro de São Pedro de Alcântara, em Lisboa, com uma evocação ao saudoso Carlos do Carmo («Lisboa menina e moça») e decorreram pelo Bairro Alto, onde tiveram as suas redacções alguns dos jornais («Diário de Lisboa», «A Bola» e outros) em que o Mário trabalhou e o Cais do Sodré («Jamaica Bar».  

Referiu os jantares mensais dos «costeletas» em Lisboa» (José Félix, Alfredo Pedro, Fernando Fantasia...), os tempos em que escrevia as quadras (2$50) e os sonetos (7$50) para outros colegas se declararem, afinal aquilo que ele considerou «o tempo mais feliz».

Falou do que foi o lançamento desse êxito que constituiu o seu livro «Crónica dos Bons Malandros» («os outros meus livros têm ciúmes deste...»), das origens (Amareleja e as alcunhas, as serenatas do pai Zambujal, a vivência durante a Guerra Civil Espanhola e o acolhimento aos fugitivos, os Irmãos - o Chico Zambujal (aí que saudades!), a Fátinha e a Lourdes; a vida em Faro (entre os 6 e os 24 anos), a Praia dos Olhos de Água, onde também veraneava o insigne «costeleta» Cavaco Silva; o futebol a que esteve sempre ligado e onde, ele que é um fervoroso benfiquista, jogou na equipa de juniores do então Sport Lisboa e Faro; as lembranças da malta (Franklim, Inácio Fernandes...); a vida jornalista (o início nos «Ridículos», «A Bola» (onde substituiu o correspondente em Faro, o falecido Nobre da Costa («O vagem»), «Jornal do Algarve», «O Século», a «Modas e Bordados», a RTP; o seu espírito de pacificador («a minha tendência é ser um perfeito conciliador»); a esposa, D. Gobi («a minha mulher tem um grande marido» e a resposta à pergunta básica:

     «Se fosse hoje voltavas a ser jornalista?» A resposta foi pronta:

«São difíceis os tempos porque o jornalismo está a passar...A minha paixão de vida julgo que é o jornalismo...

       Uma lembrança e uma vivência de um tempo ido esta presença do Mário Zambujal no programa «Primeira Pessoa» da RTP1.


                                                           JOÃO LEAL           


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