quinta-feira, 11 de agosto de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



           OBRIGADO, MR. REINA!


           Unia-nos uma amizade respeitosa e o culto de uma admiração mútua. Desde o já distante ano de 1953, quando veio para Faro, representar durante 14 épocas o meu clube de sempre, o Sporting Clube Farense, moço rapaz que o era então, passando pela concretização da subida à I Divisão (1969/70) ou ao muito que aconteceu depois de isso. Foi-o até há dias, quando Joaquim Reina, nos deixou, numa saudade que permanecerá ante este algarvio que foi considerado, não obstante alinhar numa equipa da Divisão Secundária «o melhor defesa direito do futebol português».

            Joaquim Martins Reina, o frontal, controverso, valoroso futebolista (jogador, técnico e dirigente) nasceu em Vila Real de Santo António (terra -mãe de outros nomes maiores do futebol - Manuel José, Jacques, Isaurindo e tantos, tantos mais a 1 de Outubro de 1930. Era um orgulhoso amante «filho de Vila Real aquela» e começou por dar nas vistas alinhando pelo «Celeiros» nos torneios populares de futebol que então se disputavam à beira Guadiana. Oficialmente alinhou durante duas época no glorioso Lusitano Futebol Clube (1951/52 e seguinte). No ano seguinte transferiu-se, tal como tantos outros  vilarrealenses (José Armando, Isaurindo, Paixão, Manuel Fernandes, Jacques, Manuel José...) para os leões de Faro, onde como defesa direito (sempre com a camisola nº 2) o vimos ainda o São Luís não era relvado.

        A meio da temporada de 1969/0 assume o comando do Farense e realiza esse sonho, até então sempre permanentemente adiado de alcançar a Divisão Maior. 

        Muitos são os títulos que conheceu - Campeão da Zona Sul da II Divisão, semi - finalista da Taça de Portugal; treinador de todas as equipas jovens do Farense e de várias equipas (Lusitano, Esperança de Lagos, Silves, Lagoa, Penha e Moncarapachense) e foi, merecidamente distinguido com a «Medalha de Mérito Desportivo (Grau Ouro).

                 Na saudade e na lembrança de todos figurará sempre a figura da determinação, garra, saber e empenho do recordado Joaquim Reina, que ora nos deixou.


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