MATOS JUNÇA, UM CIDADÃO DE CORPO INTEIRO
Foi uma figura marcante na vida do Algarve no triénio final do século XX. Foi-o nos mais variados aspectos que a própria vida comporta, na sua totalidade plena. José Caeiro de Matos Junça, engenheiro de formação, alentejano de origem, foi, sem dúvida, como o definiu o conhecido empresário Reinaldo Teixeira, Presidente da Associação de Futebol do Algarve, «um homem de corpo direito.»
Foi-o nas mais diversas e complexas aéreas do seu viver, desde a política, onde foi destacada figura nos vários órgãos do seu partido, o PSD/PPD; na vida autárquica, empenhado vereador do Município de Faro (nas eleições de 1986 e 1993); na presidência do Rotary Clube de Faro, ele fomentando os nobre ideais de Paul Harris; na direcção das Comissões de Árbitros da então Associação de Futebol de Faro (famosos eram os encontros às 2ªs feiras) e da Federação do Futebol Português, onde se guindou por mérito próprio, bem como do Sporting Clube Farense, como o clube mais representativo do concelho ou a essa obra única, excelsa e ímpar que, com o lembrado Hélder Martins do Carmo e alguns outros, foi dor principais obreiros do que é hoje o seu exemplar complexo social, no Bom João, assim como quotidiano do seu labor profissional.
Faleceu aos 90 anos de idade, com uma vida onde a justiça, a solidariedade e a fraterna caminhada de «uma bela avenida de serviços», que lhe valeram, para além da estima e da consideração geral, esse orgulho genuíno de «passar pela vida fazendo o bem». De forma consensual a Câmara Municipal de Faro concedeu-lhe, no dia 7 de Setembro de 2001, com toda a justiça e merecimento a «Medalha de Mérito - Grau Ouro», que de ouro havia sido toda a valiosa obra cívica realizada.
Deixou-nos o eng. Matos Junça, como por todos era tratado. Com um misto de pesar profundo e saudade de um convívio sempre desejado, a saudade de «um farense que não havia nascido em Faro».
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